Série da vez: Dexter - New Blood (2021)
Uma segunda chance de última temporada que tem bons momentos, mas novamente tropeça no final |
Nota IMDb: 8,5 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Dexter - New Blood
Criadores: Clyde Phillips
Estrelas: Michael C. Hall, Jack Alcott, Julia Jones
Crítica: Michael
Um grande problema para as séries de TV que fazem muito sucesso nas suas primeiras temporadas é saber o momento certo e a forma correta de encerrar a história. A maioria não consegue fazer isso tão bem quanto 'Breaking Bad' e com certeza foi isso com aconteceu com Dexter em sua oitava e última temporada (o resultado para mim foi tão ruim que eu até fiz um post sugerindo como deveria ter sido a última temporada. Se tiver curiosidade, confira aqui). Para a minha surpresa e talvez a de muitos dos fãs do seriado, foi anunciado que uma nona e nova última temporada feita para tentar corrigir este erro. Porém, ainda que comece bem e traga vários momentos interessantes que lembram a época áurea da série, ela acaba cometendo o mesmo pecado com um desfecho fraco e forçado. Confira nossa análise a seguir livre de spoilers.
A trama mostra Dexter vivendo em uma cidade pequena do norte de Nova York após assumir uma nova identidade para tentar recomeçar sua vida como Jim Lindsay. Por ironia, ele namora a chefe de polícia local e trabalha em uma loja de armas. Apesar de ter se misturado bem e teoricamente encontrado paz, logo sua vida vai voltar a se complicar após assassinar um filho de um comerciante famoso do local e também por conta do retorno inesperado do seu filho Harrison. Como de costume, as coisas começam a escalar e Dexter precisa lidar com as consequências de ter voltado a alimentar seu "passageiro sombrio" e também com as tendências que seu filho começa a demonstrar. Apesar de forçar bastante em alguns momentos, a história consegue construir um cenário interessante e que justifique a existência desta nova temporada. O problema é que a parte final degringola e faz muitos personagens agirem de forma bem diferente, como a namorada de Dexter virar uma verdadeira "Sherlock Holmes" de uma hora para outra e o próprio se transformar em um trapalhão que esquece detalhes e deixa pistas. Para piorar tudo, o episódio final traz um desfecho bastante forçado e que não traz a satisfação esperada. Apesar de Dexter finalmente ter que responder pelos seus erros, a forma como ele faz isso não é a melhor escolha possível.
Em termos de elenco, claro que o destaque maior precisa ir para Michael C. Hall como Dexter. Ele mostra que continua com o personagem nas veias e desfila talento completamente à vontade no papel. O retorno de Jennifer Carpenter como Deb também consegue convencer e ser justificado, apesar do envelhecimento dela não fazer muito sentido no contexto da sua volta. Destaque também para Clancy Brown como Kurt e Julia Jones como a chefe de polícia e namorada de Dexter. Outra surpresa positiva é Jack Alcott como Harrison, ainda que seu personagem não gere muita empatia no espectador.
O que poderia ter sido um desfecho digno do legado do Dexter e uma chance de corrigir o passado acaba se transformando em uma nova amostra de decisões erradas. Pelo menos os fãs têm a chance de ver alguns bons momentos de Dexter que relembram o auge da série, mesmo que o final tenha sido tão decepcionante quanto o anterior.
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