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Jogo da vez: Red Dead Redemption 2 (PC)

   

Um jogo épico que desafia o padrão atual

                                                                                  
Plataforma: PC
Metascore: 93 (User Score: 6.0) - Até o dia da postagem
- Análise: Michael

Os jogos lançados em uma geração geralmente são o reflexo do momento e hoje em dia temos um grande foco em multiplayer competitivo ou cooperativo com mundos massivos online e compartilhados. Sendo assim, aos poucos temos visto cada vez menos jogos investirem em campanhas single player que não permitam algum tipo de interação online. Mesmo que Read Dead Redemption 2 tenha um modo online gigantesco e complexo, ele também traz uma campanha single player longa que se passa em um universo extenso, realista e cheio de vida e possibilidades de interação. Confira a seguir nossa análise do modo single player da versão de PC deste jogo.

A desenvolvedora Rockstar se tornou notável com a série GTA e com outros jogos polêmicos e cheios de violência. Porém, a chegada do primeiro Red Dead Redemption em 2010 foi uma agradável surpresa em termos de mudança de tom. Ainda que o jogo retrate a vida de um fora da lei no velho oeste, ele permite que o jogador desenvolva uma boa reputação e ajude as pessoas. Além disso, há um foco muito menor na questão sexual e na violência gratuita.  Para completar, o jogo foi uma marca em termos de mundo aberto enquanto acompanhamos a história de John Marston em busca de redenção após uma vida de crimes.

Pois bem, oito anos depois temos a sequência do primeiro jogo e ela veio trazendo evoluções gráficas e de realismo. Lançada apenas no final de 2019, a versão de PC (que é o foco desta análise) é o pináculo desta franquia em termos de gráficos, trazendo um dos mundos abertos mais complexos e bonitos já criados em um jogo. Se em termos de jogabilidade continuamos com as mesmas premissas e conceitos do primeiro, temos várias adições nas variações de ação e no tamanho do mundo. Além de um mapa vasto e povoado de pessoas e vida selvagem espalhada em belíssimas paisagens, não faltam opções de interação. Pescar; caçar; procurar ingredientes e criar itens; se divertir com jogos em saloons; assistir a espetáculos de teatro ou cinema; ou apenas cavalguar e se aventurar no vasto mapa; enfim, são inúmeras possibilidades. Tudo isso mostrado com um realismo, física e uma qualidade visual impressionantes. É preciso se alimentar e alimentar seu cavalo; dormir, descansar e até mesmo limpar suas armas para conservá-las em perfeito funcionamento. Para se ter uma ideia do nível de realismo que chega a ser doentio, os cavalos fazem cocô.

Ainda temos também, claro, as missões da história principal e as paralelas. Isso sem falar dos encontros randômicos ao se navegar pelo mapa e que geram pequenas interações e são tão variados que durante toda minha jornada só tive repetições duas ou três vezes. E por falar em jornada, focando apenas nas missões principais e secundárias, gastei 76 horas para chegar até o final. Imagine se eu tivesse gastado mais tempo nessas opções secundárias. Nunca vi um mundo tão vasto desde o excelente Witcher 3.

No entanto, é preciso alertar que este jogo não deve agradar a todos. Em uma época focada em ação frenética e instantânea, este jogo foca em um ritmo muito mais lento e que demanda paciência. Ele convida o jogador para entrar no universo e aproveitar a paisagem, a música, os sons e a jornada de cada um dos personagens principais contada de forma cinemática. Se você não gostar do tema de faroeste ou da liberdade de cavalgar e interagir com a natureza virtual, dificulmente irá apreciar RDR2 de forma completa.

Em termos de história, temos a explicação das origens de John Marston antes dele se transformar na pessoa que vimos no primeiro jogo. Desta vez, o foco inicial fica em Arthur Morgan, um dos membros mais antigos da gangue que acolheu Marston e que serviu como uma espécie de mentor e pai para ele neste período. Apenas quando sua jornada chega ao fim é que passamos a controlar Marston em um longo epílogo que deixa a história pronta para o começo do primeiro jogo.  Como disse antes, o ritmo é bem lento e requer paciência. Porém, os que perseveram são recompensados com uma história muito interessante, complexa e recheda de momentos emocionantes que vão relembrar os grandes clássicos de faroeste do cinema.

Resumindo, temos um jogo simplesmente épico que desafia o status quo atual com uma campanha single player vasta e um ritmo bem cadenciado. Não faltam momentos de ação e tiroteio, mas eles são usados como elementos para desenvolvimento da trama e dos seus personagens sendo que a história é o foco principal e não apenas um motivo para respirar entre os confrontos. Se você é fã de faroeste este jogo é simplesmente obrigatório, mas ele também pode surpreender aqueles que procuram uma boa história contada de maneira cinematográfica. 

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