Jogo da vez: Kingdom Come - Deliverance (PC)
Um grata surpresa de jogo "medieval na veia" que exige bastante do jogador, mas também traz grandes recompensas |
- Plataforma: PC
- Metascore: 76 (User Score: 8.6) - Até o dia da postagem
Depois de uma série de jogos em realidade virtual, decidi voltar para o "mundo normal" e jogar algo mais tradicional. O escolhido foi Kingdom Come: Deliverance, um jogo do estilo 'Elder Scrolls' com algumas diferenças interessantes. Depois de quase cem horas para terminar a campanha principal e várias quests opcionais, posso dizer que fiquei bastante surpreso com a qualidade técnica e com a história do jogo.
Este jogo foi iniciado em uma campanha do Kickstarter e depois de um longo desenvolvimento foi lançado em fevereiro de 2018. O jogo usa a engine famosa da Crytek e seus visuais são belíssimos, mas tudo tem seu preço e para jogar em alta qualidade será preciso um hardware poderoso. Com minha GTX 1080 Ti não consegui rodar no máximo e tive que diminuir vários parâmetros. Ainda assim, os gráficos são de primeira e o mundo aberto criado pela desenvolvedora Warhorse Studios é grande, variado e possui uma vida própria. O lançamento para PC veio recheado de bugs, inclusive alguns que impediam o progresso, mas como peguei uma versão mais nova e corrigida posso dizer que não tive nenhum problema mais sério.
Você joga como Henry, uma rapaz inglês do século XV cujo vilarejo é invadido e seus pais assassinados em sua frente. Ele consegue escapar e precisa se juntar aos lordes dos vilarejos vizinhos para tentar descobrir a origem da ameaça e se preparar para enfrentá-la. A temática aqui é "medieval na veia" e pode se esquecer de qualquer pitada de fantasia. O que vemos é um retrato realista e minucioso dos costumes e dificuldades da era medieval européia. Certamente isso é algo novo no gênero e para mim foi bastante interessante aprender muitas coisas sobre a época. Em termos de simulação, o jogo não perdoa e você precisa se alimentar, descansar e até tomar banho, pois deixar de lado qualquer um desses hábitos rotineiros irá gerar sérias penalidades físicas ou sociais. A passagem do tempo é dinâmica, assim como o clima da região que alterna chuvas com dias mais claros. Outro aspecto importante é a questão do mapa e como viajar nele. À medida que você vai andando o mapa vai sendo aberto e pontos de atalhos descobertos, mas eles são escassos e é preciso ter um cavalo para poder andar de maneira mais ágil e também facilitar o controle dos itens que irá carregar e vender.
Em termos da jogabilidade, não faltam diálogos com diversas opções e diferentes caminhos possíveis. A qualidade das dublagens de vozes é muito boa e bastante variada. Na habilidades, você pode escolher se especializar em artes furtivas ou então em combate direto e a variedade de armas disponíveis é impressionante. Também existem habilidades de alquimia, ferreiro (para afiar suas armas) e até mesmo de leitura (você precisa aprender a ler durante o jogo para ter acesso a determinadas habilidades). Como o jogo é em primeira pessoa, o combate é bastante parecido com o da série 'Elder Scrolls', mas aqui ele foi aprimorado para permitir melhor engajamento de defesa e ataque. Também é importante aprender combos e movimentos especiais para ajudar a quebrar a defesa dos adversários. Apesar da dura curva de aprendizagem, este combate é um sistema bem interessante e que gera batalhas dinâmicas e variadas. Só lembre-se de evitar confronto com vários inimigos e não tenha vergonha de fugir para lutar outro dia.
Aproveitando o assunto das semelhanças com a série 'Elder Scrolls', ainda que este jogo não tenha o mesmo nível de refinamento, algumas ideias dele são bem inovadoras e certamente deveriam ser adicionadas em outros jogos do estilo. Além do combate mais estratégico e preciso, outra inovação deste jogo são as "batalhas épicas". Em determinados momentos da história, o jogador participará de batalhas coletivas de invasão de fortalezas e confrontamento de vários inimigos, o que certamente adiciona uma boa variedade ao combate e um elemento de emoção muito maior às conquistas.
