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Filme da vez:Cruella(2021)

Uma nova releitura de um clássico da animação da Disney, toma riscos e elogios de algo que pode render muita coisa interessante. Confira na crítica abaixo o porquê disso, sem spoilers, assim como as polêmicas dessa nova super produção.

Reforçando o time dos vilões...:)



Nota IMDb: 7,4 (até o dia da postagem) (IMDb)
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Craig Gillespie(Eu, Tonya(2017), A Garota Ideal(2007), Horas Decisivas(2016), Arrremesso de Ouro(2014))
Estrelas:  Emma Stone(como Estella/Cruella), Emma Thompson(como a Baronesa), Joel Fry(como o esperto Jasper), Paul Walter Hauser(sensível Horace :)), John McCrea(como Artie), Mark Strong(como John the Valet), Kirby Howell-Baptiste(como Anita Darling),  entre outras estrelas.
Crítica: Dissonant

Como bem destacou o PH Santos no vídeo sobre grandes obras e a Disney que pode ser visto aqui, ela espertamente recicla os seus grandes clássicos em ciclos aproximados de 30 em 30 anos, e chegou a vez de uma fabulosa animação dos 101 Dálmatas de 1961 no original, depois da primeira adaptação live action de 1996 com Glenn Close e agora com duas Emmas.

E sim, temos o clássico problema da reapresentação de personagens, contando a história desde de criança para justificar o seu comportamento. Justamente nessa primeira fase, que acredito que é a parte do roteiro que tem menos "tração", mas é a parte mais sincera do roteiro que declara que Cruella tinha problemas de adaptação com a Inglaterra dos anos 70(temos esse pequeno pulo temporal) sobre a visão de mundo, só que provavelmente está avisando ao espectador que vai ver algo diferente da animação original.

Criada como Estella, desde de pequena sempre teve uma personalidade forte, o que lhe rendeu alguns problemas escolares, e depois de um evento trágico com sua mãe, ela acaba na rua e se alia aos seus dois companheiros de pequenos crimes Jasper e Horace. Aqui já começaríamos a ter problemas de transportar a atmosfera do desenho pra o filme, mas usando espertamente justamente cachorros como coautores dos seus golpes, excelente desempenho dos atores e um cuidado primoroso da figurinista ganhadora do Oscar Jenny Beavan com as roupas, muita coisa é retransformada(não só como referência, mas com um novo significado) ao longo do filme.

E como comentamos acima, as grandes pérolas do filme são as duas Emmas, Emma Thompson como a odiosa Baronesa(que tem momentos muito próximos realmente de Diabo Veste Prada) e Emma Stone como Estella/Cruella, com um outro deslize algo longo da obra, mas momentos excelentes(com uma fina linha pra o ridículo). 

As duas horas e 14 minutos não seria um pouco longo demais? Sim, há uma gordurinha em alguns momentos, semelhanças com Coringa(sim, mas sem algo tão pesado), o final que faltou aquele primor final para deixar o filme uma obra prima, contudo é ousado em alguns aspectos, divertido e mostra um amor e carinho por parte da produção(o que é raro nessas produções desse calibre). 

Outro probleminha do filme são alguns efeitos especiais, CGI que poderia ter tido um pouco mais tempo de trabalho, que não é tosco, mas dá às vezes aquela dissonância no qualidade técnica do filme.

E falar desse filme não se tem como não registrar o salgado preço de exibição(69 reais!!!) no streaming(ainda que se tenha o filme disponível até quando a Disney deixar) ou a aventura perigosa de topar uma sessão nos cinemas(está em cartaz no momento do post). Quem quiser esperar, deve entrar no catálogo dia 16 de julho sem custo adicional. 

Tem uma pequena cena pós créditos que vai ligar com as futuras produções com certeza! Disponível na Disney+!



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