Série da Vez: Designated Survivor(2016 -)
Às vezes ganhar uma promoção pode ser a uma das piores coisas para um ministro
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"Sua noite de sorte?" |
Olá fãs das séries de conspiração, suspense e, por que não, até ação. Kiefer Sutherland vive não mais um agente do governo contra o Terror, mas aquele que sobrou para combate-lo. Explico: nos EUA, assim como em muitas nações, há uma espécie de apresentação das prioridades que serão tratadas no ano/semestre a seguir com a presença de praticamente todas as autoridades, geralmente no Legislativo. Alguém pensou que de repente seria "A oportunidade" de deixar o governo dos EUA sem cabeça. E consegue. Só que há um protocolo de segurança que diz que deve estar em lugares desconhecidos pessoas em segurança que devem tocar o governo em situações como essas, os chamados Sobreviventes Escolhidos(designated survivor).
Como brasileiro, fico imaginando a felicidade de muitos na explosão do Congresso levando grande parte dos ministros, os presidentes dos principais órgãos, os deputados e senadores e muitas grandes autoridades. Porém, imaginando uma metáfora, seria uma forma de expressão da falta de representatividade com as novas eleições? Nos dois episódios iniciais , percebi que se era isso, então algo aconteceu entre a concepção e as gravações.
Não me leve a mal, mas Kiefer aprendeu muito desde "Garotos Perdidos" até esse senhor de 55 anos da série. Também aquela necessidade enorme do americano de se identificar com um burocrata gente boa, que pensa no povo, porém é duro o suficiente para mostrar que não se deve brincar com o Tio Sam leve a uma série recheada de clichês. A esposa ambiciosa, o militar de alta patente louco por guerras, membros da Federação procurando qualquer desculpa para pular fora, maniqueísmo puro e simples de grupos étnicos. E claro, aliados nada confiáveis.
Do suspense e tensão do primeiro episódio para o que vemos no segundo podemos concluir que teremos sim grandes incoerências que não tem eco com a realidade, preconceitos e um roteiro frouxo que pode não fidelizar o público na primeira temporada. A série está conseguindo irritar dos republicanos aos democratas.
Resumindo: se você gostava do 24 horas e tolera ter uma série com menos ação e muitas reviravoltas inclusive políticas, não quer muito realismo, diálogos que às vezes incomodam, trilha sonora que mais atrapalha do que ajuda e algumas atuações sofríveis, ela pode passar no seu crivo. E muitas vezes ela tenta imitar House of Cards, mas não consegue. Não consegue mesmo. Vai que melhora até a segunda temporada? Quem sabe. Por enquanto é uma pena frente o que poderia ser.
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