Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 10 - Parte 7
Sibelle enxerga uma luz no fim do túnel, mas espera que não seja tarde demais |
O silêncio é quebrado pelo barulho de
metal caindo no chão e Sibelle abre os olhos lentamente. Ela está bastante
grogue por conta do sedativo e mal consegue se mexer. Porém, ela sente em seu
corpo um desconforto singular, algo como um formigamento nos ossos. Ela então
se lembra de que foi infectada com o microrganismo e que isso já deve ser um
dos sintomas.
Sibelle respira fundo e tenta enxergar
em sua volta apesar da vista embaçada. Ela vê a Dra. Masterson de costas e
olhando para um dos monitores do laboratório de análise. Ao forçar a vista um
pouco, ela consegue distinguir que a imagem no monitor é uma espécie de
radiografia que mostra parte da sua estrutura óssea. Sibelle mexe com
dificuldade o pescoço e tenta olhar em volta para ver se percebe algo de
diferente, mas ao que parece os barulhos que vinham do lado de fora cessaram. Ao
fazer bastante esforço, ela consegue mover o corpo, mas descobre que continua
amarrada. Sibelle fecha os olhos e tenta pensar em algo. Depois de alguns
segundos, ela respira fundo, se vira para Theresa e fala com uma voz bastante
fraca:
- Por favor, me deixe ir.
A Dra. Masterson parece levar um susto
e se vira abruptamente para Sibelle. Após isso, ela se recompõe e fala com a
voz abafada pela máscara enquanto caminha em direção à mesa onde Sibelle está
amarrada:
- Bom dia, Dra. Sibelle. Eu não posso
deixá-la ir. Primeiro porque você está contaminada com o devorador de ossos e
seria um risco aos outros. Segundo porque estou colhendo dados inestimáveis do
progresso da sua infecção e seria um desperdício para a ciência perder esta
chance.
Sibelle fecha os olhos novamente e
parece buscar forças antes de responder:
- Eu estou grávida, por favor. Se não
puder fazer por mim, faça pelo meu bebê.
Theresa vira a cabeça de lado em um
gesto de desdém com o desespero de Sibelle e depois diz:
- O seu bebê é o principal motivo pelo
qual estou fazendo isso. Mas não se preocupe, eu ainda tenho um pouco de
sedativo e vou te botar para dormir novamente. Só não prometo que será possível
fazer isso até o fim, mas tenho certeza que você aguentará firme. Afinal, é
pelo bem da ciência.
Depois, ela coloca a mão no bolso e
pega o frasco com sedativo que já está com menos da metade. Sibelle balança a
cabeça e começa a chorar novamente, porém desta vez ela não tem forças para se
debater e nem resistir. Theresa pega a seringa, enche com sedativo e aplica no
braço de Sibelle que está de olhos fechados. Aos poucos, ela sente a dormência
e a tontura aumentando e apaga de novo.
Um bom tempo depois, Sibelle começa a
se despertar quando escuta batidas fortes. Ainda de olhos fechados, ela começa
a recobrar a consciência, mas sente dores terríveis por todo o corpo, dando a
entender que está em estágio avançado da infecção. De repente, ela escuta
também passos apressados em sua volta e um grito da Dra. Masterson:
- Não se atrevam a entrar aqui, ou
então eu vou infectar todos vocês!
Sibelle consegue abrir os olhos e
escuta as batidas se intensificarem enquanto recupera sua vista aos poucos.
Depois, ela consegue virar o pescoço e vê que Theresa está próxima à porta da
base de pesquisa e que há uma movimentação do lado de fora. De repente, o
barulho das batidas cessa, mas faíscas começam a sair de uma das bordas da
porta, mostrando que estão usando algo como um maçarico para abri-la.
Theresa então se afasta da porta e
retorna com pressa ao laboratório. Ela passa por Sibelle que a escuta
murmurando:
- Se eles pensam que vão me impedir
estão muito enganados. Eles vão ver só.
Sibelle a acompanha e percebe que ela
está com a seringa na mão e se aproximando de maca onde se encontra. Sibelle ainda
está muito fraca para reagir ou falar, mas sente quando Theresa a espeta com a
agulha e retira um pouco de sangue. Logo em seguida, um estrondo é ouvido vindo
da entrada e ao olhar Sibelle vê que a porta foi derrubada e que algumas
pessoas vestidas com roupas de isolamento começam a entrar na base de pesquisa.
A Dra. Masterson então se posiciona próximo à entrada do laboratório e começa a
gritar:
- Não cheguem perto ou eu vou infectar
vocês!
As pessoas continuam avançando e
Theresa derruba e arremessa coisas para tentar impedir a aproximação sem
sucesso. Quando ela percebe que não tem mais como lutar, Theresa injeta em si
mesma a seringa e depois grita enquanto é segurada por duas das pessoas que
entraram na base:
- Vocês não vão me impedir de estudar o
devorador de ossos! Agora ele está dentro de mim!
Ela é arrastada em direção à entrada da
base e depois retirada dela. Sobraram duas pessoas dentro do laboratório e uma
delas, que é uma mulher, se aproxima de Sibelle e diz:
- Você está bem?
Sibelle respira fundo e fala com
bastante dificuldade:
- Salve meu bebê.
A pessoa parece levar um susto e olha
para a barriga de Sibelle. Depois, olha novamente para seu rosto e diz:
- Não se preocupe, iremos cuidar de
você e do seu bebê.
Após isso, ela olha para a outra pessoa
e grita:
- Rápido, traga a maca de transporte
para removermos ela!
Depois, ela começa a desamarrar Sibelle
que fecha os olhos e sente o alívio de saber que foi resgatada. Porém, ela está
bastante fraca e sentindo muitas dores por todo o corpo e não sabe se já é
tarde demais. Mesmo preocupada, ela decide se agarrar à esperança de que ainda
será possível salvar seu bebê e talvez até mesmo reencontrar Mark.
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