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Filme da vez: Avatar - Fogo e Cinzas (2025)

 

O terceiro filme da franquia é um grande espetáculo visual que deixa a desejar em termos de inovação e desenvolvimento dos protagonistas. Confira nossa análise sem spoiler a seguir.

                                                                                                                      

Nota IMDb: 7,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Avatar: Fire and Ash
Ano de Lançamento: 2025
Diretor: James Cameron
Estrelas: Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, Kate Winslet, Oona Chaplin
Sinopse: Depois de uma perda devastadora, a família de Jake e Neytiri enfrenta uma tribo Na'vi hostil, os Ash, liderada pelo implacável Varang, à medida que os conflitos em Pandora se intensificam e surgem novos dilemas morais.
Crítica: Michael


O segundo filme da franquia Avatar tinha uma tarefa hercúlea pela frente: convencer que ainda havia espaço para contar mais histórias neste universo mantendo o mesmo nível de qualidade técnica esperada de um filme de James Cameron. Felizmente, ele fez isso com sobra e, talvez pelo tempo elevado de espera (cerca de 10 anos), conseguiu trazer inovações importantes em termos técnicos. O terceiro filme da franquia continua a saga da família Sully para proteger Pandora da invasão dos humanos. Porém, desta vez o longa (que faz jus a este termo ao ter mais de três horas de duração) traz pouquíssima novidade ao universo e avança quase nada a história dos protagonistas, sem falar que tecnicamente não traz nada de muito revolucionário além dos efeitos de fogo. Para piorar, mostra fadiga em um roteiro que insiste em apostar nos mesmos clichês. Infelizmente, talvez o espetáculo visual recheado de ação seja o seu único atrativo diferenciador.

Como disse antes, em termos de evolução das tramas temos pouquíssimo o que avaliar, fora algumas novas descobertas sobre a "filha de Eywa" e sobre Spyder. Nem a nova adição da "tribo do fogo" consegue ser mais do que uma representação preconceituosa de indígenas guerreiros e a personagem Varang (Oona Chaplin), apesar de muito carismática, não recebe um desenvolvimento além de motivações superficiais. Outro ponto fraco do roteiro é seguir explorando os mesmos clichês do gênero como a hora em que tudo parece perdido e o momento da reviravolta com uma ajuda inesperada ou o vilão que insiste em não se entregar. A forma como tudo é conduzido mostra muita mais uma necessidade de preencher espaços do que de avançar a história e isso joga para o lado visual a responsabilidade de carregar o filme.

Falando nisso, até mesmo em termos de espetáculo visual James Cameron não consegue evoluir muito desde o segundo, talvez por conta do já mencionado menor tempo entre este e o filme anterior. Ainda assim, o filme está recheado de momentos de tirar o fôlego e grandiosas batalhas que fazem excelente uso do 3D como esperado. Destaque também para os efeitos digitais de fogo que nunca pareceram tão reais na telona. Pena que também não vemos uma nova grande variedade de criaturas inéditas de Pandora e o "zoom out" no final do longa dá a entender que exploramos quase nada desse ecossistema, mas acaba tendo um efeito negativo que nos leva  a questionar porque Cameron escolheu situar o filme em sua maioria novamente no mundo da água.

Em resumo, este terceiro filme mostra que os críticos estavam certos em suspeitar da capacidade do universo Avatar em inovar ao longo dos cinco filmes planejados até o momento. James Cameron segue sendo um diretor tecnicamente perfeito que sabe dirigir cenas grandiosas e emocionantes, mas desta vez elas são o único grande atrativo para seus fãs. Talvez o ideal teria sido já finalizar agora a história como uma trilogia, mas só o resultado da bilheteria irá definir se esta avaliação é a correta e, consequentemente, decidir o futuro da franquia.

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