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Filme da vez: Calmaria (2019)

Desta vez não está "all right, all right"
                                                                                                       
Nota IMDb: 5,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Serenity
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Steven Knight
Estrelas: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Diane Lane
Sinopse: O capitão de um barco de pesca vive em uma pequena ilha do Caribe e de repente sua vida toma um caminho inesperado. Sua ex-mulher retorna e pede para que ele leve seu atual e abusivo marido em um passeio de barco e se livre dele.
Crítica: Michael

Sou um grande fã de Matthew McConaughey e apesar dele ter feito escolhas ruins durante a carreira ele conseguiu se reinventar e até ganhar um Oscar em 2014, no que ficou conhecido como a "McConaissance". Porém, parece que seu talento para escolha de papéis continua questionável e desde lá ele teve altos e baixos. De certa forma é até difícil culpá-lo neste caso aqui, pois um filme com roteiro e direção de Steven Knight (que escreveu sucessos como 'Senhores do Crime' e 'O Dono do Jogo' e dirigiu o excelente 'Locke' em 2013), Anne Hathaway e Diane Lane como companheiras de elenco, quem imaginaria que algo poderia dar errado? Pois é, infelizmente deu.

O senhor "All right, all right" interpreta desta vez um pescador chamado Baker Dill que vive em uma ilha e que está obcecado em pegar um peixe que sempre escapa no final. Além de estar fugindo do seu passado e perdido sobre seu futuro, ele sente uma conexão especial com seu filho que deixou para trás. Quando sua ex-mulher o vem visitar e diz que precisa que ele mate seu novo marido abusivo que inclusive maltrata seu filho, ele entra em uma encruzilhada. Até aí tudo bem, parecemos estar diante de um drama tradicional com bons atores e uma história interessante. O problema é que o roteiro possui várias camadas e a transição entre elas é bem abrupta e mal pensada. Ao escolher simbologias para tratar do tema de abuso e violência doméstica, o filme se enrola no meio de tantas alegorias e acaba subtraindo muito do que havia sido construído nos dois terços iniciais da trama. O final aberto também não ajuda e serve apenas para encerrar antes que algo pior aconteça, isso sem falar da mensagem polêmica de que os fins justificam os meios.

No entanto, é preciso aliviar a barra de McConaughey desta vez, pois ele se entrega de corpo e alma ao personagem e traz uma interpretação rica e muito interessante. Se o filme tivesse seguido o caminho esperado, estaríamos diante de um ótimo exemplar de sua vasta carreira. Sua "valentia" e esforço foram as únicas motivações para que eu continuasse assistindo até o final. O mesmo vale para a excelente Diane Lane, ainda que em um papel bem menor. Infelizmente não posso deixar passar a péssima participação de Anne Hathaway, que traz uma das suas piores aparições na telona com uma interpretação bem automática e forçada.

Diante de tudo isso fica difícil recomendar este filme a não ser para os "complecionistas" que querem ver toda a filmografia de algum dos envolvidos. Ou então para aqueles que se interessam por roteiros que fogem bastante do padrão sem se preocupar com a coerência do todo. Espero que McConaghey consiga se recuperar novamente deste outro "tombo" e continue disposto a nos surpreender no futuro, de preferência positivamente.

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