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Série da vez:Bárbaros(2020-?) - Primeira Temporada

Tirando a óbvia comparação com o primo rico "Vikings", da história do começo do fim do moribundo Império Romano, se aproveita alguma coisa? Confira na crítica abaixo sem spoilers o que achamos da série.


Famosa história de não mexer com quem está quieto...:P


Nota IMDb: 7,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Barbarians
Ano de Lançamento: 2020
Criadora/Diretora: Andreas Heckmann, Arne Nolting, Jan Martin Scharf
Estrelas:  Laurence Rupp, Jeanne Goursaud, David Schütter, Bernhard Schütz, Sophie Rois, Denis Schmidt, Ronald Zehrfeld, entre outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr

Como a gente aprende na escola, houve um período quando o poderoso Império Romano começou uma longa trajetória de decadência por problemas de sucessão de poder, corrupção e pressão dos povos dominados, em especial ao chamado final com os que eles chamavam de forma pejorativa de Bárbaros, porque não falavam latim(que tradicionalmente eram os chamados vândalos, os visigodos, os ostrogodos, os francos, os lombardos e os anglo-saxões). E lembrando um episódio específico, no século XI D.C., a série decide focar em um momento que foi importante por uma série de detalhes, não só para o que viria a ser a Alemanha.

E claro, vamos já focar no elefante no meio da sala que se é ou não igual a série prima famosa "Vikings" e logo de cara não é. Ela é uma produção mais simples, vai direta, talvez por isso com os seus 6 episódios. E toma algumas liberdades artísticas. A primeira é uma pintura de guerra mais Game of Thrones do que com base histórica. A segunda é a existência de um personagem, Folkwin Cabeça-de-lobo que só existe por motivos narrativos. A terceira é que Arminius não teve uma relação de pai-filho, mas sim hierárquica que rendeu desavenças e um ódio bem razoável entre os dois. A quarta são alguns momentos onde perfuram com facilidade a armadura romana, o que não é bem verdade pra aquela época. No início o soldado romano era praticamente uma versão de combate de um caranguejo. Vc só conseguia feri-lo nas laterais ou espaços entre as placas. Só depois, graças aos avanços dos francos e ibéricos, as espadas conseguiriam ser afiadas e fortes o suficiente para desafiar uma boa armadura. Porém, como ensinam as excelentes Crônicas Saxônicas, a expectativa de atravessar alguém com uma espada na prática se tornava em um problema na hora de remove-la, praticamente inutilizando a mesma para uso imediato. Por fim, o embate climax do fim da temporada não teve aquele desfecho tão dramático entre os lideres dos exércitos. Mas tudo bem por uma boa história...

Que no final é, tirando algumas barrigas, o que a série entrega ora explorando as tradições, crenças e dificuldades do povo germânico, com um triangulo amoroso meio não muito proveitoso, com um aproveitamento bom de algumas cenas que economizaram nos efeitos e figurantes e apostou em um razoável desempenho dos atores. Aliás falando nisso, fica interessante o respeito pelo uso do latim pelos romanos e um alemão que dizem que é antigo.

Resumindo, é uma série interessante, objetiva como manda a tradição alemã, que poderia investir mais na dificuldade de união das tribos e nas disputas de poder. Bebe muito na inspiração das Crônicas Saxônicas assim como nos Vikings, porém pode ganhar uma identidade própria nos próximos capítulos. Disponível na NetFlix.



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