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Filme da vez: Aftersun (2022)

  

Um  filme com DNA sapatinho verde, mas que pode agradar ao público em geral com disposição para montar o quebra-cabeças

                                                                                                                        

Nota IMDb: 7,8 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Aftersun
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Charlotte Wells
Estrelas: Paul Mescal, Frankie Corio, Celia Rowlson-Hall
Sinopse: Sophie reflete sobre a alegria e a melancolia das férias que ela tirou com seu pai 20 anos antes. Memórias reais e imaginárias preenchem as lacunas enquanto ela tenta reconciliar o pai que conheceu com o homem que desconhecia.
Crítica: Michael

Quem me conhece sabe que prefiro tênis a sapato e nunca compraria um sapatinho verde, ou seja, prefiro filmes menos alternativos. Porém, quando se ganha um "vale night" inesperado e o único filme em cartaz disponível é um mais cult, a escolha já foi feita por você e eu decidi mergulhar de cabeça. Porém, para minha surpresa, este filme consegue, no meio de suas esquisitices, deixar pistas suficientes para até mesmo um cara "hollywoodiano" como eu montar um quebra-cabeças e ter uma possível história.

A trama se passa em sua maioria durante uma viagem de férias entre Sophie e seu pai 20 anos atrás. Memórias reais se misturam com imaginárias e com flashes dela no futuro. Não vale à pena contar aqui minha intepretação da história para não gerar possíveis spoilers, até mesmo porque este tipo de filme geralmente gera diferentes interpretações dependendo do espectador. Mas é possível discutir a forma como o filme a apresenta. Ele faz uso de flashbacks, misturando e até repetindo algumas cenas aumentando aos poucos o seu conteúdo para explicar melhor. Elas são intercaladas com cenas confusas que parecem representar a memória de Sophie que foi embaralhada com o tempo. Além dessas técnicas, o filme usa tomadas bem maiores que nos filmes mais tradicionais e as cenas se estendem bastante, exigindo paciência do espectador desacostumado. Isso sem falar do uso do desfoque e ou da focalização periférica em algumas cenas. Porém, como disse antes, o filme deixa várias pistas para o espectador ir interpretando e a cena final é bastante reveladora ao invés de deixar muita coisa solta no ar.

Como o filme se passa durante poucos dias das férias de pais e filha, são os dois que precisam carregar o filme e eles o fazem com louvor, sendo inclusive os únicos personagens dignos de menção. Quem rouba a cena mesmo é a jovem e talentosa Frankie Corio como Sophie, em uma interpretação bastante inspirada e convincente. Paul Mescal também faz um bom trabalho como seu pai e se sobressai nas partes mais dramáticas.

Temos então um filme que é um prato cheio para os sapatinhos verdes de plantão, mas que também pode agradar ou pelo menos não decepcionar o público em geral, tanto que sua recepção tem sido positiva no IMDb. Mesmo assim, talvez não seja o suficiente para justificar a ida ao cinema e possa esperar sua chegada em algum dos serviços de streaming.

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