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No NetFlix: Stranger Things (2016)

Uma homenagem criativa ou uma cópia descarada? Confira na nossa análise!
                                                                  

Quem me conhece sabe que sou um grande fã dos filmes, seriados, desenhos, jogos e até músicas da década de 80. Apesar de não poder me considerar uma genuína criança dessa década por ter nascido em 1981, ainda assim consumi muito de seus produtos na década seguinte e sou um admirador do estilo mais família e inocente daquela época. Se você também pensa assim, este novo seriado do NetFlix com certeza irá te agradar.

Basta dar uma olhada nos posteres da série (como o acima) para sentir a "vibe anos 80" que domina o resultado final. A história se passa nessa década em uma pequena cidade americana onde uma criança desaparece ao mesmo tempo em que outra surge misteriosamente. Vários eventos estranhos se seguem e vão montando este quebra-cabeça de uma série de ficção e leves pitadas de terror. No entanto, não é só na temporalidade e nos costumes que este seriado se alimenta dos anos oitenta. Tudo, desde a trilha sonora até o próprio estilo de roteiro e de direção se baseiam nos produtos dessa década. Isso pode causar estranheza para muitos, principalmente para os mais jovens, mas com certeza irá agradar os que estão "na casa dos quarenta" e talvez até trazer lágrimas aos seus olhos de tantas referências e homenagens. Temos desde "Dungeons & Dragons" até "Should I Stay Or Should I Go" do The Clash, ambos desempenhando papeis importantes na trama. Isso sem falar das cenas e estilos que lembram os clássicos filmes da "Amblin" e até mesmo as películas de John Carpenter. Tudo feito de uma forma apaixonada e, mais importante, sem que pareça uma cópia descarada ou falta de criatividade.

Até mesmo no quesito dos atores temos nomes e estilos que nos levam aos anos oitenta. Talvez o mais famoso seja de Winona Ryder e ela não decepciona ao entregar uma performance emotiva e verossímil. David Harbour está perfeito como o chefe de polícia de cidade pequena. Mas, quem brilha mesmo é o elenco infantil e adolescente, como nos saudosos anos oitenta. Eles tem um papel muito relevante na história e contribuem nos momentos mais leves e descontraídos, fechando a receita do bolo. Tanto o quarteto principal de meninos (junto com a talentosíssima atriz que interpreta a menina 11) quanto o elenco adolescente dão show e representam os conhecidos estereótipos da época: os nerds e o triângulo amoroso entre o atleta popular da escola, a menia bonita e inteligente e o rapaz esquisito e gentil. Quem acabou deixando a desejar foi Matthew Modine em um vilão bem apagado e, infelizmente, a criatura que, quando aparece, denuncia bastante sua característica digital e se mostra uma oportunidade perdida de continuar as homenagens e adotar efeitos mais práticos.

Se tudo isso que eu falei ainda não foi suficiente para convencê-lo a assistir ao seriado, dê uma navegada na internet e leia outros reviews para saber que não precisa ser um saudosista da época para gostar. Mesmo para os mais novos que não conhecem muita coisa da época, é uma oportunidade única para sentir o gostinho daquilo que fazia seus pais felizes na adolescência. Já para aqueles que cresceram e admiram a década de 80, é um item obrigatório e que irá matar a saudade e trazer muitas emoções com o "plus a mais" de ser algo inédito. Talvez a melhor forma de definir "Stranger Things" seja considerá-lo uma carta de amor aos anos 80, escrita com muita competência, respeito e uma boa dose de magia.

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