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Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 9 - Parte 3

 

                                           
Sibelle tem uma grande decepção e se refugia no passado
                                      

A dor de cabeça piorou e Sibelle sente como se o coração estivesse dentro da cabeça martelando seu cérebro. O vento intenso e gelado agrava ainda mais seu estado enquanto ela caminha com dificuldade na neve. Apesar disso, ela sabe que não conseguirá repousar enquanto não tiver notícias de Mark e se dirige até a tenda de comunicações para tentar falar com Peter. Assim que entra no local, ela vê dois soldados desmontando os equipamentos de comunicação com a Nasa e leva um susto. Sibelle então se aproxima rapidamente e grita com eles:

- O que vocês pensam que estão fazendo? Eu preciso desses equipamentos para me comunicar com a Nasa!

Eles param o procedimento e olham para Sibelle sem dar muita importância. A resposta, porém, vem de Burke que estava em um canto e ouviu a voz de Sibelle:

- Olá, Dra. Sibelle. Por favor se acalme, eles estão apenas seguindo minhas ordens.

Sibelle então se volta e olha para Burke com a face transfigurada de raiva. Depois, ela diz:

- Como assim? Eu precisava falar com Peter para dar a notícia da cura e saber como Mark está.

Burke se aproxima de Sibelle e coloca a mão no ombro dela antes de responder com uma voz irritantemente suave:

- Quanto a isso, pode ficar tranquila. Eu já falei com ele e contei todas as novidades. Eles ficaram muito felizes com a descoberta da cura. Sobre Mark, ele me disse que seu marido está são e salvo a caminho da Terra. Eu disse a ele que nossa missão aqui está concluída e que não precisávamos mais nos comunicar, por isso já estamos desmontando tudo para retornar a Washington.

Sibelle faz um gesto abrupto para retirar a mão de Burke do seu ombro e depois vira de costas para ele. Sua cabeça parece que vai explodir e ela fecha os olhos e se apoia em uma mesa próxima. Burke então continua a falar:

- Você está bem, Dra. Sibelle? Achei que fosse ficar mais feliz com as notícias. Saiba que estou muito grato pelo seu excelente trabalho. Eu sabia que você era a escolha certa para esta missão.

Sibelle respira fundo e sente um enjoo com as palavras de Burke. Ela só não vomita porque não está com nada no estômago. Depois de alguns segundos, ela se volta para o coronel e responde em tom mais tranquilo:

- Eu estou bem, coronel Burke, apenas cansada. Agradeço o reconhecimento e espero mesmo ter feito algo de bom ao ter achado a cura.

Burke sente a ironia nas palavras de Sibelle e sua expressão se fecha enquanto ele espera qual será a próxima reação dela. Sibelle então diz:

- Agora se me der licença, vou tentar descansar um pouco.

O coronel faz um gesto afirmativo com a cabeça e não fala nada enquanto Sibelle se retira da tenda. Ela caminha com certa pressa em direção à base de pesquisa e olha para trás para ter certeza que não está sendo seguida. Assim que entra na base, Sibelle se dirige até a sala de controle para tentar ligar o rádio que ela e John usaram antes para se comunicar com a Nasa. Porém, para sua surpresa, o rádio não está mais onde eles o deixaram. Ela procura impacientemente por toda a sala e não consegue encontrá-lo. Depois, ela se senta exausta no chão da sala e começa a chorar. Sua mente é invadida pelo medo de que Burke e Theresa irão conseguir sucesso em seu plano e ela nunca mais irá ver Mark.

Sibelle então olha para cima da mesa à sua frente e vê um porta-retrato pequeno. Para sua surpresa, dentro dele está uma foto sua com John ainda no tempo da faculdade. Os dois estão abraçados e apertados dentro de uma cabine, fazendo careta para a câmera. Ela suspira e soluça enquanto se estica para alcançar o objeto. Depois, Sibelle se deita no chão e fica olhando a foto. De repente, um pequeno sorriso aparece em seu rosto coberto de lágrimas. Sua mente é transportada ao passado e revive momentos felizes. Ela se deita de lado e se encolhe enquanto abraça o porta-retrato. Aos poucos, Sibelle se rende ao enorme cansaço e adormece ali mesmo no chão frio da sala de controle.


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