Série da Vez:Succession - Segunda e Terceira Temporadas

Na corrida para terminar, aqui vamos falar da segunda e terceira temporadas em perspectiva, isso sem spoilers, mostrando porque vale muito a pena ver essa série na crítica abaixo.

Nota IMDb: 8,9 (até o dia da postagem) (IMDb)

Ano de Lançamento: 2019(segunda temporada), 2021(terceira temporada)

Estrelas: Nicholas Braun(como o nosso alter ego na série, e claramente falha, da gente comum, Greg Hirsch), Brian Cox(como o manda chuva Logan Roy), Kieran Culkin(como o sem noção, sincero(até certo ponto) e com problemas Roman Roy), Matthew Macfadyen(algoz ou vítima? Tom Wambsgans), Alan Ruck(como o irmão mais velho que ninguém se importa Connor Roy), Sarah Snook(como o caso clássico que todo o analista gosta Shiv Roy), Jeremy Strong(como o machucado, porém sem noção Kendall Roy), J. Smith-Cameron(como a experiente Gerri Kellman entre leões), entre outras estrelas.

Crítica: Dissonantbr

Seja você aquele que espera a série terminar para fazer aquelas maratonas de vários episódios em um dia, ou quem sabe alguém que gosta de ter a sensação de refletir pelo menos uma semana por episódio, temos aqui na segunda temporada o porquê do sucesso dessa série, levando vários prêmios Emmy, BAFTA, Critics Choice Awards, Golden Globes, entre outros, se consolidando como uma das melhores séries da história recente da TV/Streaming.

É justamente na segunda temporada que vemos melhor a complexa relação entre os irmãos, e naturalmente o seu pai, que estava quase morrendo na primeira e toma algo e pensa em um velhinho que apronta mil e uma confusões. Acho que ele esta turbinado só na maldade. Também em perspectiva, essa temporada é a mais dramática no geral, mas com excelente cenas de humor, ou adota o tom satírico de verdadeiras dinastias corporativas, com eventos inspirados em fatos reais.

Outra motivação para investir um tempo preciso nessa série é que é bem didática em explicar algumas coisas que ocorre no nosso tempo, como a mudança entre corporações da mídia tradicional para digital/tecnologia, assim como a relação com o poder, seja econômico assim como o político. Aliás isso é ampliado na terceira temporada, tendo praticamente um episódio dedicado a isso.

E falar que a terceira temporada é a mais fraca é um pouco de injustiça já que ainda que tenha o desafio de manter a atenção do espectador na disputa de poder, ela mostra outras complexidades, muitas vezes descontruindo alguns personagens, adicionando um outro que promete muito atrito, além de expor muita coisa por aí. Pra bom entendedor... E ela tem momentos mais cômicos, mas não deixando de serem inteligentes.

Claro que como eu sempre falo, escolher uma série de TV é uma decisão de investimento de tanto tempo, já que na segunda temos 10 episódios de praticamente 1 hora cada, e na terceira 9 episódios de mesma extensão. E sim, a série choca, seja pela crueldade de alguns personagens, assim como pelas situações absurdas que pessoas são colocadas, porém é assustadoramente precisa em como alguns que tem o poder despersonalizam outras, manipulam e subvertem leis e regras ao seu bel prazer. Pra nenhum rei absolutista botar defeito. Destaque para o último episódio da terceira temporada que prepara bem o campo para a batalha final.

E naturalmente nada disso teria o efeito que tem sem contar com uma incrível performance de Brian Cox como patriarca, assim como Kieran Culkin(pior que tem uma boa chance de ele ser mais ou menos aquilo mesmo na vida real), Matthew Macfadyen como o dúbio Tom Wambsgans, Jeremy Strong(como azarado/estranho/quebrado Kendall), e a jogadora Sarah Snook como Shiv Roy. Sem contar um monte de personagens secundários que não fazem feio. E as surpresas, naturalmente...

Resumindo, Succession não só é um interessante registro de como é a vida do núcleo realmente rico dessa novela chamada vida, mas como relações pessoais e poder são extremamente complicadas com narcisista no comando. Vale sem dúvida o investimento do seu tempo. Disponível na (HBO) Max.