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Filme da vez: Os Fabelmans (2022)

Uma carta de amor ao cinema e uma celebração da juventude e da vitoriosa carreira de Steven Spielberg que ela gerou
                                                                                                                             

Nota IMDb: 7,7 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Fabelmans
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Steven Spielberg
Estrelas: Michelle Williams, Gabriel LaBelle, Paul Dano
Sinopse: Crescendo no Arizona da era pós-Segunda Guerra Mundial, um jovem chamado Sammy Fabelman descobre um segredo de família e explora como o poder dos filmes pode ajudá-lo a ver a verdade.
Crítica: Michael

O agora lendário diretor Steven Spielberg foi um dos poucos de sua profissão que conseguiu navegar com sucesso em quase todos os gêneros de filmes. Isso não quer dizer que durante sua prolífica carreira ele esteve livre de fracassos, mas realmente impressiona a quantidade de bons filmes que ele dirigiu e prêmios que ganhou. Desta maneira, claro que um filme baseado em sua infância e nos fatores que o levaram a ser um cineasta irá interessar a todos os amantes da sétima arte e 'Os Falbelmans' não decepciona com um ótimo roteiro, direção apurada e excelente qualidade de atuação e produção.

Em primeiro lugar é preciso tratar do "elefante na sala": se este filme é uma autobiografia, por que a mudança de nomes? Só o próprio Spielberg poderá responder esta pergunta, mas a maioria especula que ele fez isso para não usar seu nome na promoção do filme e soar como narcisista. Além disso, esta decisão permite ele alterar certos aspectos em uma processo quase terapêutico de maneira a representar mais como ele vê os fatos hoje do que como eles realmente aconteceram. 

Ainda assim, pelo que foi levantado do passado do diretor, o filme é bastante fidedigno e mostra como a mente do jovem Spielberg foi trabalhada para gerar um dos maiores cineastas de todos os tempos. O longa é uma carta de amor ao cinema e uma lembrança do quanto o fator artístico é relevante e deve sempre sobressair a questão comercial. E ele também ajuda a explicar a versatilidade do diretor ao retratar ele como uma pessoa que ama a arte do cinema como um todo e não apenas um determinado tema ou aspecto dela.

E Spielberg derrama todo o seu enorme talento atrás das câmeras e o seu poder de comover o espectador. Sua direção é concisa e apurada, dando um ritmo excelente para o filme apesar de suas quase duas horas e meia de duração. A qualidade de produção é impecável com a reprodução da época em nível já esperado para o calibre do diretor que justamente foi indicado ao Oscar, assim como a trilha sonora do também lendário John Williams que repete a parceria de sucesso que gerou tantos clássicos.

Mas não é só Spielberg que brilha e na frente das câmeras vemos uma das melhores performances da carreira de Michelle Williams como a mãe do diretor. Ele abraça a excentricidade de sua personagem e consegue a difícil tarefa de surpreender e emocionar ao mesmo tempo e que justificam sua indicação ao Oscar de melhor atriz. Da mesma forma, Judd Hirsch faz uma participação curta, mas extremamente marcante e que deve ser a performance mais rápida a ser indicada a um Oscar.

Este filme é então uma excelente pedida para todos os amantes da sétima arte, principalmente para os admiradores do trabalho de Spielberg e que têm curiosidade de saber como foi sua infância e adolescência. Uma verdadeira declaração de amor ao cinema, este drama autobiográfico deve abocanhar merecidamente vários dos sete Oscars aos quais foi indicado, principalmente porque ele se encaixa perfeitamente no estilo de filme que geralmente é reconhecido pela Academia, outra especialidade de Spielberg. Mas, acima de tudo, ele serve como uma celebração da fantástica carreira deste diretor lendário e seu talento artístico e do poder do cinema para materializar a magia e emocionar o público.

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