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Filme da vez: Duas Rainhas (2018)

Com interpretações fabulosas de suas protagonistas e um roteiro caprichado, este filme de época é uma recomendação fácil para todos os curiosos sobre este período histórico.
                                                                                                       
Nota IMDb: 6,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Mary Queen of Scots
Ano de Lançamento: 2018
Diretor:  Josie Rourke
Estrelas: Saoirse Ronan, Margot Robbie, Jack Lowden 
Sinopse: Mary (Saoirse Ronan), ainda criança, foi prometida ao filho mais velho do rei Henrique II, Francis, e então foi levada para França. Mas logo Francis morre e Mary volta para a Escócia, na tentativa de derrubar sua prima Elizabeth I (Margot Robbie), a Rainha da Inglaterra.
Crítica: Michael

O tema do empoderamento feminino e do fim da discriminação de gênero está em alta e felizmente temos visto um movimento de melhoria das condições e oportunidades de trabalho para as mulheres. Mas se em pleno 2019 as mulheres ainda sofrem com desigualdades, imagine em pleno século XVI. Esta é a temática principal deste filme que mostra uma época em que duas rainhas compartilharam não só laços de família, mas também os percalços de assumirem uma posição de liderança em uma época dominada pelos homens.

As duas rainhas em questão foram Mary da Escócia e Elizabeth I da Inglaterra. Após a morte do seu marido, Mary retorna para assumir o trono da Escócia e, devido a seus laços familiares e a falta de um herdeiro direto, também é a legítima herdeira do trono da Inglaterra. Porém, como era de se esperar, os lordes ingleses possuem outros planos e começa uma trama de traição e conspiração para impedir que Mary tenha sucesso tanto na Escócia quanto na Inglaterra. O filme faz ótimo uso da clara discriminação que elas sofreram e retrata muito bem o impacto que isso teve sobre suas vidas pessoais e as obrigando até a abdicar de suas próprias convicções e características femininas. Para quem conhece um pouco da história real também fica evidente o excelente retrato das conspirações políticas que eram constantes em volta dos ocupantes do trono, principalmente em uma época em que ainda se contestava a independência da Escócia perante a Inglaterra conquistada há mais de dois séculos. Enquanto Mary sofreu em uma sociedade ainda fortemente dividida pelos clãs e extremamente machista, Elizabeth precisou suportar o peso de não conseguir gerar herdeiros e pagou um preço alto para se manter no poder. Ainda que falte uma pouco mais de explicação sobre as tensões religiosas entre católicos e protestantes e sobre as motivações de algumas decisões críticas, o filme justifica isso por focar na trajetória pessoal das duas mulheres.

No centro dessa história, as duas protagonistas recebem o maior destaque e não decepcionam em interpretações dignas de suas indicações ao Oscar. Enquanto Saorse Ronan se mostra muito madura e segura de si no papel de uma Mary decidida e forte, Margot Robbie retrata Elizabeth como uma figura que possuía duas faces e precisou se anular para resistir à pressão. Destaque para o excelente figurino das duas e para a ótima maquiagem feita em Margot que a deixou quase irreconhecível em alguns momentos. O elenco de apoio também está muito bem, com destaque para Jack Lowden como o esposo de Mary, Henry Darnley, e Guy Pearce como  o conselheiro de Elizabeth, Cecil.

Porém, é preciso dizer que este filme não trará grandes batalhas ou cenas de ação como geralmente acontece em épicos do gênero. Isso não diminui os méritos da produção que é bem caprichada e monta um  cenário realista. Com interpretações fabulosas de suas protagonistas e um roteiro caprichado, este filme de época é uma recomendação fácil para todos os curiosos sobre este período histórico.

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