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Filme da vez:Detroit em Rebelião(2017)

Um Hotel, vários policiais e a Guarda Civil, tarde da noite em uma cidade em chamas. Algo claramente não ia dar certo.

"A polícia apresenta suas armas.Escudos transparentes, cassetetes. Capacetes reluzentes. E a determinação de manter tudo em seu lugar."


Nota IMDb:
 7,6 (até o dia da postagem) (IMDb)

Título original: Detroit
Ano de Lançamento: 2017
Diretor: Kathryn Bigelow(queridinha da academia por Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura, mas também pelo público por Caçadores de Emoção(o original, por favor!) e Estranhos Prazeres(1995))
Estrelas:  John Boyega(como o coitado do segurança privado Dismukes), Will Poulter(policial que quer ser eficiente de forma totalmente corrupta Krauss), Anthony Mackie(como o "ainda vou ser famoso" Greene), Algee Smith(como o boa praça Larry), entre outras estrelas
Sinopse: Depois de uma batida policial em uma festa, Detroit teve em 1967 um dos maiores distúrbios da história do EUA, marcando a intensificação da luta dos direitos raciais e os bruscos eventos a ele associados. No dia 25 julho uma ação policial se destacou entre as várias histórias dessa época e o que esse filme tenta remontar para reflexão.

Curioso perceber ainda tanto as consequências do chamado "So White Oscar" de alguns anos atrás, mas também, para ser justo, os aniversários de 50 anos de tantos eventos importantes da luta social por direitos raciais no EUA. Claro que o nível de sucesso tanto de narrativa, como de crítica e público variam, mas há filmes que tem uma história com uma potência naturalmente forte. É o caso dessa história. Com uma curiosa animação no início do filme, a diretora explica o contexto daquela cidade dentro da série de mudanças que estavam ocorrendo naquele país e parte do mundo.

Depois de uma batida policial desastrada, quebra-quebras, confrontos com a polícia, incêndios e assassinatos foram registrados nas rua de Detroit, tendo o governo chamado a Guarda Nacional e uma polícia cansada e , como diriam os brasileiros, "nervosa no gatilho". Relatos da época citavam raros casos de snipers que faziam vítimas entre as autoridades, por isso um nível de neurose que é importante pedaço nessa história.

O filme em si tem uma curiosa característica de montar progressivamente toda uma tensão que pode demorar um pouco, pela quantidade de detalhes que a história tem, e pelos absurdos que ocorrem nela, mais o espectador mais paciente vai ser recompensado por excelentes atuações, não só de Boyega que emplaca mais um bom desempenho depois de Sonhos Imperiais(que está lá no NetFlix), mas principalmente por Will Poulter que domina o filme com esse vilão não plano, com suas complexas motivações e conflitos. Contudo há um problema bem especifico para nós brasileiros.

O filme tem um valor totalmente diferente entre nós e os americanos. Isso vai além dos fatos tenha ocorrido lá nos EUA, mas pela relação de confiança totalmente diferente entre população e a polícia. Segundo recente pesquisa, apenas 31% da população do Rio confia na polícia e 67% tem mais medo do que confiança. Mais dados podem ser visto nessa reportagem. E não é correto acreditar que é uma realidade específica daquele estado, ainda que em uma graduação mais grave no momento. Por esse motivo é um filme com percepções totalmente diferentes entre os públicos. Mesmo assim vale conferir pelo "thriller social", assim como também reflexões de uma realidade de 50 anos que teme em não mudar. Só por isso já vale o ingresso, indo mais além do ódio como vemos em algumas obras.


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