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Série da vez:Tokyo Vice - Primeira Temporada(2022-?)

Em uma excelente história de um estrangeiro no sol nascente em busca da verdade, um excelente elenco, uma história fascinante, mas um erro muito comum em Hollywood. Descubra virtudes e defeitos, na critica abaixo, como de costume, sem spoilers.


Um mergulho no submundo japonês...a lá HBO



Nota IMDb: 7,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Ano de Lançamento: 2022
Direção: Michael Mann(de Colateral, O Informate, O Último dos Moicanos, Caçador de Assassinos, etc), Josef Kubota Wldayka(The Terror, Narcos(2016-2017), Mãos Sujas(2014)), Hikari(37 Segundos, Tsuyako, Where We Begin, Memórias de uma Gueixa) e Alan Poul(A Sete Palmos, Crônicas de San Francisco, The Eddy, The Newsroom)
Estrelas: Ansel Elgort(aqui como o intrépido, e muitas vezes irresponsável, Jake Adelstein), Ken Watanabe(aqui como o detetive Hiroto Katagiri),Rachel Keller(como a cascuda e prendada Samantha),Shô Kasamatsu(como o sofrido Sato), Ella Rumpf(como a de grande coração Polina), Shun Sugata(como o temido Ishida), Hideaki Itô(como o cinza Jin Miyamoto), Ayumi Tanida(como o temível Tozawa),  entre outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr


Não como ver Tokyo Vice e não pensar em Poderoso Chefão, Bons Companheiros ou até um pouco de Narcos. E sim, é uma série bem HBO no sentido de termos sexo, violência, muitas reviravoltas e... uma decepção. Mas antes, vamos ao plot da série.

Acompanhamos a curiosa jornada de Jake Adelstein em Tokyo, desde da louca proposição de aprender e estudar japonês a ponto de se candidatar a um emprego em dos maiores jornais do Japão... e consegue passar... Mas, como todo mundo sabe, o dia a dia coorporativo já é brutal, imagina na Terra do Sol Nascente. E o preconceito por ser estrangeiro também está bem marcante aqui, assim como principalmente a pesada rotina investigativa das atividades da Yakuza, assim como a guerra entre facções, deixando consequências em todos os envolvidos.

Claro que há uma romantização da estória real, famoso caso do "levemente baseado em fatos reais", mas não deixa de ser um fascinante mergulho no Japão do início dos anos 2000, os desafios de um país moderno, mas que sofre com algumas tradições e preconceitos. É um mergulho ao submundo da sociedade japonesa, com todos os seus encantos e terrores. E tudo isso é muito bem potencializado com um excelente elenco, não só mérito do estrelar Ken Watanabe com caras e bocas, mas com o assustador esforço de Rachel Keller com uma personagem riquíssima em camadas, assim como Shô Kasamatsu(que rende cenas hilárias, dramáticas e muita reflexão).

E aqui, temos um duelo de vilões, coisa que seria uma aula para muita coisa que a gente vê aí em Hollywood, além das sutilezas, a calma e principalmente o olhar, fruto de muita técnica e esforço com certeza. Contudo... A expressão corporal aqui é uma aula e tanto para nós ocidentais.

Há um problema na série. E chega ser um problema irônico. Justamente é o Japão que é a nação onde não raro, independente de grande sucesso, muitas obras decidem ter uma ou até duas temporadas e pronto. Há grande comoção, mas o respeito ao arco narrativo, quando muito, rende um filme sobre um prequel e algum spinoff e só. Aqui a história provavelmente estaria muito bem servida com duas temporadas se muito, ou quem sabe até uma com 10 episódios. Mas o formato atual de 8 episódios de quase 50 minutos vai muito bem até o último que claramente enrola o espectador para mais uma temporada. Se algo muito bom tem durar pouco, tudo bem. Ficar com o gosto de quero mais é bom. Mas ser ganancioso com a atenção do espectador... Isso é uma pena.

Resumindo, é uma excelente história de coragem investigativa, fuga de algo no passado, tradições, honra , ganancia e crimes... Tudo bem embebido com a forma HBO de fazer séries, grande elenco, excelente história, mas... A torcida de que o pessoal da produção e roteirista saiba reconhecer o momento certo de acabar a história. Disponível no HBO Max.




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