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Filme da vez: Vida (2017)

Será que este filme é mais uma prova de vida inteligente no gênero de ficção científica?
                                                                                                 
Nota IMDb: 7,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Life
Ano de Lançamento: 2017
Diretor: Daniel Espinosa
Estrelas:  Jake Gyllenhaal, Rebecca Ferguson, Ryan Reynolds
Sinopse: Seis astronautas de diferentes nacionalidades estão em uma estação espacial, cujo objetivo maior é estudar amostras coletadas no solo de Marte por um satélite. Dentre elas está um ser unicelular, despertado por Hugh Derry (Ariyon Bakare) através dos equipamentos da própria estação espacial. Tal descoberta é intensamente celebrada por ser a primeira forma de vida encontrada fora da Terra, sendo que um concurso mundial elege seu nome: Calvin. Só que, surpreendentemente, este ser se desenvolve de forma bastante rápida, ganhando novas células e uma capacidade inimaginável.

Sou um grande fã de filmes de ficção científica e testemunha de que este é um gênero muito mal explorado em Hollywood. Claro que temos exceções, como o recente e fantástico 'A Chegada', mas na maioria das vezes o tamanho do orçamento é inversamente proporcional à qualidade e temos filmes que se encaixariam melhor na "fantasia científica" ou que não passam de uma desculpa para mais explosões e efeitos especiais exagerados. Desde que fiquei sabendo da premissa de 'Vida' me interessei bastante e acreditei se tratar de uma grande chance de explorar o tema de vida extraterrestre de forma realista. Porém, ainda que a pegada realista seja evidente, ela acaba minada por um roteiro que depende de muitos eventos específicos em sucessão.

Como disse antes, a premissa inicial é bastante interessante: em um futuro próximo, um grupo de astronautas de diversas especialidades forma uma equipe que está reunida na ISS (Estação Espacial Iternacional) para resgatar e analisar uma amostra colida por um sonda que foi até Marte atrás de vida. Depois de descobrirem uma nova forma de vida "unicelular", eles conseguem "reanimá-la" e presenciam seu desenvolvimento impressionante e veloz. Porém, a partir do momento em que o alienígena (batizado de Calvin), se mostra uma ameaça, a história progride de uma forma pouco convincente que exige uma sucessão de erros e eventos que poderiam gerar até questionamentos se nós humanos somos mesmo dotados de inteligência. Se os roteiristas tivessem creditado mais coisas à astúcia de Calvin talvez o resultado tivesse sido bem melhor. Somando-se a isso os clichês já muito desgastados do gênero como a tripulação multi-racial com temperamentos diversos e os sustos baratos, temos como resultado um filme que promete muito mas acaba entregando o mesmo "prato-feito" de sempre, com exceção do desfecho que foge um pouco do esperado.

Talvez quem assistiu a 'Gravidade' também tenha ficado com uma impressão parecida de "exagero de coincidências", mas a diferença é que naquele filme fomos recompensados com uma obra-prima visual e com uma interpretação magnífica de Sandra Bullock. Já neste filme, apesar do elenco estrelado, não temos nenhum grande destaque. Ryan Reynolds está em seu estereótipo e parece uma versão de Deadpool no espaço. Nem mesmo os talentosos Jake Gyllenhaal e Rebecca Ferguson conseguem se destacar por conta de um roteiro que foca muito na criatura e não nos faz importar nem torcer pelos humanos.

Claro que temos pontos positivos. O realismo das cenas em gravidade zero, a produção caprichada (com detalhes de cenário tirados a partir de uma pesquisa junto à NASA para saber como a ISS deve evoluir no futuro), os efeitos de primeira e uma criatura que, apesar de não ser tão aterrorizante quanto "o xenomorfo", se mostra uma ameça digna e menos fantasiosa.

Ainda assim, este é um filme que deve ser experimentado por todos os fãs do gênero que estão carentes de produções mais realistas, principalmente por conta do final corajoso que inclusive deixa uma grande abertura para uma possível continuação. No entanto, pela recepção morna (e justificada) deste filme, dificilmente ela verá a luz do dia.

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