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No NetFlix:Quanto Vale?(2020)

Na esteira de homenagens a um dos fatos mais marcantes do início do século, vemos a difícil tarefa de tentar medir quanto vale uma vida e as dificuldades e dilemas de tal tarefa ingrata. Confira na crítica abaixo do que isso se trata e porque, para o problema do 11 de setembro, era um detalhe que poucos conheciam.

Quem ajusta a balança?

 

Nota IMDb: 6,7 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: What Is Life Worth
Ano de Lançamento: 2020
Diretora: Sara Colangelo(diretora de A Professora do Jardim de Infância. Conflitos e Reencontros, entre outros filmes)
Estrelas: Michael Keaton(como Ken Feinberg), Amy Ryan(como a corajosa Camille Biros), Stanley Tucci(como perspicaz Charles Wolf), Tate Donovan(como uma velha raposa Lee Quinn), Shunori Ramanathan(como a atrasada por trabalho e portanto ainda viva Priya Khundi)  e outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr

Infelizmente operadoras de seguro são famosas por suas pegadinhas, como o tradicional argumento de negar pagar a indenização pela ausência da comunicação da descoberta de alguma doença. Há várias tentativas de evitarem essas falhas que permitem que não sejam pagos justas milhares de indenizações, porém é um cinza limite entre o custo do segurado e os milhões em enormes departamentos jurídicos. E o que isso tem a ver com o filme?

Depois de se sentir, como muitos, impactado pelos atentados do 11 de setembro de 2001, um advogado especialista em ações de indenização decide abraçar a ingrata tarefa de identificar, catalogar, classificar e por fim precificar a indenização de cada uma das vítimas desses dias tristes. Porém, o que começou como parte desafio/ego, parte uma boa ação ia encontrar na frente burocracia, racismo, discriminação e difíceis questões que só a vida supera e de longe a legislação vigente.

E já vou aqui antecipando uma das coisas frustrantes do filme. Apesar de se basear no livro de Ken Feinberg de mesmo nome em inglês What is life worth?, a famosa fórmula que seria usada para indicar quanto cada uma das vítimas teria direito nunca aparece bem explicada. Talvez porque era algo que tinha algum segredo comercial, ou quem sabe porque seria assustadoramente entediante...:P O fato é que isso o espectador não vai conseguir nesse filme.

Porém, nas ponderações, dor e sofrimento dos que ficaram, na hipocrisia de alguns, na defesa do cofre público ou medo de um sem fim de processos judiciais, a necessidade de ser escutado, ganancia de alguns, senso de justiça de outros, tudo isso é levemente passado nesse filme que mereceria ser uma mini-série de 3 episódios no mínimo. Contudo, muitos vão reclamar do ritmo lento, mas característico de um filme de tribunal.

Além da história do problema entre atenuar o sofrimento dos que ficaram à jogar dinheiro no túmulo dos que foram, há toda uma polêmica sobre a solução final da situação e certo desconforto de autoridades por enfrentarem problemas há muito tempo relegados juridicamente. Mesmo a crítica que o filme excessivamente investe em um dramalhão só não é um problema maior ainda por causa da excelente performance do elenco em alguns momentos, ainda mais de Michael Keaton e Amy Ryan. 

Resumindo, é um interessante filme que fala sobre sentimento vs dinheiro, em um movimento de e ao encontro da passagem do tempo e o luto dessas famílias. É um drama necessário para um momento onde muitas eram as perguntas e poucas foram as respostas. Se foram corretamente respondidas? Só o tempo dirá... Disponível na NetFlix!




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