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No NetFlix:Mank(2020)

Um filme difícil no começo, mas com grandes presentes, principalmente para os que adoram o monumental Cidadão Kane,  com uma execução técnica que só uma pessoa doentia pelo perfeccionismo como David Fincher poderia executar. Mais detalhes de porque vale a pena o esforço, na crítica abaixo

Incomodas como as pessoas que dizem verdades muitas vezes são



Nota IMDb: 7,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Ano de Lançamento: 2020
Diretor: David Fincher
Script: Jack Fincher
Estrelas:  Gary Oldman, Amanda Seyfried, Lily Collins, Tuppence Middleton, Monika Gossmann, Tom Burke, Charles Dance, Ferdinand Kingsley, Jamie McShane, Bill Nye(!), entre outras estrelas
Sinopse: Um brilhante, corrosivo, auto destrutivo, mas peculiar roteirista é convocado para escrever um filme que sacudiu a industria de cinema e trouxe muito o que falar
Crítica: Dissonantbr

Um jovem cineasta que chamou atenção do mundo com um audiodrama que trouxe caos a cidades, Orson Welles queria uma nova grande história para fazer jus a fama que ele queria ter. Ele precisava algo ousado, revolucionário, instigante e definidor de padrão que teria um efeito irônico muitos anos depois: o espectador moderno iria ver aquele filme e muito provavelmente não viria nada demais, tirando quiçá algumas impressionantes tomadas de câmera. E aí reside o porque do Cidadão Kane ter sido considerado durantes décadas como o filme mais seminal do que viria ser o cinema moderno, já que se não o moderno não percebe nada de diferente é porque ele era muito a frente do seu tempo e acabou por definir um padrão de como seriam as obras dali pra frente.

E não querendo entrar no trabalho técnico de adaptação do filme, mas sim na história, o coração da obra que muitos consideram apenas de Welles, vemos o improvável antagonista Herman Mankiewicz, alcoólatra, ácido, viciado em jogos, destrutivo, mas também inteligente, vítima e também algoz de uma indústria de filmes em sua era de ouro, influenciada pela política e dinheiro. 

E sim, o filme inicialmente entra na discursão de que teria sido Mank e não Welles responsável pelo roteiro, porém foca mais na concepção de como e o porque ele teria copiado todo aquele universo, ato de cruel traição já que ele basicamente pouco modificou da rotina da vida de ultra ricos do clã de William Randolph Hearst, as consequências e toda a ironia daquele ato. 

E definitivamente não é um filme para o público em geral, mas para quem adora cinema, vai se esbanjar com grandes atuações de um elenco que só um projeto que deve ter sido um inferno logístico e técnico(além de vários efeitos especiais que são difíceis de perceber como nuvens no céu, grama verde, novas lentes, ajustes de luz, tudo isso em um filme preto e branco que muita gente não vai ter paciência para dar uma chance). E falando em elenco, destaques para Gary Oldman como Mank, Amanda Seyfried como a doce Marion Davies, Lily Collins como a paciente Rita Alexander, assim como Ferdinand Kingsley como Irvingh Thalberg,  e a virtuosa Tuppence Middleton como a pobre Sara Mankiewicz. 

Como em uma dívida pessoal, David Fincher traz o roteiro do seu pai que é como uma luz para mariposas para aqueles que são curiosos por um divisor de águas na história do cinema, porém sem cair na fácil armadilha de ato egocêntrico tão comum em Hollywood, e arrisca em dizer que algumas coisas não mudaram tanto assim desde dos anos 30... E inclusive Fake News...:/ Disponível no NetFlix e forte candidato ao Oscar(inclusive com uma excelente opinião sobre esse prêmio!).





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