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Filme da vez: Eu Só Posso Imaginar (2018)

Um filme cristão que transcende esse rótulo com uma história interessante, boas atuações e uma mensagem poderosa
                                                                                                                                                                   
Nota IMDb: 7,4 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: I Can Only Imagine
Ano de Lançamento: 2018
Diretor:  Andrew Erwin, Jon Erwin
Estrelas:   J. Michael Finley, Madeline Carroll, Dennis Quaid
Sinopse: Bart é vocalista de uma banda cristã e tem um relacionamento conturbado com seu pai, que sempre o maltratou e nunca entendeu seu amor pela música. Disposto seguir em frente, Bart retorna para confrontar seu passado e resolve então eternizar sua relação em uma canção, "I Can Only Imagine".

Geralmente, os filmes cristãos que não retratam diretamente alguma história bíblica não conseguem atingir um público mais amplo. Isso se deve principalmente ao fato desses filmes focarem mais na pregação religiosa do que na produção ou no desenvolvimento dos personagens e da história. Além disso, fatos e situações são colocadas de uma forma que as distanciam de algo do cotidiano e acabam dando um ar de incredulidade à trama. Por tudo isso, mesmo sendo cristão tenho certo preconceito com esses filmes e foi assim que encarei este novo filme. Porém, para minha surpresa, desta vez tive uma experiência bastante diferente e muito positiva, não só em termos de mensagem, mas principalmente em relação à qualidade da historia e das atuações.

O filme se baseia em uma história verídica e isso sem dúvidas ajuda muito. Ela conta a trajetória de Bart, um vocalista de uma banda cristã, desde sua infância com um pai abusivo e uma mãe ausente até o início de sua carreira profissional e seu primeiro grande sucesso, a música que dá nome ao filme "I Can Only Imagine" e que até hoje é a música cristã de maior alcance de todos os tempos. O fato do roteiro gastar um bom tempo montando o personagem de Bart e suas motivações ajuda a diferenciar este longa de outros do gênero que desde cedo incluem situações forçadas e com fim de doutrinar. Claro que as mensagens cristãs estão presentes, mas em sua maioria elas são apresentadas de uma forma mais natural e que não afeta tanto o desenrolar da trama.. Além disso, a qualidade da produção e das atuações dos protagonistas é muito acima da média do que geralmente vemos no gênero.

E falando em elenco, Dennis Quaid é um dos destaques com seu retrato de um pai marcado pelos seus fracassos e que acaba descontando na família na forma de abuso físico e psicológico. Com seu talento já conhecido, ele dá o peso necessário ao filme e usa seu status de figura de Hollywood para elevar o patamar da experiência. Porém, a grande estrela do filme é mesmo o ator J. Michael Finley e ele mostra grande desenvoltura tanto nas cenas dramáticas quanto nas partes em que precisa cantar. Sua ótima química com Dennis Quaid ajuda a vender a história de uma forma comovente e inspiradora.

Mesmo para quem não conhece a música título, este filme tem uma história bastante interessante sobre superação e perdão. Pelo reação do público, parece que até pessoas não cristãs estão apreciando o filme e sua mensagem positiva. Isso é algo bastante expressivo e torço para que outros diretores do gênero  possam aprender a usar melhor a poderosa ferramenta do cinema para contar histórias de uma forma que alcance o maior público possível.

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