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Primeiras Impressões:Zelda Breath of The Wild - Wii-U version e se vale ou não comprar um Switch

Às vezes algo tem que morrer para o outro viver...Nos videogames também... Vida longa à Zelda!

"O Mundo é Bom Sebastião..."


Havia um hyper enorme sobre a nova versão do Zelda, mas o que mais me surpreendeu foi que a Nintendo ia lançar tanto para o Switch como o agora descontinuado Wii-U uma das grandes joias da coroa. Isso porque a Nintendo já me mostrou que tem um coração de pedra por várias vezes. Retrocompatibilidade? Tem sim senhor. Colocamos até o videogame inteirinho(no caso o Wii) dentro do Wii-U! Só que adivinhe: você tem que pagar por todos os seus jogos. De novo!!! Espaço que iremos dar para você na versão do Wii-U? 32 Gigas... Aí você pensa: ah, mas isso foi no Wii-U. Adivinhe qual é o tamanho da versão standard do Switch? 32 Gigas... Não cabe boa parte dos jogos triple-A do mercado... :/ E sem retrocompatibilidade...

Só que a Nintendo sabe que não vem para brigar com gráficos ou com a melhor máquina! Nope! Ela aposta em algo que faz sua franquia ser tão diferente dos outros: jogos com um gameplay tão bom, mas tão bom que o fato de que o console que é lançado em 2017 é um pouco melhor em termos de hardware do que o PS3. Hey, mas isso não é justo com os controles, que são para ser uma evolução natural do que vimos no Wii-U, coisa que são de fato, com ainda a agora ridícula duração da bateria(4 horas). E ele agora é bem portátil, mas isso é uma vantagem real ou segura para boa parte dos usuários? E esses controles não são nada baratos. E isso lá fora!(O gamepro é 70 doláres lá!) A opção no Switch de voltar ao cartucho faz com que os jogos sejam naturalmente mais caros do que os similares no Xbox One e PS4, o que faz a coisa fica ainda mais nicho ainda. 

Contudo, o maior pecado da Nintendo ultimamente é justamente algo muito estranho. E sim, não estou falando da estranha relação com os principais estúdios de games(que melhorou, ainda que muitos tem visto o novo console como um primo não muito diferente de um...tablet. Mas justiça seja feita: o suporte prometido para Unreal e Unity devem trazer alguns interessantes indies para os holofotes). O maior pecado dela é justamente não permitirem que os fãs ajudem a própria companhia comprando no lançamento o novo aparelho. Claramente denuncias tem aparecido em vários lugares do mundo do esforço da companhia fazer um efeito boate, ainda que tenha já superada a marca do Wii de pré-vendas. Aliás falando em vendas, é ainda o 3DS que paga as contas da casa tal qual o Apple II há muito tempo atrás. Depois de muito esforço, ela ainda assim conseguiu fazer a melhor estréia de console depois do Wii.

Ainda assim, a Big N ainda acerta em algumas coisas. E definitivamente é o caso do Zelda. Nessa versão que poderia ganhar a tradução tosca de "O Bafo do Selvagem"(como diria o povo do PodQuest), a companhia do Mário entrega um jogo de exploração e descobertas. Sim, há alguns gargalos em apresentações(principalmente na abertura do mesmo), a resolução definitivamente não é nada próxima de 1080p(mas os meus olhos não sangraram com a resolução como algumas pessoas falam na Internet), porém há algo de especial nesse jogo. E é sem dúvida muito bem feito, com dedicação e criatividade que resultaram em um novo clássico. Não é a toa as excelentes notas que ele tem tirado. 

Cenário bem grande,  muitas coisas interessantes para serem vistas, alguns easter eggs, uma mecânica de jogo invejável, interessantes puzzles e ...muita nostalgia! E como se pode fazer um monte de coisas, algumas inesperadas!! O mundão livre e com muitas possibilidades fazem desse jogo um fascinante. Uma flexão de fogo com um inimigo com couro? Adivinhe o resultado! É possível escalar praticamente todo o cenário, com uma coragem e confiança que o usuário não vai quebrar o jogo de uma forma que eu nunca vi. E como eles aproveitaram idéias de outros jogos!!! Isso é inédito na franquia e nos grandes jogos da Nintendo. Com 10 horas de jogo, ainda estou brevemente me aventurando nesse mundo que muitos estimam em 30/47 horas, isso sem ser super paranoico em fazer absolutamente tudo do cenário. E realmente é bizarra a ausência do uso desse jogo do gamepad.

É uma despedida do Wii-U por parte de sua criadora, mas é um prêmio para os raríssimos proprietários desse modelo. Tal raro como encontrar um torcedor do América do Rio. Inclusive um abração Guilhermão! Para quem tem o Wii-U, é uma excelente última grande aventura. Quem não tem, não recomendaria a compra do Switch porque a demanda ainda está muito inflada pelo hype. E o line-up do console não anima muito. Você que passou muito longe da Nintendo por muito tempo, ganha muito mais comprando um...3DS! O Switch é uma aposta, mas há produtos dessa empresa que podem satisfazer muito mais.


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