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Série da vez:Home Before Dark(2020-?)

Muito vagamente inspirada em fatos reais, essa curiosa série de uma repórter investigadora de 9 anos de idade tem provocado muita reação do público. Confira algumas diferenças entre a realidade e a série, assim com suas virtudes e defeitos, sem spoilers significativos, na critica abaixo

                                               
Uma das principais lições sobre roteiro é definir seu público alvo. E aqui vai um exemplo de como isso faz falta
                                                                  

Nota IMDb: 7,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Criadores: Dana Fox, Dara Resnik
Estrelas:  DBrooklynn Prince(a pequena revelação do ótimo Projeto Flórida, aqui como a estranha Hilde Lisko), Jim Sturgess(como Matt Lisko), Kylie Rogers(como a irmã e quase bom senso Izzy Lisko), Michael Weston(como Frank Briggs Jr), Joelle Carter(como a diretora Kim Collins), Louis Herthum(como o xerife Frank Briggs pai), entre outras estrelas
Crítica: Dissonantbr

A série é baseada na vida de Hilde Kate Lysiak, uma filha de um apaixonado pela profissão de repórter de Nova York, que decidiu fazer seu próprio jornalzinho que sua irmã mais velha ajudava a produzir, até que em 2016, buscando um conteúdo mais substancial, decidiu ir a uma delegacia de policia para perguntar sobre um caso de vandalismo que ela estava acompanhando quando o chefe de polícia falou que algo importante estava acontecendo perto dali. Ela não pensou duas vezes e  acompanhou as primeiras informações de um assassinato da esposa pelo marido com um martelo, editou uma pequena reportagem relatando o crime com direito a testemunho de policiais e vizinhos muitas horas antes dos outros veículos. 

Logo depois da publicação, parte dos comentários foram negativos falando que ela não deveria cobrir esse tipo de coisa, preocupada com o interesse sobre o jornalismo investigativo criminal. Ela respondeu que  as pessoas não deveriam determinar o que ela seria e o que deveria fazer e que ela criou o jornal não porque era bonitinho, mas pela necessidade das pessoas em ter acesso a informação. Ela ganhou mais fama depois de uma reportagem do National Geographic.

Já na série, por problemas financeiros e trabalhistas, a família muda para a cidade natal do pai, uma cidade de interior que o mesmo fugiu por um trauma que ele não falou praticamente nada pra ninguém, obviamente voltando com força depois de um crime que abala, trás medo e ansiedade à pacata cidade. E sim, Hilda Lisko não vai descansar até deixar tudo bem explicado.

Bom, acho que o que mais incomoda na série é a indecisão quanto ao público. Ora era bobinha e fofinha, ora toca em temos adultos e juvenis, apelando para um efeito Strange Things de nostalgia dos anos 80 em um truque de roteiro para explicar partes importantes do passado. Se alternasse entre a visão infantil e/vs adulta, como muito bem faz Stranger  Things faz, okey, mas a indecisão atrapalha a própria atuação da personagem principal, sendo irritantemente adulta ou irreal. Também algumas decisões no mínimo irresponsáveis dos pais na série incomodam. Resumindo, uma grande sensação Scooby-Doo pode cair sobre alguns espectadores. 

Resumindo, em uma série okey de mistério e investigação de uma pequena menina estranhamente adulta ou com superpoderes de convencimento, nem um pouco preocupada com suas ações, poderia ser melhor explorada e ter aproveitado bons momentos de roteiro. Já o compromisso com a história real, estragando até o justo girl power, fica tão embalado em plástico que pode incomodar alguns. Disponível na Apple TV Plus em 10 episódios na primeira temporada e com a segunda confirmada no momento da postagem.


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