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Filme da vez:A Forma da Água(sem spoiler)(2017)

Famoso pelas apresentações em festivais, vamos comentar sobre o último trabalho de Guillermo del Toro. Confira aqui agora.

"A conta da água"


Nota IMDb: 8,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Shape of Water
Ano de Lançamento: 2017
Diretor: Guillermo del Toro(que assina também o roteiro junto com Vanessa Taylor).
Estrelas:   Sally Hawkins(como Elisa Esposito, emplaca o melhor personagem de sua carreira que sim, tem um quê de Amélie Poulain), Michael Shanon(como o mau Richard Strickland), Richard Jenkins(como o frustado Giles), Octavia Spencer(como a sábia Zelda Fuller), Michael Stuhlbarg(como Doutor Robert(Bob) Hoffstetler) e Doug Jones(como o homem anfibio), entre outras estrelas.
Sinopse: Trabalhando na equipe de limpeza de uma instalação militar em plena Guerra Fria, Elisa se apaixona de uma estranha criatura que vive em um tanque envolta em mistério. E naturalmente há um vilão que quer acabar com tudo isso.


Com uma estreia pungente em alguns festivais em 2017, o último trabalho de Guilherme del Toro desperta controvérsia e paixões, como se pode ver nos comentários do imdb. De fato o filme é ... digamos... inconstante, o que pode ser interpretado como algo bom ou ruim.

Há grandes virtudes nesse filme que ajudam a dificilmente classificar a obra. A execução artística é extremamente primorosa. Como o filme retrata algo como começo/meio dos anos 60, a luta racial, a corrida espacial, o conflito do clássico versus o moderno, ou o futuro, que já mostrava não ser tão lindo como era vendido, estão lindamente retratados em cada detalhe seja no vestuário, na atitude de alguns personagens, no cenário e inclusive na criatura. A sequência inicial do sonho de Elisa é de uma beleza impar que casa perfeitamente com a trilha sonora que dá um tom clássico e tenso.

Entretanto, há peculiaridades clássicas da visão de del Toro que podem incomodar muitos como as cenas de sexo gráfico, ainda que sugerido, ou algumas opções que beiram ao gênero "gore", o que é praticamente assinatura do diretor.

Contudo, ainda que o cerne da história seja quase um conto de fadas da Disney onde uma solitária princesa, muda, executada com uma excepcional atuação de Sally Hawkins, mesmo nos delírios de sua personagem, se apaixona por uma criatura da água que, como ela, não se comunica com sons, mas com gestos e olhar, o filme tem seus problemas de desenvolvimento. A fidelidade a tantos detalhes de época não poderia privar o filme de soluções que prejudicam o ritmo da metade para o final, frustando muitos espectadores.

Alguns personagens também poderiam se libertar de uma bidimensionalidade tal qual o vilão interpretado por Michael Shanon ou mesmo o Michael Stuhlbarg, reforçando ainda mais a irregularidade de desempenho, agora na história.

Fugindo da assustadora necessidade de alguns na internet de classificar como maravilhoso ou lixo, é um filme curiosamente que encanta em vários momentos poéticos, mas frusta em escolhas de roteiro que poderiam estar à altura de tantos excepcionais critérios do filme. Vale a pena conhecer, porém ciente de suas limitações.

E claro, não podemos de deixar de mostrar a analise com os maiores nomes do transporte alternativo! Até a próxima!




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