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Filme da vez:Everest(2015)

Mas enfim, o que leva a uma pessoa a enfrentar tamanho perigo? E esse filme responde a essa pergunta? Confira no post de hoje

Clichê, mas...não olhe para baixo.

Nota imdb: 7,5 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Everest
Ano de Lançamento: 2015
Diretor: Baltasar Kormákur(o mesmo de Contrabando, Dose Dupla, A Fraude)
Roteristas: William Nicholson(do Gladiador, Os miseráveis, Lancelot, o Primeiro Cavaleiro) e Simon Beaufoy(Ou Tudo, ou Nada, 127 Horas, Jogos Vorazes:Em Chamas, Quem Quer Ser um Milionário?)
Estrelas: Jason Clarke(como o guia Rob Hall, mas famoso por suas participações em continuações e reboots como Exterminator do Futuro, Mundo dos Macacos), John Hawkes(o carteiro Doug Hansen), Naoko Mori(Yasuko Namba, a mulher que quer ser a mais velha japonesa a escalar essa montanha), Sam Worthington(no papel da equipe de apoio da expedição, também famoso por participar do Exterminador do Futuro), Emily Watson(no papel da preocupada coordenadora de equipe de apoio), Keira Knightley(como a preocupada esposa Jan Arnold), Josh Brolin(como o vacilante Beck Weathers que deve ter se perguntado o que eu estou fazendo aqui), Jake Gyllenhaal(como o audacioso Scott Fischer), Robin Wright(famosa por ser esposa de Frank na série House of Cards, aqui faz o papel de uma esposa que tem problemas com Beck Weathers), entre outras estrelas.
Sinopse: Em 1996 três expedições ao cume do Everest são surpreendidas por uma mudança de tempo e uma sucessão de erros. Esse é um dos filmes que tenta explicar o que houve com eles.

O que leva as pessoas a se arriscarem tanto, indo em lugares que a chance de morte é altíssima, e a quantidade de glória e fama muito relativa? Porque a explicação de ir aonde nenhum homem já foi é até relativamente compreensível, mas fazer algo extremamente perigoso mesmo depois de um conjunto de pessoas já ter ido e voltado é que demanda mais compreensão ainda. E esse filme começa justamente com essa pergunta: por que subir o Everest?

Antes de tudo, esse filme é um filme-catástrofe/sobrevivência. Em uma sequência de erros e muita má sorte, três exposições ficaram presas no trajeto superior da montanha com uma tempestade muito grande, evento que de fato ocorreu e gerou várias obras, dentre elas, o famoso livro Ar Rarefeito. Alguns tem chamado esse filme de o mais depressivo do ano. Depende como isso é visto.

De 1953, ano oficial de conquista do topo, até 1992, apenas praticamente montanhistas profissionais se arriscavam e conseguiam completar a façanha. Porém, depois daquele ano, o Neolandes Rob Hall decidiu realizar excursões guiadas a montanhistas amadores. Durante 4 anos ele teria conseguido ajudar 19 pessoas até o topo e sem nenhuma morte. Com o sucesso dessa iniciativa, outras 20 expedições tentaram chegar ao topo em um espaço de tempo de duas semanas e é essa a situação de quando tudo ocorreu.

Com recepção variada do público, o filme tem boas e não tão boas características. Há grandes paisagens, situações que dão vertigem e efeitos especiais que fazem valer o ingresso em um filme iMax, por exemplo. Há um grande elenco e um argumento muito interessante. O plano de chegar ao topo, tirar uma foto e ir embora para "não participar da atração turística" eternamente parecia viável. E era essa a intensão de Rob Hall. Como é dito no filme, subir a uma altura de cruzeiro que é usada por um 747 é literalmente começar a morrer pela condição extrema e baixíssimas chances de resgate. Há um interessante debate se iniciativas como a de Rob não seriam tentativas de comercialização de experiencias tão extremas como essa. A soma desses fatores positivos pode ser um prato cheio para algumas pessoas. Outro ponto positivo é que há também um grande elenco.

Contudo, há problemas. A pergunta inicial da motivação das pessoas que tentam poderia ter sido melhor desenvolvida. De fato apenas um integrante convence na sua motivação. O ritmo do filme faz que a sensação do tempo de projeção(121 minutos) seja excessiva. E a trilha sonora de corais mais atrapalha do que ajuda. Uma pena já que, de novo, houve uma senhora engenharia de som para tentar dar uma idéia desse enorme desafio. Também o desempenho dos atores ficou aquém do esperado, provavelmente por uma falha na direção, principalmente frente ao que um elenco desse peso poderia trazer. E a impressão de que poderia ter sido explorada ainda mais a paisagem é bem forte.

Em resumo, é um drama catástrofe/sobrevivência que nos quesitos técnicos é uma mão cheia, porém definitivamente não é indicado para o todo público, principalmente aqueles que estão procurando um filme mais "alegre".  Como diz um personagem, "a última palavra é da montanha". Verdade.

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