Série da vez:The Morning Show(2019-?) AppleTV Plus

Em um série americana que entra fundo no problema de assédio, mídia, poder econômico, jornalismo, corporações e TV. Confira mais detalhes dessa série americana na crítica abaixo

A revolução não vai ser televisionada

Nota IMDb: 8,4 (até o dia da postagem) (IMDb)

Criadores:  Jay Carson(ironicamente produtor de House of Cards, assim como O Favorito(2018)) e Kerry Ehrin(produtor de Motel Bates e Friday Night Lights)

Estrelas: Jennifer Aniston(que faz a cansada Alex Levy), Reese Witherspon(como a pronta para mais briga Bradley Jackson), Mark Duplass(como o muito cansado Chip Black), Nestor Carbonell(como o homem do tempo Yanko Flores), Bel Powley(como a ajudante Claire Conway),Billy Crudup(como o que só quer se divertir Cory Ellison), Jack Davenport(o procurando outro porto Jason Craig), Karen Pittman(como a esperta Mia Jordan, mas não tão assim), Steve Carell(como o vilão Mitch Kessler) , entre outras estrelas

Crítica: dissonantbr

Uma das grandes atrações do serviço da Apple TV Plus para competir na guerra dos meios de streaming, a produtora não economizou em grandes estrelas nesse drama que convida a reflexão do assédio, políticas corporativas, jornalismo, poder, TV e vários outros problemas. Tudo sem querer ser chato e necessariamente pesado(ainda que há um aviso de conteúdo forte para o último episodio da temporada).

O argumento principal é sobre um escândalo de assédio que atinge o âncora masculino de um programa de maior sucesso matinal nos EUA, assim como a ascensão de uma correspondente que tem vários problemas para lidar, porém por sorte acaba popular por um vídeo que viralizou e deu alguns bons minutos de fama, e a difícil situação da ex-companheira de bancada do acusado.

Recheados de polêmicas, texto ágil e principalmente excelentes atuações, não foi estranho constatar o mérito para as indicações como Golden Globe, Screen Actors Guild Awards e Broadcast Film Critics Association Awards, com destaque a Jennifer Aniston e Billy Crudup como o pressionado produtor Chip.

Entenda, não significa que a série não tem falhas, ou mesmo tenha um possível problema em ter história para contar na segunda temporada, contudo é um série necessária não só nos EUA, mas dentro do movimento "Me too" no mundo todo. Também tem um papel em manter a discussão viva quando saem as primeiras condenações, assim como se define o cenário das eleições americanas. E também eleva a pergunta: trabalhos de grande desempenho precisam ser necessariamente tóxicos(é irônico uma série da Apple perguntar sobre isso, não?)?

Resumindo, com grande apelo ao público feminino, a série consegue conduzir de forma ágil uma válida lição de reflexão sobre o assédio e o enorme custo para todos envolvidos, até muitas vezes o próprio agressor(que não é vítima), trabalho, poder e a pergunta que mais incomoda: até quando isso não vai mudar?

Disponível no serviço da Apple TV Plus por 9,90 e que pode ser vista em várias SmartTVs, nos dispositivos Apple e também nos browsers.

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