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Série da vez: Ted Lasso (Terceira temporada)

 

Uma terceira e última temporada que eleva o nível, se arrisca na medida certa e finaliza tudo de maneira excelente

                                                                                                                                             

Nota IMDb: 8,8 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Ted Lasso
Criador: Brendan Hunt, Joe Kelly, Bill Lawrence
Estrelas: Jason Sudeikis, Brett Goldstein, Brendan Hunt, Nick Mohammed, Hannah Waddingham
Sinopse: Segue o treinador americano de futebol Ted Lasso, que chega ao Reino Unido para liderar um time da primeira divisão ao topo do futebol britânico.
Crítica: Michael

Com certeza uma das surpresas mais agradáveis do serviço de streaming recém criado Apple TV+ foi a série Ted Lasso, apresentando um tom bem auto astral e um humor afiado com personagens marcantes. Porém, para a surpresa de todos, ela chega ao fim após apenas sua terceira temporada, talvez para o melhor para evitar que caia nas mesmas armadilhas que outras séries que não souberam acabar na hora certa. Felizmente, ela faz uso dos seus últimos doze episódios para fechar a história de seus principais personagens com chave de ouro, mantendo o mesmo nível de humor e carisma e ainda se arriscando ao tratar temas polêmicos de frente.

Nesta última temporada, a série segue de onde parou e mostra Ted Lasso voltando com o AFC Richmond para a primeira divisão e tendo que lidar com a desconfiança geral. Além disso, Ted também segue cuidando da sua saúde mental para evitar novos episódios de crises de pânico enquanto procura redefinir suas prioridades de vida. O arco do treinador é um dos mais interessantes desta temporada, mas vários outros recebem a oportunidade para brilhar, com destaque para o desfecho da história de Nathan que traz uma mensagem interessante sobre realização profissional e também para a trama de Rebecca que mostra a o poder do perdão e de seguir em frente. O seriado mantém a mesma pegada de humor com pitadas de reflexões sobre variados temas, mas nesta temporada se arrisca mais ao trazer para o primeiro plano a questão de gênero em dois arcos relevantes, sendo que faz isso sem chocar ou forçar e focando principalmente na importância de aceitar as diferenças e evitar o preconceito. O desfecho escolhido para a maioria dos personagens é excelente, mesmo que se renda a alguns clichês de final de novela, fazendo com que os dois últimos episódios sejam os melhores de toda a série e que tenhamos um clímax que se despede do espectador no auge.

E grande parte do mérito disso é do carismático e talentoso elenco que se entregou aos seus papéis durante todo o seriado. Sem dúvidas o carro chefe continua sendo Jason Sudeikis com sua performance perfeita como um otimista incorrigível que é uma fonte infinita de motivação e aceitação, mas que também se mostra falho e humano ao não saber inicialmente lidar com seus próprios fantasmas. Nick Mohammed também brilha como um Nathan em busca de provar a todos que não tem nada a provar a ninguém. Brett Goldstein segue com seus traquejos e grunhidos de Roy Kent, mas traz um lado mais humano do personagem que vai buscando se abrir mais. Por fim, Hannah Waddingham brilha com seu carisma e com uma bela jornada como uma Rebecca que ressignifica suas escolhas de vida.

Estamos então diante de uma das melhores séries de comédia dos últimos tempos que não se rendeu aos clichês, manteve seu nível e sua característica, ousou na medida certa e escolheu o melhor momento para acabar por cima e deixar saudades. Super recomendada para os que buscam algo leve para dar ótimas risadas, mas com o nível certo de conteúdo e reflexões para passar mensagens relevantes sobre saúde mental, perdão, motivação, realização pessoal e importância do respeito às diferenças.

Disponível na Apple TV+ neste link

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