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Filme da vez: Império da Luz (2022)

Uma belíssima homenagem ao cinema que sofre com um roteiro pesado, ritmo lento e disparidade entre os protagonistas
    

                                                                                                                         

Nota IMDb: 6,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Empire of Light
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Sam Mendes
Estrelas: Olivia Colman, Micheal Ward, Colin Firth, Toby Jones
Sinopse: Situado em uma cidade litorânea inglesa no início dos anos 1980, este filme conta a história da conexão humana e da magia cinematográfica.
Crítica: Michael

O cinema é conhecido como a sétima arte e, assim como as demais, tem potencial para emocionar, ensinar e motivar as pessoas. Desta maneira, não é incomum vermos filmes que aproveitam para explorar estes conceitos e homenagear a magia do cinema. O celebrado diretor e roteirista Sam Mendes traz neste filme uma ode à sétima arte e seu poder de capturar nossas mentes e transportá-las para outras realidades, porém ele faz isso através de uma trama pesada sobre relacionamentos em suas diversas formas, preconceito racial e problemas mentais que retiram um pouco da poesia desta homenagem. Além disso, a performance mágica de Olivia Colman não é acompanhada à altura pelo seu protagonista.

A trama mostra uma mulher de meia idade gerente de um cinema local nos anos oitenta que está em um relacionamento tóxico com seu chefe casado enquanto luta para enfrentar sua bipolaridade. Eis que surge um jovem negro e charmoso para trabalhar ao seu lado e ela acaba se apaixonando por ele e iniciando um relacionamento. Porém, as barreiras sociais do preconceito racial e as questões mentais dela irão trazer grandes desafios para os dois.

Como disse antes, Sam Mendes usa em seu roteiro estes arcos relacionais e dramáticos sobre um pano de fundo da magia do cinema onde deixa claro que mesmo pessoas falhas são capazes de se juntar e produzir algo especial e que toca outros seres humanos. Você já pensou que os funcionários do cinema que te proporciona tantas alegrias possuem suas próprias histórias, problemas e falhas? Ele fala também do poder dos relacionamentos para levantar ou destruir as pessoas, assim como da importância de parar e aproveitar o momento e não guardar rancor do passado. Temos ainda relatos marcantes sobre problemas mentais e racismo. Porém, o ritmo da trama é um pouco inconstante e prevalece um tom mais negativo em geral por conta dos temas já mencionados antes, mas nada que consiga apagar completamente a homenagem ao cinema e a beleza artística com a qual ela é feita.

No entanto, o maior problema mesmo está na gritante diferença dramática entre dois os protagonistas. Enquanto Olivia Colman esbanja seu talento e se entrega totalmente ao papel da mulher em busca de conexões reais, o jovem Micheal Ward não mostra tanta desenvoltura na tela com uma atuação bem rígida e apagada. O resto do elenco é bem competente e temos participações pequenas, mas bem significativas, de Colin Firth e Toby Jones.

No final não é difícil entender porque este filme de um "queridinho da Academia" não consegui nada além de uma indicação ao Oscar de cinematografia e nem foi tão bem recebido pela crítica e público. Seu tom mais pesado, ritmo lento e a disparidade dramática dos protagonistas transformam esta obra em algo bem específico para os mais pacientes e determinados amantes do cinema. No entanto, estes ainda irão encontrar uma performance estelar de Olivia Colman e uma bela carta de amor à sétima arte e ao seu poder de trazer magia às nossas vidas cotidianas.

Disponível no Star+ neste link

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