Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 10 - Parte 1
É chegada a hora de executar o plano para impedir Burke e Theresa |
O chão frio do laboratório não parece
afetar Sibelle e ela está tirando um cochilo deitada de lado e com a cabeça
encostada no colo de John. Ele está sentado no chão e apoiado em uma das mesas,
com olhos abertos e passando a mão sobre o cabelo dela. John parece desfrutar
do momento de maneira especial e em sua mente imagina como sua vida poderia ter
sido diferente. Porém, seus devaneios são interrompidos pelo som de passos
apressados que se aproximam. Sibelle desperta com o barulho e abre os olhos
vagarosamente enquanto John retira a mão da cabeça dela. Logo em seguida, a
figura ofegante de Jeremy aparece e olha para eles antes de dizer:
- Desculpe interromper o momento
romântico, mas acho que chegou a hora.
Sibelle se levanta um pouco assustada e
John fala após também se erguer rapidamente:
- Eles já carregaram tudo no avião?
Jeremy tomais mais um pouco de fôlego e
depois responde:
- Sim e tem mais. Todos estão reunidos na
última tenda que continua montada para fazerem uma refeição antes da partida.
Eu entrei lá para ter certeza e depois saí dizendo que ia chamar vocês.
John balança a cabeça afirmativamente e
olha para Sibelle antes de falar:
- Então esta é a nossa chance.
- Parece até bom demais para ser
verdade – fala Jeremy em tom irônico.
John respira fundo e retruca:
- Não temos outra escolha. É agora ou
nunca.
Depois, ele se aproxima da bomba e do
walkie-talkie modificado para ser o detonador. Ele pega o comunicador e fala
enquanto olha para Jeremy:
- Você pega a bomba e eu fico com o
detonador. Vamos precisar colocar ela dentro do avião para ter certeza que irá
funcionar.
Jeremy pega a bomba com cuidado e
responde:
- Pode deixar comigo.
John então olha para Sibelle que ainda
está um pouco atordoada e questiona:
- E você, está pronta?
Sibelle passa a mão no rosto e diz:
- Sim, vamos lá.
Os três então se retiram do laboratório
e depois saem da base de pesquisa. Com cuidado, eles vão caminhando pela neve em
direção ao avião e de olho para ver se ninguém está por perto. Ao chegarem mais
perto do avião, eles param perto de uma estação com sensores meteorológicos da
base de pesquisa. Dali, ainda é possível ver a tenda onde a equipe de resgate
está reunida. John então sinaliza para Jeremy aguardar, se vira para Sibelle e
diz:
- Preciso que você fique aqui vigiando
a tenda para ver se alguém irá sair e vir em nossa direção.
Sibelle dá uma olhada para a tenda
distante e responde fazendo uma careta:
- Mas eu pensei que fôssemos fazer isso
juntos.
John coloca as mãos nos braços dela e fala
em tom sereno:
- Precisamos de você aqui. Vai ser
rápido, não se preocupe.
Sibelle faz um gesto afirmativo com a
cabeça e John olha para Jeremy sinalizando para continuarem em frente. Os dois
caminham cerca de cinquenta metros e chegam ao gigantesco avião militar que
está com o compartimento de cargas aberto. John coloca o dedo indicador na boca
sinalizando para Jeremy fazer silêncio e os dois começam a caminhar com cuidado
em direção à rampa traseira. Ao chegarem no início da rampa, conseguem ver uma
porção de caixas empilhadas e amarradas, algumas com símbolos de ameaça biológica e
a sigla do CDC pintados de vermelho. John então sussurra:
- Coloque a bomba próximo a uma
daquelas caixas e eu vou ficar aqui de olho para ver se a Sibelle sinaliza
alguma coisa.
Jeremy responde afirmativamente com a
cabeça e sobe a rampa para entrar no avião. John olha para Sibelle e a vê próxima
à estação meteorológica e com os braços cruzados por conta do frio. Ela percebe
o olhar dele, dá uma conferida na tenda e depois faz um gesto de positivo com o
polegar. John responde da mesma forma e dá um sorriso. Depois, ele se vira e vê
Jeremy já dentro do avião e se aproximando do local combinado para deixar a bomba.
Ele se abaixa, coloca a bomba no chão próximo às caixas e a liga. De repente,
por trás de uma das pilhas de caixas, Burke aparece com uma pistola na mão.
Jeremy olha para ele, leva um susto e fica congelado enquanto o coronel ergue o
braço e aponta a arma para a sua cabeça. John começa a correr em direção a eles
e solta um grito:
- Não!
Antes que ele chegue mais perto Burke aperta
o gatilho e acerta Jeremy com um tiro na cabeça. John arregala os olhos e vê
seu amigo caindo desfalecido no chão com uma expressão de terror. Instintivamente
ele grita de novo:
- Jeremy!
Depois, ele olha para Burke que traz
uma expressão fria em seu rosto. Os olhos de John se enchem de lágrimas e ele
sente a raiva crescer dentro de si enquanto seu peito parece um vulcão próximo
a entrar em erupção. Ele então fala com a voz trêmula:
- Seu maldito.
O coronel não responde e mira a arma agora para a cabeça de John. Os dois ficam se encarando em silêncio em uma espécie de jogo de xadrez onde cada um aguarda a reação do adversário. John olha novamente para Jeremy em busca de algum sinal de vida do amigo que está estirado ali próximo, mas a poça de sangue que se forma lentamente denuncia uma morte trágica. Ele então olha para a bomba que está no chão próxima ao amigo e segura com força o detonador que está em sua mão. John sabe que precisa tomar uma decisão rapidamente se ainda quiser impedir a vitória de Burke e encara o coronel com um olhar firme de quem está disposto a lutar até o fim.
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