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Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 4 - Parte 2

Uma nova descoberta trará imensas repercussões para o desenrolar dos fatos
                                                                                                         
Dentro da tenda montada pela equipe de resgate ao lado da estação de pesquisa estão Burke, Theresa e Sibelle calados e observando com espanto os microorganismos que aparecem na amostra de sangue de Bob exibida no monitor. Sem dúvidas, a pessoa mais tranquila é a Dra. Masterson e cabe a ela a tarefa de quebrar o silêncio:
- Realmente magnífico! Estamos diante de uma agente biológico capaz de decompor o cálcio dos ossos do seu hospedeiro. E ele faz isso em uma velocidade impressionante e devastadora.
Burke passa a mão no rosto e tenta manter a compostura enquanto Sibelle está sem fôlego e começa a sentir seu estômago embrulhado. O coronel respira fundo e se dirige à Dra. Masterson:
- E como ele consegue fazer isso?
Theresa então se levanta da cadeira e começa a responder a pergunta com uma espécie de divagação em voz alta:
- Precisamos fazer mais análises para entender o seu processo de consumo do cálcio, mas a verdade é que isso já acontece em nosso corpo naturalmente. Nós possuímos células chamadas osteoclastos que são responsáveis por renovar nossa estrutura óssea. Elas consomem o cálcio e liberam colágeno. Porém, a velocidade da decomposição é bem menor do que a que estamos vendo aqui, o que dá o tempo suficiente para o corpo fazer a reposição necessária.
Ela caminha mais um pouco pela tenda, depois se volta para o monitor e, cruzando os braços, diz:
- Para que esse organismo consiga consumir o cálcio com tanta velocidade ele deve estar se multiplicando de forma vertiginosa, o que aumenta ainda mais seu potencial infeccioso. Porém, isso também tem um lado positivo…
Burke nem acredita ter ouvido algo de positivo na fala de Theresa e se agarra ao fio de esperança lançado:
- Como assim? O fato dele se multiplicar rapidamente pode nos ajudar a controlá-lo de alguma maneira?
Dra. Masterson então trata de jogar lama no otimismo de Burke:
- Não, nada disso. O ponto positivo é que o teste para detecção de contaminação é bem simples.
Burke fica bastante frustrado com a resposta, mas as palavras de Theresa parecem ter chamado a atenção de Sibelle que estava murcha em um canto. Ela aproveita a deixa para finalmente se manifestar:
- Ótimo, isso quer dizer que podemos fazer o teste nos demais membros da equipe de pesquisa para saber quem realmente foi infectado.
Em sua mente, Sibelle lembra de John e torce para que ele esteja bem. Burke parece concordar com Sibelle e diz:
- Sim, muito bem lembrado, Dra. Sibelle, vamos fazer isso o quanto antes. Porém, ainda precisamos avaliar melhor a situação. Dra. Masterson, qual é o próximo passo recomendado pelo CDC nesse tipo de situação?
Theresa desvia seu olhar novamente do monitor e fala olhando para Burke:
- A identificação dos contaminados e seu isolamento permanente é sem dúvidas uma prioridade, mas enquanto minha equipe faz isso eu gostaria de continuar estudando o agente infeccioso para tentar traçar uma estratégia de quarentena e tratamento.
Burke faz um sinal positivo com a cabeça e depois volta a perguntar:
- Em sua vasta experiência no CDC, você já se deparou com algum microrganismo semelhante?
Ela caminha mais um pouco, se aproxima do monitor e responde apontando para a tela:
- Como vocês podem ver, ele se assemelha a uma bactéria, mas tem algumas características discrepantes como esses flagelos bem desenvolvidos que parecem permitir sua locomoção ágil em líquidos e talvez até gases, o que sugeriria uma possível via de contaminação aérea. Mas só saberemos ao certo do que se trata quando analisarmos sua estrutura de DNA para poder identificar com o que estamos lidando exatamente. Pode ser apenas uma espécie de bactéria pré-histórica que estava dormente aqui na Antártida até ser encontrada pela equipe de pesquisa geológica. Se for o caso, talvez algum tratamento antibiótico convencional seja eficaz.
Quase que instantaneamente após as últimas palavras de Theresa, o rosto de Sibelle se transfigura e ela faz um sinal negativo com a cabeça antes de interromper o raciocínio da colega:
- Quanto a isso, receio ter más notícias…
Burke olha para Sibelle com espanto e retruca:
- Até você! O que poderia deixar isso ainda pior do que já está?
Sibelle respira fundo ao ponto de abafar o visor de sua roupa isoladora. Depois de alguns segundos, com a visibilidade restabelecida, ela responde para os ouvidos atentos de Theresa e Burke:
- De acordo com as análises que fiz na amostra do meteorito recolhido pela equipe de John, o organismo estava preservado no gelo alojado no interior da rocha. Eu consegui ver perfeitamente os microrganismos estáticos no gelo e depois saindo da hibernação assim que a amostra derreteu no microscópio eletrônico. Desta maneira, estamos mesmo diante de vida extraterrestre...
Burke bota as duas mãos na cabeça e quase arranca o capacete de seu traje enquanto os olhos de Theresa brilham e são acompanhados por um leve sorriso que permaneceu anônimo graças à sua roupa isoladora. Sibelle então continua:
- Só faltou fazer a análise comparativa da composição da amostra para tentar identificar a origem do meteorito. Se os reparos na comunicação da base já estiverem prontos, acredito que podemos fazer isso agora.
A Dra. Masterson nem aguarda a manifestação de Burke e fala sem nem esconder a empolgação:
- Vamos lá então! Rápido!
Burke pensa em repreendê-la mas decide evitar conflito e faz um sinal afirmativo, sinalizando depois com a mão a porta de saída da tenda. Os três se retiram e caminham apressados para o laboratório da base de pesquisa. Chegando lá, Sibelle assume o comando do computador de análise e depois de entra com alguns comandos e diz:
- O link com Washington já foi estabelecido, vou iniciar a comparação da amostra com nosso banco de dados da Nasa.
Theresa e Burke se aproximam mais e ficam encostados na cadeira de Sibelle, quase a empurrando contra a mesa do computador enquanto ela entra com os comandos para fazer a avaliação. Depois de terminar, ela se recosta e os três ficam aguardando ansiosamente o resultado enquanto a barra de progresso vai aumentando lentamente na tela. O único som que se ouve é o de suas respirações e a tensão corta o ar como uma navalha. Quando, depois de alguns minutos, a barra chega ao fim, a mensagem “Amostra analisada com sucesso. Composição semelhante encontrada”. O espanto com o resultado é evidente, mas logo em seguida Sibelle aperta a tecla para mostrar o relatório final e o que aparece no monitor é algo ainda mais impressionante e que trará imensas repercussões para o desenrolar dos fatos:
“A amostra de água se assemelha em 99,8% com amostras colhidas de Europa, uma das luas de Júpiter”

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