Lista da vez: Ranqueando os filmes do universo X-Men
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Como o último filme se sai quando comparado aos demais? Veja na nossa lista a seguir! |
O lançamento de ‘X-Men: Apocalipse’ significa
mais um capítulo em um universo cinematográfico que já se estende por mais de
15 anos. Para os fãs da franquia, fica a pergunta de como este último filme se
compara aos demais. Sendo assim, é a oportunidade perfeita para fazer um
ranking com todos os filmes e ver quais são os melhores e os piores.
Tudo começou no já longínquo ano de 2000 quando
um diretor ainda novato chamado ‘Bryan Singer’ foi escalado para trazer à
telona um dos grupos de super-heróis mais famosos dos quadrinhos: os X-Men.
Mesmo quem não leu os gibis deve ter se familiarizado com os personagens graças
ao excelente desenho animado da década de 90 que fez muito sucesso na televisão
brasileira e retratou a “Era Jim Lee” dos mutantes. Eu sou um grande fã dos
X-Men e acompanhei justamente esta era fantástica deles nos quadrinhos e na tv.
Apesar dos personagens serem propriedade da
Marvel, os direitos para seus filmes estão com a Fox. Nesses anos desde que
debutaram no cinema, existiram altos e baixos. Ainda assim, diferente do que
fez com outros heróis cujos direitos detém (como o Quarteto Fantástico, por
exemplo), a Fox não decepcionou e no geral os filmes do X-Men mantiveram uma
boa qualidade e alcançaram o sucesso de bilheteria que garantiu sua
continuidade. Os últimos, inclusive, foram sucesso de crítica e público
imensos.
Como estamos falando do “universo X-Men”, é bom
deixar claro que farão parte da lista todos os filmes que foram estrelados por
mutantes e não só os do grupo principal, ou seja, foram incluídos os filmes
solo do ‘Wolverine’ e o recente filme de ‘Deadpool’. Contando com o último
filme, isto nos dá um total de 9 longas para serem ranqueados. Sem mais delongas,
vamos à lista! Por favor compartilhe a sua opinião e o seu ranking pessoal na
seção de comentários!
9) X-Men Origens: Wolverine (2009)
Não há dúvidas de que um dos maiores responsáveis
pelo sucesso dos filmes dos X-Men foi o Wolverine interpretado por Hugh
Jackman. Sendo assim e considerando também todo o legado do personagem nos
quadrinhos, nada mais natural do que ele ganhar seu filme solo. Após a primeira
trilogia do grupo de mutantes, foi a vez de Wolverine brilhar em carreira solo.
A expectativa era enorme, principalmente pela questão da história de origem que
traria as “garras de osso” e pela oportunidade de vermos um “Dentes-de-Sabre”,
um dos maiores vilões dele nos quadrinhos, feito da forma correta. No entanto,
o resultado final foi muito decepcionante, principalmente no terceiro ato que
ficou marcado pela transformação de Deadpool em um misto de “Baraka” e
“Cyclops” com a boca costurada. Nem mesmo as aparições de Gambit e de um
Cyclops adolescente ajudaram a diminuir o estrago. Para completar a bagunça, o
filme vazou meses antes de ter seus efeitos finalizados e uma versão com
efeitos toscos e fios aparecendo foi assistida por muitos, o que acabou
piorando a recepção.
8) X-Men: O Confronto
Final (2006)
Após ter alcançado enorme sucesso dirigindo os
dois primeiros filmes dos X-Men e ter elevado seu nome ao status de um dos
diretores mais promissores do cinema, Bryan Singer decidiu “mudar de lado” e
foi comandar o novo filme do Superman. Desta forma, a Fox o substituiu por
Brett Ratner e seguiu em frente com sua franquia de mutantes. O terceiro filme
da série veio e, para a tristeza de muitos, foi muito inferior aos dois
primeiros. Apesar de contar com os mesmos atores principais já apresentados
antes e com algumas adições interessantes (como a Kitty Pride de Ellen Page), o
filme padeceu de uma trama muita rasa e genérica e que significou um retrocesso
para os filmes de super-heróis em geral com sua pegada excessivamente leve. A
forma como foi tratada a “Saga da Fênix” também não agradou os fãs, tanto que o
penúltimo filme dos X-Men aproveitou o conceito de viagem no tempo para apagar
este terrível erro do passado da franquia.
