Filme da vez:Rogue One - Uma História Star Wars(review praticamente sem spoilers)

Uma história de como um engenheiro pode causar muitos problemas(review praticamente sem spoilers)

Nota imdb: 8,3 (até o dia da postagem) (IMDb)

Título original: Rogue One
Ano de Lançamento: 2016

Diretor: Gareth Edwards(Monstros(2010), Godzilla(2014))

Estrelas: Felicity Jones(A esposa de Hawking e a Sienna Brooks no Inferno aqui é Jyn Erso, a menina que acaba pagando o pato por más escolhas dos pais), Diego Luna(O amigo de Matt Damon em Elysium ), Alan Tudyk(que aqui fez a voz de K-2SO, mas que está habituado na série Star vs As Forças do Mal), Donnie Yen(o excelente lutador de artes marciais da série O Grande Mestre aqui é o ceguinho Chirrut Îmwe), Wen Jiang(ator famoso na China, aqui faz o carismático tanker Baze Malbus), Forest Whitaker(o eterno Último Rei da Escócia aqui é aquele que tem necessidades especiais Saw Gerrera), Riz Ahmed(o excelente ator de O Abutre e The Night Of aqui faz o piloto desertor Bodhi Rook), Mads Mikkelsen(o eterno Hannibal aqui é um engenheiro que não fez o juramento de não fazer o mal Galen Erso), Ben Mendelsohn(aqui como o evil Orson Krennic que só queria uma promoção no trabalho), entre outras estrelas

Sinopse: Era uma vez planos de construção da estrela da morte que custaram bem caro para a muito nova Rebelião. Aqui é mostrado como e porquê essas instruções foram importantes para o sucesso da mesma.

Comentar um lançamento com o Star Wars é uma honra e uma responsabilidade. Honra já que como fãs que somos aqui no blog, comentar o que deu certo e o que não atendeu também é uma coisa que gostamos muito de fazer. E responsabilidade de tentar trocar ideias sem estragar a experiência de que não assistiu.

Situado no que se tem chamado corretamente de Episódio 3.9(entre o Episódio III e o IV), ele detalha como um grupo de rebeldes faz a façanha de roubar os planos da Estrela da Morte, a arma que prometia redefinir o conflito entre Rebeldes e o Império. E também o filme que atende a estratégia de deixar um filme, para a felicidade praticamente de quase todos os nerds, da franquia no final do ano durante um bom tempo.

A minha expectativa pessoal era que iriamos ver um filme quase de assalto a banco ou um filme de espionagem espacial, mas a pratica é que vimos , quem sabe, o capítulo que mais faz jus à palavra "Guerra" da franquia. Isso já pode dividir o público em termos de gosto. Os efeitos práticos(como explosões, tanto graficamente como de som) são momentos que se destacam positivamente no filme. O drama pessoal também tem destaque nessa obra(inclusive naquela linha de conflito em família pai/filho, aqui pai/filha).

Ainda sobre as batalhas, há pessoas que vão reclamar que a parte dos conflitos espaciais são grandes demais, porém um fã mais atento vai identificar várias naves famosas, assim como manobras que tiveram sua estréia. E falando em naves, há também vários Easter Eggs no filme, como referencias tanto a personagens, quanto a eventos do Universo Star Wars. Há fan service, porém dentro de um contexto aparentemente bem pensado e justificado.

Porém o filme tem alguns problemas. O primeiro é a opinião de que a atriz principal não consegue explorar todo o potencial do papel, o que nos faz lamentar que Tatiana Maslany de Orphan Black não tenha conseguido ficar com esse papel. E não só Felicity não foi feliz na performance como outros que ou fazem overreacting ou são mal explorados como personagens. O ritmo do filme tem algumas barrigas e confusões na parte inicial do filme, provocando sono em alguns expectadores. E por fim a renderização de alguns personagens ficou com um efeito "Gollum 1.0", do primeiro filme, o que dá para entender pela dificuldade técnica, mas alguns truques de luz e angulo poderiam não incomodar tanto em certas partes.  Contudo temos boas surpresas de alguns personagens secundários muito divertidos e envolventes.

E claro, vamos replicar a pergunta que se muito ouve: ele é ou não é melhor do que o Episódio 7? Muitos afirmam que sim, principalmente por causa da ousadia de não repetir um caminho seguro que era repetir a formula ou história de um filme anterior(maior crítica ao VII). Isso sem dúvida é um mérito principalmente dentro da importância de um filme desse financeiramente, por exemplo. Isso é uma coragem cada vez mais rara hoje em dia nas produções desse porte. Porém, o mesmo não envolve emocionalmente como o do ano passado, seja pelas referencias muito fortes, mas principalmente pelo roteiro do filme atual que é tão simples que torna a obra mais consumível do que memorável.

De qualquer forma é uma interessante forma de inaugurar a série de spinoffs que vamos ter nesse Universo, sendo que o próximo deve ser o que conta a saga do jovem Han Solo com Alden Ehrenreich. Achamos que vale a pena, mas diminuindo as expectativas do que se verá em tela. E para finalizar uma divertida e útil apresentação que pode, ou não, ter animado fazerem esse filme. Explicado nesse ótimo post do Chat Supremo. E um ótimo como deveria ser o Episódio IV.

Lembrando que você pode nos acompanhar no FaceBook em https://www.facebook.com/MexidoDigital ou no twitter com @mexidodigital (https://www.twitter.com/MexidoDigital)