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Jogo da vez: Chronos (PC - Oculus Rift)

Uma excelente amostra de como a realidade virtual pode melhorar jogabilidades mais tradicionais
                                                                         
- Plataforma: PC (Oculus Rift)
Metascore: 7.7 (User Score: 8.6) - Até o dia da postagem


Quando pensamos em um jogo de realidade virtual, geralmente o que vem em nossa mente é uma visão em "primeira pessoa" que faz com que você se sinta como o personagem, seja numa aventura ou numa simulação de pilotagem. Com certeza esta fórmula é a que permite a maior imersão do jogador, mas também é a que pode causar mais desconfortos e náuseas para os mais sensíveis. Felizmente, existem outras formas de usar a realidade virtual para melhorar a jogabilidade e Chronos, um RPG em "terceira pessoa", é uma excelente prova disso.

O jogo possui uma câmera "fixa" para cada cenário e é justamente neste ponto que a visão do jogador fica, dando a liberdade de você girar a câmera de acordo com o movimento da sua cabeça. Pense nos jogos antigos da série "Resident Evil" com câmera fixa e você terá uma boa noção do que estou falando. Esta escolha foi muito acertada e permite uma jogabilidade de combate e navegação mais complexa sem comprometer tanto a imersão. Outra escolha interessante é a de, nos momentos de interação com objetos como portas trancadas ou computadores, colocar a visão em primeira pessoa.

A história do jogo mostra um futuro "pós apocalíptico" onde voltamos a viver em  uma era medieval após a terra ter sido invadida por monstros e os seres humanos serem caçados e se refugiarem. Uma vez por ano, um portal se abre para permitir que um humano atravesse para a dimensão de origem das criaturas e tente derrotá-las de uma vez por todas. O mais interessante é que este jovem escolhido só pode tentar uma vez por ano e, cada vez que ele morre no jogo, retorna um ano mais velho. Esta dinâmica é bem incorporada ao jogo tanto na melhoria de atributos quando você passa de nível (atributos de força custam menos quando você é jovem, ao contrário de atributos de sabedoria) como também em habilidades especiais que só são liberadas a partir de determinada idade. As mudanças físicas do personagem também são visíveis e interessantes, ajudando na percepção de urgência para conclusão da história.

Melhor chegar ao final logo, caso contrário vai ter que terminar numa cadeira de rodas!

O combate é em tempo real e com elementos estratégicos de defesa e esquiva, mas sem o elemento de estamina. O uso do controle tradicional ajuda na precisão e a mecânica funciona muito bem, permitindo que se fixe em um inimigo e se mude isso, mas em alguns momentos a câmera fixa atrapalha na visualização dos monstros e seus movimentos. Além disso, lutar contra mais de um inimigo por vez é um desafio que não consegui solucionar em nenhum momento e recomendo evitar isso sempre que possível.

Outro elemento fundamental da jogabilidade e da experiência são os "puzzles". Presentes em grande número e com dificuldades variadas, eles irão demandar atenção e persistência, mas quase sempre serão justos. Ainda assim, em alguns momentos pedi arrego e recorri ao "oráculo google" para ajuda.

Os gráficos são muito bons considerando que você possui hardware suficiente. Além dos requisitos mínimos para o Oculus Rift (que já são altos), somente com uma placa boa você conseguirá usar a qualidade mais alta sem comprometer a experiência. No meu PC, que possui um i7 4790 e uma GTX 1080, rodou muito bem no máximo. Outro destaque são os sons e a trilha sonora que ajudam bastante na imersão e na criação de uma atmosfera mais épica para o jogo.

Se você tem o Rift e gosta de RPGs de ação, este jogo é simplesmente obrigatório. Para mim, foi uma agradável surpresa e uma amostra de que como se usar a realidade virtual para melhorar uma jogabilidade consolidada, pois este jogo, mesmo sem esse recurso, já seria muito bom.



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