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Filme da vez: Capitã Marvel (2019)

Mesmo seguindo a conhecida fórmula de origem este filme traz outros atrativos e é uma boa adição ao universo da Marvel
                                                                                                       
Nota IMDb: 6,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Captain Marvel
Ano de Lançamento: 2019
Diretor:   Anna Boden, Ryan Fleck
Estrelas: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Ben Mendelsohn
Sinopse: A Capitã Marvel se envolve em uma guerra galáctica entre duas raças alienígenas.
Crítica: Michael

Antes do esperado desfecho da saga das jóias do infinito e do embate final contra Thanos, a Marvel lança mais um filme de origem para trazer ao seu universo cinematográfico uma peça chave: a Capitã Marvel. Porém, além do fato dela já ser aguardada após a menção feita em "Guerra Infinita" e da sua significância como um dos personagens mais poderosos dos quadrinhos, sua aparição também é relevante pelo fato de ser o primeiro filme do universo de heróis da Marvel protagonizado por uma mulher.

O filme começa com Carol Denvers já transformada em guerreira Kree, mas ainda perseguida por lembranças do seu passado humano. Quando uma missão de combate aos Skrulls dá errado e Carol vai parar no planeta Terra da década de noventa, ela acaba cruzando com um jovem agente Fury e se une a ele para desvendar seu passado e também combater a ameaça que se aproxima. Quem conhece os quadrinhos vai perceber que foram tomadas várias liberdades criativas e vemos Carol Denvers como a única e primeira "Capitã Marvel" ao invés de assumir o manto do clássico Mar-Vell (este nome é citado, mas em outro contexto e apenas como um easter egg para os fãs). Soma-se isso ao fato dos diretores não reinventarem a roda e temos mais um filme que segue bem a fórmula de origem da Marvel, o que não é ruim, pois como dizem: "Se não está quebrado, não conserte". Ainda que a jornada de Carol acabe ficando um pouco apressada, deve-se levar em consideração que eles precisavam "escondê-la" e deixá-la no ponto para o próximo filme dos Vingadores.

Mesmo considerando que os roteiristas precisaram mudar muitas coisas e resumir tudo da melhor forma, o filme merece créditos por não perder o foco nos seus personagens principais e seus laços afetivos. Temos uma história que envolve conflitos cósmicos entre raças alienígenas e cuja personagem principal é praticamente uma "deusa", mas ainda assim não faltam momentos que definam os personagens em termos de emoções e motivações, o que ajuda manter a história firmada em algo que público possa sentir empatia. Também temos uma reflexão sobre guerra e como muitas vezes não é fácil definir qual o lado está lutando pelo que é certo. E claro, tudo isso continua permeado pela leveza e bom humor característico desses filmes.

No papel principal de Carol Danvers, Brie Larson se mostra muito à vontade e carrega com segurança o peso de ser a primeira protagonista feminina. Ela se sobressai bastante como heroína, mas também consegue brilhar nos momentos mais dramáticos. Quem divide grande parte dos holofotes com ela é Samuel L. Jackson como Fury em um papel que finalmente dá o espaço que ele precisa para brilhar. Além da química entre ele e Brie, Samuel se solta e traz todo seu charme característico como um Fury bem mais leve. Destaque também para Ben Mendelsohn como o "líder Skrull" e um vilão diferente do que estamos acostumados a ver na Marvel, além é claro da boa participação de Jude Law como "mentor" de Carol (e não como Mar-Vell como muitos imaginavam quando ele foi escalado). Seria uma injustiça não mencionar também o charmoso gato Goose que rouba a cena em muitos momentos se gera os momentos mais engraçados do filme.

Em termos de efeitos especiais, sem dúvidas o maior destaque vai para o excelente trabalho de "rejuvenescimento" de Samuel L. Jackson, já utilizado em outros filmes mas nunca nessa escala considerando o tempo de exposição. Foi como se tivessem transportado ele diretamente de 'Pulp Fiction' para as filmagens e mostra o potencial desta tecnologia que abre muitas portas para o cinema se usada da maneira correta. Nas cenas de ação, não faltam explosões e os efeitos também seguram a onda, principalmente considerando a natureza cósmica da trama e os poderes da personagem principal.

Dificilmente este filme irá alcançar um público tão amplo como aconteceu com 'Mulher Maravilha' e somente aqueles que acompanham o universo cinematográfico da Marvel irão extrair tudo o que é apresentado, mas isso não tira a importância desse passo para dar o protagonismo merecido às mulheres. O filme traz uma forte mensagem sobre controle e sobre superar os preconceitos e ser mais do que os outros esperam de você e isso certamente é algo positivo. Ao que parece, a Capitã Marvel vai ter um papel importante no próximo filme dos Vingadores e provavelmente assumirá uma posição  relevante após ele na continuidade do universo de heróis. Que venham outras Carol Danvers!

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