Filme da vez: Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017)
Os Guardiões mais carismáticos do universo perderam seu mojo ou continuam afiados? Confira na nossa análise! |
Nota IMDb: 8,1 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Guardians of the Galaxy Vol. 2
Ano de Lançamento: 2017
Ano de Lançamento: 2017
Diretor: James Gunn
Estrelas: Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista
Sinopse: Agora já conhecidos como os Guardiões da Galáxia, os guerreiros viajam ao longo do cosmos e lutam para manter sua nova família unida. Enquanto isso tentam desvendar os mistérios da verdadeira paternidade de Peter Quill (Chris Pratt).
O primeiro Guardiões da Galáxia foi uma adorável surpresa para muita gente que, como eu, não conhecia os heróis que formariam um grupo que pode ser classificado, no mínimo, como excêntrico. Recheado de humor e com personagens carismáticos, o filme foi um sucesso estrondoso e não demorou para confirmarem sua continuação. Mas será que aquele ditado de que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar" se aplica aqui? Ainda que eu tenha achado defeitos que tentarei explicar a seguir, posso garantir que ele conseguiu manter grande parte do carisma do anterior e irá agradar a maioria dos fãs.
Ao meu ver, o grande problema do filme foi a abordagem "episódica" tomada e que nos traz uma história sem conexão nenhuma com "o que está acontecendo" no universo cinematográfico da Marvel. Diferentemente do primeiro, não temos nada (nem mesmo cenas pós-créditos) que o conecte à trama que estava se montando para o próximo Vingadores. Além disso, os melhores momentos do filme, que envolvem a interação e desenvolvimento do grupo, são diluídos em uma enxurrada de cenas de ação excessivamente pirotécnicas. Claro que finalmente conhecemos o pai de Peter Quill, interpretado muito bem por Kurt Russel, mas ainda assim o impacto nos heróis ao final da trama parece muito pequeno com uma jogada manjada de "eles brigam e depois fazem as pazes", reforçando a sensação de estarmos vendo apenas mais uma aventura dos Guardiões. Isso, o exagero no uso do termo "família" e a presença de Vin Diesel no elenco (para quem não sabe, ele é o Groot) me fizeram pensar que estava assistindo a 'Velozes e Furiosos' no espaço.
Mas, como disse antes, tirando isso que mencionei, aqueles personagens carismáticos do primeiro filme continuam afiados com tiradas muito engraçadas e esbanjando charme (com muita câmera lenta, claro). Temos também uma participação maior e bem explorada de Nebula e de Yondu, além da adição de Mantis, uma alienígena que entra na cena para prover algumas exposições e piadas. O pequeno Groot é realmente adorável e rouba todas as cenas em que participa. Já posso imaginar a enxurrada de bonecos dele nas mãos de crianças e nas estantes dos nerds. A trilha sonora também continua muito excêntrica e com músicas dos anos 70 e 80 que serão instantaneamente reconhecidas pelos fãs. Os efeitos especiais, ainda que excessivamente utilizados ao meu ver, são de primeira linha e conseguem dar vida a um universo que expande muito as possibilidades para os heróis da Marvel.
Desta forma, tenho certeza que a maioria dos fãs do primeiro irá gostar deste filme e, mesmo não gostando de tudo e achando o primeiro melhor, sei que poderia ter sido bem pior. Talvez eu esteja ficando velho e muito ranzinza para apreciar completamente este tipo de filme, mas não posso deixar de expressar meu receio de que a máquina de imprimir dinheiro Marvel/Disney esteja querendo adotar como padrão esta abordagem episódica para seus filmes de heróis. Vamos torcer para que eu esteja errado.
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O primeiro Guardiões da Galáxia foi uma adorável surpresa para muita gente que, como eu, não conhecia os heróis que formariam um grupo que pode ser classificado, no mínimo, como excêntrico. Recheado de humor e com personagens carismáticos, o filme foi um sucesso estrondoso e não demorou para confirmarem sua continuação. Mas será que aquele ditado de que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar" se aplica aqui? Ainda que eu tenha achado defeitos que tentarei explicar a seguir, posso garantir que ele conseguiu manter grande parte do carisma do anterior e irá agradar a maioria dos fãs.
Ao meu ver, o grande problema do filme foi a abordagem "episódica" tomada e que nos traz uma história sem conexão nenhuma com "o que está acontecendo" no universo cinematográfico da Marvel. Diferentemente do primeiro, não temos nada (nem mesmo cenas pós-créditos) que o conecte à trama que estava se montando para o próximo Vingadores. Além disso, os melhores momentos do filme, que envolvem a interação e desenvolvimento do grupo, são diluídos em uma enxurrada de cenas de ação excessivamente pirotécnicas. Claro que finalmente conhecemos o pai de Peter Quill, interpretado muito bem por Kurt Russel, mas ainda assim o impacto nos heróis ao final da trama parece muito pequeno com uma jogada manjada de "eles brigam e depois fazem as pazes", reforçando a sensação de estarmos vendo apenas mais uma aventura dos Guardiões. Isso, o exagero no uso do termo "família" e a presença de Vin Diesel no elenco (para quem não sabe, ele é o Groot) me fizeram pensar que estava assistindo a 'Velozes e Furiosos' no espaço.
Mas, como disse antes, tirando isso que mencionei, aqueles personagens carismáticos do primeiro filme continuam afiados com tiradas muito engraçadas e esbanjando charme (com muita câmera lenta, claro). Temos também uma participação maior e bem explorada de Nebula e de Yondu, além da adição de Mantis, uma alienígena que entra na cena para prover algumas exposições e piadas. O pequeno Groot é realmente adorável e rouba todas as cenas em que participa. Já posso imaginar a enxurrada de bonecos dele nas mãos de crianças e nas estantes dos nerds. A trilha sonora também continua muito excêntrica e com músicas dos anos 70 e 80 que serão instantaneamente reconhecidas pelos fãs. Os efeitos especiais, ainda que excessivamente utilizados ao meu ver, são de primeira linha e conseguem dar vida a um universo que expande muito as possibilidades para os heróis da Marvel.
Desta forma, tenho certeza que a maioria dos fãs do primeiro irá gostar deste filme e, mesmo não gostando de tudo e achando o primeiro melhor, sei que poderia ter sido bem pior. Talvez eu esteja ficando velho e muito ranzinza para apreciar completamente este tipo de filme, mas não posso deixar de expressar meu receio de que a máquina de imprimir dinheiro Marvel/Disney esteja querendo adotar como padrão esta abordagem episódica para seus filmes de heróis. Vamos torcer para que eu esteja errado.
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(h) (h) (h) Crítica corajosa e equilibrada. Parabens!
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