7) Wolverine: Imortal
(2013)
O fato do segundo filme solo do Wolverine ter
sido bem melhor do que o primeiro não diz muita coisa e a verdade é que a Fox
ainda está nos devendo um filme digno do talento de Hugh Jackman e da
importância do personagem. A ideia de usar a história de Logan no Japão foi bem
interessante, mas a execução dela foi fraca. Mais uma vez se perdeu a
oportunidade de explorar mais a fundo os conflitos psicológicos de Logan e o roteiro
nos deu um vilão clichê, isso sem falar da atrocidade de transformar o “Samurai
de Prata” em um robô. Hugh Jackman já disse que o próximo filme solo de
Wolverine será seu último na pele do mutante canadense e estou torcendo para
que ela possa se despedir de forma magistral.
6) X-Men Apocalipse (2016)
Já na cena pós-créditos do filme anterior ficou
claro que o próximo filme dos X-Men iria explorar um dos vilões mais famosos
dos quadrinhos: Apocalipse. A expectativa era enorme, mas logo depois dos
primeiros trailers algumas pessoas já começaram a torcer o nariz para o que
parecia ser uma tradução muito literal do gibi. Na minha opinião, o filme inseriu
esse "mutante Deus" no universo dos X-Men da melhor forma possível,
mas infelizmente isso não quer dizer que o filme seja perfeito. Muito pelo
contrário. Um mutante que é praticamente um Deus, com poucas expressões humanas
e poderes ilimitados, dificilmente causará uma empatia com o público.
Considerando tudo isso, até que Bryan Singer conseguiu superar minhas
expectativas e dar alguns traços humanos ao vilão, mas suas motivações e
personalidade ainda continuaram esvaziadas e genéricas. Outro problema
enfrentado pelo filme é ter que lidar com muitas novidades ao mesmo tempo. As
"estreias" de mutantes nesta linha de tempo são numerosas e
infelizmente não há tempo de desenvolver todos da forma necessária. Personagens
interessantes como Tempestade, Psylocke e Anjo tem pouquíssimas falas e são
relegados a capangas acéfalos. O excesso de conteúdo também retirou tempo para
a evolução de relacionamentos pré-existentes como o de Xavier com Magneto e dos
dois com a Mística. Problemas à parte, é inegável o fato deste filme ser o mais
ambicioso da franquia em termos de escala e de cenas de ação. E, neste quesito,
o filme não decepciona. Temos batalhas épicas individuais e grupais que elevam
alguns desses mutantes ao status de deuses e um desfecho que irá arrancar
gritos dos mais empolgados e deixar os fãs com água na boca. Tanto que, quando
os créditos rolaram, eu pensei: "espere, eu quero ver esse filme aí!".
No final das contas, para mim ficou a lição de que nem tudo que dá certo nos
quadrinhos necessariamente irá funcionar também no cinema. Eu só espero que o
pessoal da Marvel também tenha visto isso e nos poupe de cometer os mesmos erros
com a próxima saga da "Guerra Infinita" que está sendo preparada e
que trará outro "supervilão" com Thanos.
5) X-Men: O Filme (2000)
Para entender a importância deste filme é preciso
voltar a um tempo onde os filmes de super-heróis ainda eram tratados como
entretenimento bobo e juvenil. Seguindo o embalo do excelente “Blade” de 1998,
que marcou o ressurgimento dos heróis da Marvel nos cinemas, o diretor Bryan
Singer conseguiu superar a enorme desconfiança sobre o projeto e nos presentear
com uma versão realista desse universo que revolucionou a forma de se fazer
filmes do gênero e formou a base para esta franquia de sucesso. A própria
escalação de Hugh Jackman para o papel de Wolverine foi algo polêmico devido à
clara diferença de estatura entre ele e o personagem nos quadrinhos, mas nos
primeiros segundos em cena o ator australiano conquistou os fãs e provou que
Singer estava certo. Claro que existem defeitos no filme, como por exemplo a
transformação de “Dentes-de-Sabre” em um monstro acéfalo e sem nenhuma relação
com Wolverine, mas sem dúvidas os pontos positivos se sobressaem e o resultado
é um filme que soube explorar bem o tema de discriminação e que se mantém atual
até hoje.
