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Filme da vez: Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023)

   

Uma divertida e emocionante aventura espacial que prova que ainda há esperança para a Marvel se ela alterar o seu curso

                                                                                                                             

Nota IMDb: 8,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Guardians of the Galaxy Vol. 3
Ano de Lançamento: 2023
Diretor: James Gunn
Estrelas: Chris Pratt, Chukwudi Iwuji, Bradley Cooper, Zoe Saldana
Sinopse: Peter Quill deve reunir sua equipe para defender o universo e proteger um dos seus. Se a missão não for totalmente bem-sucedida, isso pode levar ao fim dos Guardiões.
Crítica: Michael

O MCU tem enfrentado problemas em seus últimos filmes da Fase 4 e início da Fase 5, o que tem levantado questionamentos sobre um possível declínio deste gênero que tem sido o mais lucrativo em termos de bilheteria nos últimos anos. No entanto, James Gunn demonstrou, com a última parte da trilogia dos Guardiões da Galáxia, que ainda é possível criar um bom filme da Marvel, desde que a história e os personagens sejam o foco em vez de ficar preso à necessidade de construir um universo conectado e cada vez mais confuso.

A trama retrata os guardiões vivendo em sua base e tentando se adaptar aos eventos pós-Thanos, com destaque para Peter Quill, que sente a perda de Gamora e com a falta de lembrança da nova versão dela em relação ao relacionamento deles. Ao mesmo tempo, o passado de Rocket retorna para assombrá-lo e o grupo precisa lutar para salvar seu amigo e impedir o temível Alto Evolucionário de prosseguir com seus experimentos tenebrosos.

O cerne da história se concentra no passado traumático de Rocket, revelando como ele foi criado a partir de experimentos macabros realizados pelo Alto Evolucionário, um tirano que usa a desculpa de buscar a criação do ser perfeito para cometer atos cruéis. Isso confere ao filme um tom mais sombrio em comparação com o resto da trilogia, mas também adiciona um peso dramático interessante, ajudando a impulsionar a trama e a gerar momentos de genuína emoção. No entanto, esses momentos mais sérios são intercalados com o humor característico do grupo, além de excelentes cenas de ação que se equiparam ou até superam o que vimos anteriormente. Também é benéfico o fato de a história estar completamente desconectada do que está acontecendo no restante do MCU na Fase 5, permitindo que se concentre nos personagens e suas jornadas, evitando as amarras de preparar futuros filmes ou lidar com as complicações trazidas pelo multiverso.

O elenco original dos Guardiões da Galáxia se reúne, provavelmente pela última vez, para entregar suas melhores performances até agora. Chris Pratt retrata um Peter Quill que sofre com a aceitação da situação com Gamora, mantendo seu excelente timing de comédia e atitude juvenil. Zoe Saldana traz uma versão mais fria de Gamora que tem dificuldade em se conectar com o grupo dos Guardiões e em corresponder às expectativas de Quill, que ainda secretamente espera que ela se torne sua antiga versão. Bradley Cooper recebe maior destaque como Rocket, que precisa lidar com seu passado traumático, e o resto do grupo proporciona os melhores momentos de humor do filme. Até mesmo no departamento de vilões, temos um resultado melhor com a excelente atuação de Chukwudi Iwuji como Alto Evolucionário, cujas motivações são bem definidas e palpáveis. O ponto negativo é a decisão de transformar Adam Warlock em um capanga acéfalo, o que o afasta completamente de sua versão nos quadrinhos.

O resultado é uma divertida e emocionante aventura espacial que serve tanto para fechar com chave de ouro a trilogia da primeira versão dos Guardiões da Galáxia como também para a despedida de James Gunn do MCU agora que ele vai assumir o universo da DC nos cinemas. Serve também para mostrar o caminho que a Marvel deve seguir se quiser evitar o desmoronamento de sua franquia de filmes: dar liberdade aos diretores de contarem uma história independente com sua visão artística própria, desistindo de criar um universo conectado que têm servido muito mais como peso do que como trunfo ultimamente.

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