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Jogo da vez: Elden Ring (PC)

    

Uma evolução de tudo o que vimos antes na série Souls apresentada em um mundo aberto e muito mais acessível a novos jogadores

                                                                              

Plataforma: PC
Metascore: 94 (User Score: 6.9) - Até o dia da postagem
- Análise: Michael

Não consigo lembrar da última vez que vi um jogo cercado de tanta expectativa quanto Elden Ring. Seja pelo envolvimento do famoso escritor J. R. R. Martin na criação da história ou o fato dele ser a mais nova aventura do mesmo estúdio que nos trouxe a aclamada série Souls, este jogo era esperado ansiosamente por fãs que, como eu, estavam ávidos por mais aventuras desafiadoras. Felizmente, como todos já devem saber, as expectativas não só foram atendidas como até superadas em vários pontos e temos aqui um dos melhores jogos deste gênero de todos os tempos e um forte candidato a jogo do ano de 2022.

Quem conhece a série Souls sabe que a história não é contada de uma forma linear e nem apresentada diretamente ao jogador através de cenas cinemáticas, mas está em sua maior parte escondida em itens e descoberta através de personagens secundários. Além disso, a trama pode ser bastante convoluta e confusa em alguns momentos, servindo mais como pano de fundo para a ação. Basicamente, o jogo se passa nas Terras Intermédias onde o Anel Pristino (do título) foi destruído em um evento histórico de luta pelo trono, fazendo com que os "Sem Luz" retornassem para tentarem restaurar o ordem ou se transformar no senhor desta terra. O jogador é um destes que parte em busca desta jornada e precisará enfrentar os antigos líderes das diferentes facções e outras ameaças do lugar.

Os jogadores que já experimentaram alguma iteração da série Souls se sentirão em casa em termos de jogabilidade e até mesmo com o retorno de algumas figuras marcantes, itens e criaturas já apresentadas nos jogos anteriores. Ele herda também as mesmas mecânicas de RPG com diferentes classes e possibilidades de melhoria do personagem e das armas, mas com novidades como as artes de combate para as armas e escudos e também no poder de convocar fantasmas de inimigos que são colecionados e também evoluídos para auxiliar em momentos chave. 

Em termos visuais também temos várias semelhanças e uma manutenção do estilo que marcou as obras do criador Hidetaka Miyazaki, mas com um significativo aumento de escopo que parece ser consequência da maior novidade trazida por Elden Ring ao gênero: o mundo aberto. Agora os jogadores tem total liberdade para explorar o gigantesco mapa que é interconectado, variado e recheado de inimigos, dungeons e segredos para desvendar. E para ajudar nesta tarefa temos outra grande adição à franquia: o cavalo Torrent que ajuda imensamente tanto na navegação quanto em algumas batalhas que tiram proveito da mecânica de combate montado. A quantidade de conteúdo é simplesmente impressionante, algo raro nos dias atuais e que irá demandar pelo menos cem horas de jogo para uma exploração mais completa. Isso sem falar que será necessário jogar por mais de uma vez se quiser experimentar os diferentes desfechos possíveis e fazer todas as missões secundárias.

Outra evolução que Elden Ring apresenta é na inserção de várias facilidades que tornam este o jogo mais acessível da série. Não que o desafio em termos de dificuldade tenha sido reduzido, mas foram introduzidas ferramentas como: mais checkpoints, mapa com legendas e viagem rápida e a possibilidade de optar se quer ou não jogar online para controlar o risco de ser invadido. Isso sem falar do fato da morte não reduzir a vida e a estamina do jogador (a não ser que ele tenha usado uma Grande Runa que aumente estes atributos). Mesmo assim, os fãs antigos não ficarão decepcionados com o desafio e irão precisar usar de várias estratégias para sobreviver e ter sucesso. Se você quiser algumas dicas de como fazer isso, confira este post.

Porém, nem tudo é perfeito e temos aqui mais uma amostra de como a FromSoftware precisa evoluir em termos técnicos para permitir que os jogadores extraiam o melhor dos seus jogos. Ainda que a evolução em termos gráficos seja evidente e o design das áreas e inimigos seja variado e inspirado, vários jogadores de PC, como eu, ainda enfrentam problemas de congelamentos aleatórios e variações bruscas de FPS que muitas vezes comprometem a experiência como um todo. Isso também acontece nos consoles de nova geração e a prova de que uma correção é possível foi o fato da Valve ter conseguido fazer isso por conta própria para a versão de Steam Deck.

Este jogo parece então representar uma evolução de tudo o que vimos antes na série Souls apresentada em um universo de mundo aberto e muito mais acessível a novos jogadores. Não é à toa que o jogo foi um sucesso estrondoso de vendas e arrebanhou pessoas que nunca haviam tido paciência ou disposição para superar as barreiras dos jogos anteriores. Simplesmente obrigatório para os fãs e uma excelente oportunidade para os que querem experimentar a continuação espiritual da série que criou um gênero próprio e mudou a indústria de jogos.

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