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Filme da vez: Pantera Negra - Wakanda para Sempre (2022)

  

Uma bonita homenagem ao legado de Boseman, mas um filme que sucumbe sob o enorme peso de sua ausência

                                                                                                                     

Nota IMDb: 7,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Black Panther: Wakanda Forever
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Ryan Coogler
Estrelas: Letitia Wright, Lupita Nyong'o, Danai Gurira, Tenoch Huerta, Angela Bassett 
Sinopse: Rainha Ramonda, Shuri, M'Baku, Okoye e Dora Milaje lutam para proteger sua nação das potências mundiais intervenientes após a morte do rei T'Challa.
Crítica: Michael

O primeiro filme do Pantera Negra não foi apenas um enorme sucesso de crítica e público, mas também um fenômeno cultural. Porém, a morte precoce do seu protagonista, Chadwick Boseman, deixou um gigantesco ponto de interrogação sobre o futuro da franquia. Cercado de enorme expectativa e com uma tarefa quase impossível de superar seu antecessor sem a presença do seu protagonista, mesmo acertando mais do que errando, este filme termina sucumbindo e servindo mais como uma despedida e homenagem a Boseman do que como uma obra bem acabada.

A trama, como já esperado, tem como cerne a morte prematura de T'Challa e o impacto que isso representa para a sua família e para Wakanda. A nação sem rei precisará mostrar sua força para se defender de ameaças externas enquanto luta para encontrar um substituto à altura do Pantera Negra.

Como disse antes, a morte prematura de Boseman deixou um verdadeiro vácuo no universo do Pantera Negra e diminuiu quase a zero as chances deste filme superar o primeiro. Ao invés disso, o que temos é um filme que serve como uma justa homenagem ao legado do falecido ator e que toma as decisões certas para honrar ele ao em nenhum momento explorar sua imagem usando de feitos especiais ou outras artimanhas que já vimos em outras películas. Além disso, o tom do filme é bastante sério em geral e casa bem com a temática de perda e luto, com poucos momentos de alívio cômico, algo raro nos filmes do MCU. De resto, o filme peca por um roteiro extremamente longo e sem foco com um ritmo vacilante, fazendo com que as mais de duas horas e meia de projeção pesem no espectador ao invés de passarem desapercebidas. Temos também algumas decisões erradas, como a apresentação da "Iron Heart" que soa forçada e como um alívio cômico que destoa do tom geral do filme. A introdução de Namor é boa e com uma performance louvável de Tenoch Huerta, mas não é o suficiente para salvar o filme ou sequer rivalizar com o que vimos de Michael B. Jordan no primeiro.

Apesar de tudo isso, ainda temos atuações excepcionais do elenco original. O grande destaque é sem dúvidas Letitia Wright no papel de Shuri. Ela entrega uma atuação fenomenal carregada de emoção e carisma, ajudando a aliviar o peso da ausência de Boseman. Outra que convence e surpreende é Angela Bassett no papel da rainha mãe. Lupita Nyong'o e Danai Gurira também merecem louvor por suas atuações inspiradas, assim como o carismático Winston Duke.

E apesar de todas as críticas feitas, a verdade é que este filme precisava existir, mesmo já sabendo que ele seria inferior ao primeiro. Era necessário haver uma despedida e homenagem respeitosa e digna do legado de Boseman no MCU e no cinema e este filme faz isso muito bem. Além disso, ele fecha o arco do Pantera Negra que, ainda que possa ser aproveitado no MCU ou em outros filmes, dificilmente terá um terceiro capítulo. Para os que esperavam neste filme uma mudança de rumo e uma guinada na nova fase da Marvel "pós Thanos", fica a decepção pela sua falta de conexão quase total com o resto do MCU. Porém, fica também a certeza de que a Marvel precisa virar o jogo rapidamente antes que o seu império cinematográfico comece a ruir.

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