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Série da vez:Legado de Júpiter(2021-?)

Quando um dos grandes nomes da indústria de quadrinhos decide fazer uma série, todo mundo presta a atenção. Mas será que em um mercado que mostra sinais de saturação, ele consegue trazer algo de novo para a nova cena de fantasia? Confira se sim, na crítica abaixo

Talvez construindo um legado?


Nota IMDb: 6,9 (até o dia da postagem) (IMDb)
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Steven S. DeKnight(Produtor de Spartcaus, Demolidor e roterista do triste Círculo de Fogo:A Revolta(2018))
Estrelas:  Josh Duhamel(como Sheldon Sampson/Utópico), Ben Daniels(como Brainwave/Walter Sampson), Leslie Bibb(como Grace/Lady Liberty), Andrew Horton(Brandon/The Paragon), Ian Quinlan(como Hutch), Elena Kampouris(como a problemática Chloe), Kurtwood Smith(como o Velho Miller), entre outras estrelas.
Crítica: Dissonant


Dando o que falar, a nova série de super heróis da NetFlix não é definitivamente o The Boys repaginado. Porém também não é necessariamente uma nova esperança, pelo menos na primeira temporada, de mudanças no gênero. Então o que ela seria?

Se você coloca efeitos especiais, collants e também corpos malhados, estaria descrevendo boa parte das produções tanto de quadrinhos, TV e cinema. Mas o que realmente atrai o público? Provavelmente uma camadinha a mais de profundidade, quem sabe quanto a discursão sobre poder... Ou responsabilidades... Ou como eles se relacionam entre si. Ou talvez tudo isso! E é bem o resumo do que a série veio mostrando até aqui.

E logo de cara a gente tem que falar do grande elefante no meio da sala. A famosa travessia do espectador na primeira temporada na apresentação dos personagens. E aí a série derrapa bonito. Como Mark Millar explicou em entrevista, o ir e voltar no tempo para apresentar a construção psicológica dos personagens, assim como a jornada, tirando alguns pontos, fez o processo perder muitos expectadores. E a diferença de visão entre as gerações de supers, dos originais para a nova leva, que deveria ser uma homenagem aos heróis da Era de Ouro para a atual, inclusive também o conflito com o mundo "normal" me lembrou muito o excelente "Onde os Fracos não tem Vez", cai muitas vezes em um dramalhão, assim como também perda na agilidade de roteiro. Tudo é lento, quase não pegando a possibilidade de aproveitar a linha dorsal de narrativa em um mistério. Quando finalmente algo acontece que pode ser promissor, a série literalmente acaba. E talvez, culpa do diretor, produtores e/ou roteiristas, a autoconfiança exagerada do tipo "a minha estória é super interessante" quase que não mostra um compromisso de capturar o espectador. 

E não só isso pesa. Efeitos especiais às vezes muito toscos, algumas lutas hilárias de ruins e atuações canastronas perfazem algo que talvez explicaria algumas reações bem negativas de crítica e público.  Contudo há algo interessante ainda lá... Como Affonso Solano definiu no Twitter "Assisti o 1º episódio de “O Legado de Júpiter”. Parece q estou vendo uma série revolucionária de super-heróis... dos anos 90. Muito estranho. Ainda assim, algo me capturou. Rumo ao 2º episódio." Só que a gente conhece a famosa mania da NetFlix de matar séries. E a competição está pesada. The Boys evoluiu da fase adolescente e pode surpreender ainda em algumas reflexões interessantes, assim como o muito premiado Invencível, adaptação famosa dos HQs que tem divertido e ganhado tanta tração que é quase certa uma versão live-action. 

Dado o tamanho do investimento em produção, a presença de uma das pessoas mais famosas do mundo das HQs, assim como a necessidade de emplacar alguma série pra fazer frente às outras concorrentes, talvez a NetFlix venha a perdoar o desempenho até então fraco da primeira temporada. Porém a história tem que melhorar, assim como o aspecto técnico. O primeiro episódio tem a melhor luta da temporada. Isso pode ser que signifique algo. Assista com paciência. Pode render algo no futuro. Disponível na NetFlix.




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