Com uma quantidade generosa de quests para fazer, este jogo tem bastante conteúdo para centenas de horas de jogatina. Se você é fã do estilo e conseguir perseverar para aprender suas mecânicas, Kingdom Come é uma excelente e imperdível oportunidade para experimentar de uma maneira bem realista a época medieval de lordes e cavaleiros. Pelas pontas deixadas no desfecho, fica claro o desejo da produtora de uma continuação. Antes disso, quatro expansões de história já foram anunciadas para 2018 e 2019, além de outras adições grátis como um modo de torneio e suporte a mods. Para finalizar, deixo o trailer final do jogo que dá uma pequena amostra de seus visual e jogabilidade:
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Este jogo foi iniciado em uma campanha do Kickstarter e depois de um longo desenvolvimento foi lançado em fevereiro de 2018. O jogo usa a engine famosa da Crytek e seus visuais são belíssimos, mas tudo tem seu preço e para jogar em alta qualidade será preciso um hardware poderoso. Com minha GTX 1080 Ti não consegui rodar no máximo e tive que diminuir vários parâmetros. Ainda assim, os gráficos são de primeira e o mundo aberto criado pela desenvolvedora Warhorse Studios é grande, variado e possui uma vida própria. O lançamento para PC veio recheado de bugs, inclusive alguns que impediam o progresso, mas como peguei uma versão mais nova e corrigida posso dizer que não tive nenhum problema mais sério.
Você joga como Henry, uma rapaz inglês do século XV cujo vilarejo é invadido e seus pais assassinados em sua frente. Ele consegue escapar e precisa se juntar aos lordes dos vilarejos vizinhos para tentar descobrir a origem da ameaça e se preparar para enfrentá-la. A temática aqui é "medieval na veia" e pode se esquecer de qualquer pitada de fantasia. O que vemos é um retrato realista e minucioso dos costumes e dificuldades da era medieval européia. Certamente isso é algo novo no gênero e para mim foi bastante interessante aprender muitas coisas sobre a época. Em termos de simulação, o jogo não perdoa e você precisa se alimentar, descansar e até tomar banho, pois deixar de lado qualquer um desses hábitos rotineiros irá gerar sérias penalidades físicas ou sociais. A passagem do tempo é dinâmica, assim como o clima da região que alterna chuvas com dias mais claros. Outro aspecto importante é a questão do mapa e como viajar nele. À medida que você vai andando o mapa vai sendo aberto e pontos de atalhos descobertos, mas eles são escassos e é preciso ter um cavalo para poder andar de maneira mais ágil e também facilitar o controle dos itens que irá carregar e vender.
Em termos da jogabilidade, não faltam diálogos com diversas opções e diferentes caminhos possíveis. A qualidade das dublagens de vozes é muito boa e bastante variada. Na habilidades, você pode escolher se especializar em artes furtivas ou então em combate direto e a variedade de armas disponíveis é impressionante. Também existem habilidades de alquimia, ferreiro (para afiar suas armas) e até mesmo de leitura (você precisa aprender a ler durante o jogo para ter acesso a determinadas habilidades). Como o jogo é em primeira pessoa, o combate é bastante parecido com o da série 'Elder Scrolls', mas aqui ele foi aprimorado para permitir melhor engajamento de defesa e ataque. Também é importante aprender combos e movimentos especiais para ajudar a quebrar a defesa dos adversários. Apesar da dura curva de aprendizagem, este combate é um sistema bem interessante e que gera batalhas dinâmicas e variadas. Só lembre-se de evitar confronto com vários inimigos e não tenha vergonha de fugir para lutar outro dia.
Aproveitando o assunto das semelhanças com a série 'Elder Scrolls', ainda que este jogo não tenha o mesmo nível de refinamento, algumas ideias dele são bem inovadoras e certamente deveriam ser adicionadas em outros jogos do estilo. Além do combate mais estratégico e preciso, outra inovação deste jogo são as "batalhas épicas". Em determinados momentos da história, o jogador participará de batalhas coletivas de invasão de fortalezas e confrontamento de vários inimigos, o que certamente adiciona uma boa variedade ao combate e um elemento de emoção muito maior às conquistas.
Com uma quantidade generosa de quests para fazer, este jogo tem bastante conteúdo para centenas de horas de jogatina. Se você é fã do estilo e conseguir perseverar para aprender suas mecânicas, Kingdom Come é uma excelente e imperdível oportunidade para experimentar de uma maneira bem realista a época medieval de lordes e cavaleiros. Pelas pontas deixadas no desfecho, fica claro o desejo da produtora de uma continuação. Antes disso, quatro expansões de história já foram anunciadas para 2018 e 2019, além de outras adições grátis como um modo de torneio e suporte a mods. Para finalizar, deixo o trailer final do jogo que dá uma pequena amostra de seus visual e jogabilidade:
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