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Série da vez: The Americans - Primeira Temporada

                                                 
Um interessante seriado que ajuda a desfazer o estereótipo dos espiões e de quebra traz um drama de primeira qualidade
                                                    
Nota IMDb: 8,4 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Americans
Criadores:  Joseph Weisberg
Estrelas:   Keri Russell, Matthew Rhys, Noah Emmerich
Crítica: Michael

Os filmes de espiões geralmente mostram um vida cercada de glamour e bugigangas avançadas, mas a verdade está longe de ser assim. Isso é ainda mais evidente se considerarmos a época da Guerra Fria, principalmente do lado dos soviéticos. Situado nesse período tão marcante da história, mais especificamente durante os anos 80, este seriado mostra um casal que faz parte de um grupo espião de elite russo que se disfarça como cidadãos americanos e precisam dividir uma vida comum com suas tarefas de espionagem. O seriado teve sua sexta e última temporada exibida em 2018, mas só comecei a vê-lo agora e pretendo postar aqui minhas impressões de cada temporada à medida em que for assistindo.

Nesta primeira temporada, acompanhamos dois espiões russos que se mudam para os EUA como casal e começam uma vida juntos para servir de disfarce. Elizabeth e Phillip já estão com dois filhos, (uma adolescente e um menino) e precisam manter as aparências enquanto executam as missões que lhe são passadas por Moscou. Nos decorrer da temporada, a história vai avançando aos poucos e traz em cada episódio uma missão diferente para mudar o foco. Vemos também flashbacks do passado dos dois e a forma que o destino os uniu para esta missão. Grande parte do seriado é gasta com a interessante dinâmica do casal que teve seu relacionamento iniciado de forma arranjada, mas que precisa lidar com o fato de terem dividido uma história juntos e com seus filhos. O conflito entre dever e o sentimento que acabou surgindo entre eles é um dos temas centrais e gera bons momentos dramáticos que trazem uma humanidade maior ao gênero de espionagem.

Como disse antes, a desconstrução desse estereótipo do espião é uma constante e vemos eles precisando improvisar e também sofrendo as consequências físicas e emocionais de uma rotina recheada de mentiras e exposição sexual. Sobre este último tema, ele recebe um destaque claro e se apresenta como a principal moeda de troca dos espiões. Via de regra, o sexo é a principal estratégia usada por eles para se aproximar dos seus alvos e conseguir favores ou informações. Não sei dizer sobre até que ponto isso retrata a realidade da rotina dos espiões ou se foi apenas uma estratégia do seriado para prender um público adulto que busque esse conteúdo.

De qualquer forma, o foco no aspecto humano acaba elevando o roteiro e fugindo de clichês do gênero. Claro que ainda temos ação, tiros, perseguições e até explosões, mas tudo é usado para elevar a experiência e não como uma muleta. Destaque para a produção de figurino e principalmente de maquiagem que conseguiu superar bem o desafio de inúmeros disfarces a cada episódio. Infelizmente, não estamos livres de alguns furos e coincidências forçadas para gerar mais emoção, como o fato deles serem vizinhos do agente do FBI que trabalha justamente no grupo de contrainteligência. Ainda assim, essa forçada acaba gerando bons momentos com outras dinâmicas interessantes.

Seria injustiça não mencionar os protagonistas Keri Russel e Matthew Rhys, que interpretam o casal russo. Da mesma forma que aconteceu com seus personagens, a química entre eles só vai melhorando a cada episódio e eles se sobressaem tanto nos momentos dramáticos como nos mais físicos. Destaque também para Noah Emmerich como o agente do FBI Stan Beeman com uma performance invejável e bem diferente do que estamos acostumados a ver no estilo.

Para aqueles que gostam do gênero de espionagem e também possuem curiosidade histórica sobre o período da Guerra Fria, este seriado é um prato cheio. Além disso, ele traz um drama de alta qualidade que irá prender os interessados. Isso sem falar da chance de já poder assistir a todos os episódios (e temporadas) de uma vez, basta ter acesso ao conteúdo do canal FX (Fox). Sem dúvidas eu pretendo continuar assistindo e em breve deixarei minhas impressões sobre a segunda temporada.

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