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Filme da vez: A Cura (2016)

Sabe aquele Spa no Peixe Urbano que parece bom demais pra ser verdade? Pois é...
                                                               
Nota IMDb: 6,5 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: A Cure for Wellness
Ano de Lançamento: 2016
Diretor:  Gore Verbinski
Estrelas:  Dane DeHaan, Jason Isaacs, Mia Goth
Sinopse: Um jovem e ambicioso executivo (Dane DeHaan) é enviado para os Alpes Suíços com a missão de trazer de volta o CEO da empresa, em tratamento em um 'Centro de Cura'. Após sofrer um acidente automobilístico, no entanto, o rapaz acaba internado na mesma instituição, cujo corpo médico promete purificar os pacientes por meio de uma água milagrosa – e que se localiza em um lugar de passado misterioso. Incapacitado de retornar para casa, o personagem passa a duvidar da própria sanidade, ao mesmo tempo em que desconfia da motivação do doutor responsável pelo “spa”.

Ao ouvir falar deste mais recente filme do diretor dos três primeiros 'Piratas do Caribe" e do divertido 'Rango', confesso que fiquei sem saber o que esperar. Tudo bem que o gênero de terro não é nenhuma novidade para Gore Verbinski, que dirigiu a versão ocidental de 'O Chamado' em 2002, mas este tipo de suspense com toques de terror exige muito mais carisma para ser bem sucedido. Ainda que o resultado final não seja digno dos grandes mestres da arte, principalmente pelo desfecho, este filme é um bom exemplar de terror psicológico com atuações marcantes.

O roteiro traz a história de um jovem executivo que recebe a missão de ir a um "spa" nos Alpes Suíços para trazer de volta o presidente da empresa em que trabalha. Porém, ao chegar lá, ele começa a perceber que o lugar misterioso esconde um segredo macabro. A pegada inicial do filme é a de um suspense psicológico com momentos ocasionais para chocar o espectador. O visual é fantástico e a fotografia tem uma paleta com tonalidades "hospitalares" que casam bem com o ambiente. As semelhanças com o clássico "O Iluminado" de Kubrick são visíveis, mas não vão além do superficial. À medida em que o protagonista começa a questionar sua própria sanidade e os segredos do local são revelados, a tensão vai escalando, assim como os momentos de terror. Porém, no desfecho o filme descamba para o clichê hollywoodiano e o terror barato se sobressai, o que acaba afetando o sentimento final que temos da película.

De qualquer forma, as atuações do talentoso elenco se mostram muito efetivas durante todo o desenrolar. Dane DeHaan está perfeito no papel de jovem confuso e perturbado pelo passado. Jason Isaacs mostra mais uma vez seu talento para tipos macabros e convence bem no papel de diretor do spa maligno. A jovem Mia Goth também agrada e se sobressai no papel de donzela frágil e inocente.

Com uma duração de quase de duas horas e meia, podemos dizer que, tirando os quinze minutos finais, temos um ótimo filme de suspense e terror psicológico que irá entreter os fãs do gênero. Ele também acrescenta mais uma paleta ao repertório do diretor Gore Verbinsk que, mesmo inconstante, tem construído uma filmografia eclética e interessante. Tomara que o próximo projeto dele não seja outro "O Cavaleiro Solitário ".

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