4) Deadpool (2016)
Quem conhece o personagem Deadpool nos
quadrinhos sabe que a sua versão que foi retratada no primeiro filme solo do
Wolverine é totalmente absurda e ofensiva aos fãs. O único acerto foi escalar
Ryan Reynolds para o papel, uma vez que ele sempre confessou ser fã do
personagem. Porém, após aquele desastre, foram preciso anos de insistência e
muito trabalho da parte dele e do diretor Tim Miller para convencer a Fox a
fazer um filme solo do mercenário falastrão. Felizmente para nós, o filme foi
feito com a devida censura de 18 anos e pudemos ver na telona o verdadeiro
Deadpool que conversa com o espectador e o quão criminoso foi “costurar sua
boca” no filme de 2009. O filme fez tanto sucesso que parece ter disparado uma
onda de “filmes de super-heróis para adultos” com essa classificação prometida
para o próximo filme do Wolverine e uma “versão adulta” do recente “Batman vs
Superman”. A parte do humor e da ação são representados de forma perfeita e
este filme só não está mais acima na lista devido à sua trama genérica que
acabou cedendo a muitos clichês do gênero tão criticados em muitas falas do
protagonista.
3) X-Men: Primeira
Classe (2011)
Depois da fraca recepção ao filme de 2006,
ficou claro que os X-Men precisavam se reinventar e foi exatamente isso que
aconteceu com este filme de 2011. O roteiro é muito bem escrito e, além de
desenvolver bem os personagens, ele insere de forma muito inteligente a
temática mutante em um dos incidentes mais tensos da guerra fria: a crise dos
mísseis em Cuba. Mesmo um excelente roteiro não poderia obter sucesso sem bons
atores para trazê-lo à vida e podemos dizer que o filme é extremamente
afortunado neste quesito. Se aproveitando bem da ousadia de atores promissores
e em ascensão (algo que parece ser uma das marcas dos filmes da equipe mutante,
como diriam Halle Berry e Hugh Jackman), os produtores e o diretor conseguiram
montar um elenco de luxo. Quem não ficaria empolgado para assistir a um filme
que reúne James McAvoy, Michael Fassbender e Jennifer Lawrence? Com este elenco
estelar e uma direção excepcional de Matthew Vaughn, realmente eu colocaria
esta película no hall dos filmes de super-heróis que transcendem este universo
e conseguem agradar a um público mais tradicional, assim como a trilogia do
Cavaleiro das Trevas de Nolan.
2) X-Men 2 (2003)
Depois do inesperado sucesso da estreia dos
mutantes no cinema, era só uma questão de tempo até que tivéssemos uma
continuação. A diferença é que a cobrança e a expectativa eram bem maiores, mas
Bryan Singer não decepcionou e conseguiu entregar um filme bem superior e que
desenvolveu de forma ainda melhor seus personagens. Ele fez isso se
aprofundando na questão da intolerância ao “fenômeno mutante” e no impacto que
isso teria no governo e na sociedade. Além disso, ele elevou o nível das cenas
de ação e nos mostrou o quão intenso poderia ser um filme de super-heróis em
uma época ainda anterior aos filmes de Nolan e do universo cinematográfico da
Marvel. Para fechar o pacote, ainda tivemos um excelente gancho para a ‘Saga da
Fênix Negra” que prometia muitas emoções. Infelizmente, “tiraram o doce da
nossa boca” no filme seguinte, mas como esse erro já foi “apagado” ainda há
esperança de vermos essa saga aparecer nas telonas da forma que merece.
1) X-Men: Dias de um
Futuro Esquecido (2014)
Aproveitando uma saga famosa dos quadrinhos, “Dias
de um Futuro Esquecido”, surgiu a ideia de juntar as "duas fases" dos
X-Men nas telonas. Mesmo modificando a história original dos quadrinhos, isto é
feito de forma inteligente para adequar ao que já havia sido feito no cinema
nos filmes anteriores. Ainda assim, alguns acontecimentos são ignorados,
principalmente do fiasco ‘X-Men: O Confronto Final’, mas isso não prejudicou em
nada a experiência, muito pelo contrário, serviu para dar novo sopro de vida à
franquia nos cinemas. Além da união de atores da primeira trilogia e de
Primeira Classe para formar os protagonistas, temos participações especiais de
praticamente todos os atores dos filmes da franquia. É preciso destacar a forma
magistral como o diretor conseguiu homenagear o elenco antigo e criar uma
consistência de todo o legado já estabelecido anteriormente. Mais uma vez, os
atores de Primeira Classe roubam a cena e esbanjam talento, com destaque para
James MacAvoy e Jennifer Lawrence. Isso sem falar da fantástica cena de
“Quicksilver” que, por si só, já valeria o ingresso, ou da aguardada aparição
das sentinelas. Em minha modesta opinião, não há dúvidas que este foi o ponto
mais alto dos mutantes no cinema que aperfeiçoou a fórmula definida antes e nos
deu um dos melhores filmes de super-heróis recentes.
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