Lista da vez: 5 continuações que nunca deveriam ter sido feitas
É hora de ver alguns frutos podres da ganância de Hollywood que parece não ter limites... |
Vale à pena deixar claro que não
sou contra continuações. Dependendo do estilo de filmes, elas são até
necessárias e esperadas mesmo que o filme não deixe um “gancho”, como no caso de
filmes de super-heróis. Ou você acredita que iremos parar de ter filmes do
Batman ou do James Bond algum dia?
Além destes casos mais óbvios,
também existem os filmes que foram feitos com um arco de história maior em
mente, como os baseados em uma série de livros (‘Senhor dos Anéis’) ou aqueles
que deixam já clara a necessidade de finalizar a história, como foi o caso do
primeiro Matrix. Nestes casos, por mais que a continuação feita seja ruim, não
cabe questionar o fato de que ela não deveria ter sido feita, pois caso
contrário ficaríamos com uma história incompleta.
E, ainda que um filme não peça
uma continuação, é possível que ela seja feita de uma maneira que respeite o
material original e seus fãs e traga um novo arco para os personagens que seja
interessante. Temos vários exemplos disto que geraram excelente filmes, como no
segundo filme da franquia “Exterminador do Futuro” ou a continuação de Alien: O
Oitavo Passageiro, ou até mesmo a “trilogia original” do Indiana Jones.
A ideia desta matéria é falar dos
casos de bons filmes que nunca pediram e nem necessitavam de continuações, mas
foram vítimas da ganância e do descaso dos estúdios donos dos seus direitos.
Nestes casos, não ficaram ganchos, os personagens estavam em uma situação
agradável e não precisariam ser arrastadas para essas terríveis continuações que
nunca deveriam ter sido feitas. Com certeza, existem muitos outros exemplos e
espero que você contribua nos comentários com outros casos que deveriam servir
de lição para evitar novos desastres como esses a seguir:
O Filho do Máscara (2005)
Nem todos gostam de Jim Carrey e
seu estilo de comédia com “caretas”. Mas, para os que são fãs, é inegável que
não existia melhor ator para interpretar o “Máscara” no cinema. O filme de 1994
soube tirar ótimo proveito disso com momentos hilários e efeitos cartunescos
que caíram como uma luva para o personagem. Isso sem falar da belíssima Cameron
Diaz que rouba a cena. Foi então que, mais de uma década depois, alguém teve a
infeliz ideia de fazer uma continuação que, por motivos óbvios, não iria contar
com Carrey e nem Diaz. O resultado? Um excremento gigantesco cheio de momentos
bizarros e uma prova definitiva de que nem sempre um cachorro carismático
consegue salvar um filme.
Bruxa de Blair 2 - O Livro das Sombras (2000)
Para ser sincero, não sou um
grande fã do estilo “filmagem encontrada”, mas é preciso respeitar o filme que
criou este fenômeno que revolucionou o gênero de terror. É um ótimo exemplo de
como a criatividade é muita mais importante do que um orçamento gigantesco. E
em que momento alguém achou que seria uma boa ideia tirar tudo o que fez este
filme ser revolucionário e fazer uma continuação? Até mesmo o formato de “filme
caseiro” foi abandonado com a utilização de câmeras de cinema e de tomadas claramente
feitas por equipamentos de estúdio. O único ponto positivo é que a “franquia”
morreu por aí no cinema. E que continue assim.
Highlander II: A Ressurreição (1991)
O primeiro Highlander de 1986 é
sem dúvidas o trabalho mais marcante da carreira de Christopher Lambert e uma
obra-prima que ainda contou com a presença marcante de Sir Sean Connery e uma
trilha sonora inesquecível do Queen. Com um roteiro extremamente inspirado e
uma pegada épica, a história termina de uma forma muito satisfatória e o ideal
teria sido deixar ela assim. Mas o que fizeram ao invés disso? Transformaram os
imortais em alienígenas e criaram uma história maluca de destruição da Terra
espalhada num roteiro sofrível. Com certeza é uma mancha negra na carreira de
Sean Connery.
Clube dos Pilantras 2 (1988)
O que se esperar de um filme que
reúne astros da comédia em seu auge como “Rodney Dangerfield” e nos apresenta
também novos e talentosos atores do gênero como “Bill Murray” e “Chevy Chase”?
Muitas risadas! E foi justamente isso que tivemos com o filme de 1980 que além
de tudo isso ainda trazia um “furão” dançante simplesmente hilário. Mas aí
algum executivo de Hollywood teve a brilhante ideia de fazer uma continuação
sem praticamente nenhum desses atores (apenas Chase retornou e assumidamente se
arrependeu disso) e sem nenhuma ligação plausível com o primeiro e o resultado
foi essa bomba.
Velocidade Máxima 2 (1997)
Keanu Reeves ficou famoso após
uma excelente sequência de filmes de ação e sem dúvidas “Velocidade Máxima” é
um destes filmes que impulsionou sua carreira. A química perfeita com a ainda
novata Sandra Bullock ajudou a impulsionar este filme que é recheado de
adrenalina do início ao fim. Mas, no final *ALERTA DE SPOILER*, a bomba
explode, os protagonistas conseguem matar o vilão, temos um clímax final e eles
se beijam, começa a música e sobem os créditos. Acabou, certo? Não para os
executivos gananciosos! Que tal, já que Keanu não topou fazer a sequência,
colocarmos um clone genérico dele como novo interesse romântico de Sandra
Bullock e, desta vez, botarmos a bomba em um navio de cruzeiro! Yesss!!!! Nada
mais ameaçador do que um navio cheio de bombas no meio do oceano! Pois é, como
esperado o tiro saiu pela culatra e este cruzeiro de orçamento estimado em 200
milhões de dólares naufragou vergonhosamente nas bilheterias.
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