Filme da vez: Doutor Sono (2019)
Será possível fazer uma boa continuação de um clássico quase quarenta anos depois? Confira o resultado na nossa crítica. |
Nota IMDb: 7,7 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Doctor Sleep
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Mike Flanagan
Estrelas: Ewan McGregor, Rebecca Ferguson, Kyliegh Curran
Sinopse: Na infância, Danny Torrance conseguiu sobreviver a uma tentativa de homicídio por parte do pai, um escritor perturbado por espíritos malignos do Hotel Overlook. Danny cresceu e agora é um adulto traumatizado e alcoólatra. Sem residência fixa, ele se estabelece em uma pequena cidade, onde consegue um emprego no hospital local. Mas a paz de Danny está com os dias contados a partir de quando cria um vínculo telepático com Abra, uma menina com poderes tão fortes quanto aqueles que bloqueia dentro de si.
Crítica: Michael
Sinopse: Na infância, Danny Torrance conseguiu sobreviver a uma tentativa de homicídio por parte do pai, um escritor perturbado por espíritos malignos do Hotel Overlook. Danny cresceu e agora é um adulto traumatizado e alcoólatra. Sem residência fixa, ele se estabelece em uma pequena cidade, onde consegue um emprego no hospital local. Mas a paz de Danny está com os dias contados a partir de quando cria um vínculo telepático com Abra, uma menina com poderes tão fortes quanto aqueles que bloqueia dentro de si.
Crítica: Michael
Como fazer uma continuação de um clássico? Certamente esta é uma questão bem complicada, seja relacionada a um livro ou a um filme. Em termos do livro foi justamente isso que Stephen King resolveu abraçar quando lançou em 2013 a continuação do seu clássico literário 'O Iluminado'. Isso, como esperado, abriu as portas para que o cinema seguisse o mesmo caminho e coube ao diretor Mike Flanagan a difícil tarefa de fazer a sequência, quase quarenta anos depois, de um dos filme de terror mais aclamados de todos os tempos. E mesmo com expectativas bem pessimistas, devo confessar que me surpreendi positivamente com o resultado.
A história começa exatamente de onde o filme do mestre Stanley Kubrick termina, mostrando as consequências de tudo o que o menino Danny sofreu no Hotel Overlook e como ele aprendeu a esconder seu poder e a lidar com os fantasmas (literalmente) que o perseguiam. Depois o vemos já adulto e alcoólatra, buscando recomeçar sua vida em uma cidade pequena. Ao mesmo tempo, o filme apresenta um grupo de "feiticeiros" que se alimenta desse poder paranormal que algumas pessoas tem e faz isso caçando e assassinando crianças. Quando uma dessas crianças com um poder acima do normal consegue contactar Danny, ele precisará ajudá-la a lidar com esse grupo de caçadores e também com seus próprios medos.
O filme tem um ritmo bem interessante e com bom suspense, tomando a decisão de não usar os truques baratos de susto que infestam o gênero. Ao invés disso, o roteiro investe nos personagens e seus medos, fazendo isso transparecer para o espectador. Outra decisão inteligente foi não se apoiar demais no filme de Kubrick, ainda que existam vários momentos de fan service bem evidente, mas eles não funcionam como muletas e o filme brilha mais justamente quando traça novos caminhos.
Uma agradável surpresa foi ver Ewan McGregor explorando bem o gênero de terror e ele realmente "brilha" no filme. Outra revelação é a atriz mirim Kyliegh Curran que interpreta a protagonista Abra com muita desenvoltura. Rebecca Ferguson também faz uma boa vilã, ainda que sua personagem merecesse um pouco mais de tratamento para explicar melhor suas motivações.
No geral estamos diante de um ótimo filme de terror e que tem o atrativo de expandir o universo de um dos filmes mais adorados do gênero. Ainda que esteja longe de ser um novo clássico, ele consegue respeitar o legado e explorar novos caminhos de maneira bem interessante, o que o torna uma excelente pedida para qualquer fã do gênero e admirador da obra de Stephen King.
Lembrando que você pode nos acompanhar no FaceBook em https://www.facebook.com/MexidoDigital ou no twitter com @mexidodigital (https://www.twitter.com/MexidoDigital)
Nenhum comentário