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Filme da vez:Sniper Americano

Propaganda, drama ou um jogo de tiro? Confira o review do mais novo filme do velhinho mais mal encarado da vizinhança. 


Não é à toa que a bandeira americana está no cartaz

Nota imdb:7.5
Título original: American Sniper
Ano de Lançamento: 2014
Diretor: Clint Eastwood
Script:Jason Hall, Chris Kyle, entre outras.
Estrelas:Bradley Cooper, Sienna Miller(que fez a Baronesa no G.I. Origem(!), mas também participou do FoxCatcher), Kyle Gallner(amigo de Chris Kyle), entre outras estrelas. 

Sinopse:Kyle era um homem simples que ganhava a vida sendo um cowboy de rodeio até se indignar com o atentado ocorrido em Nairobi em1998. Em 1999 ele entra no Exército Americano nos SEAL’s, força de elite americana, para combater o terrorismo.

Clint é famoso por suas opiniões polêmicas. E alguns de seus filmes deixam muito clara a sua visão de EUA. Quando se junta a história complexa de Chris Kyle com ele, claro que resulta em um filme que não é normal.

Retratado como um cara simples, ex-cowboy de torneios, Kyle se vê em crise quando nos seus 25 anos(no filme ele tem 30) ele tem uma revelação do que fazer de sua vida em casa quando vê a notícia do ataque à embaixada americana em 1998 em Nairobi resultando em 213 mortos, 12 americanas e de 4000 a 5500 pessoas feridas. Esse evento iria marcar uma crescente de violência até culminar no 11 de setembro e a Guerra ao Terror.

E aí talvez mora o maior problema do filme: ele poderia mostrar esse dilema de um garoto redneck, mas gente boa, que paradoxalmente tem a missão de matar qualquer um que possa ameaçar as tropas americanas. Logo no começo do filme há a difícil decisão de atirar ou não em uma mulher com um filho. O dilema de mostrar a visão dele do que ocorreu na guerra depende de quantas camadas o público vai querer ver. Dúvidas sobre a guerra aparecem e são combatidas por uma premissa perigosa: Kyle não é um “quitter”, ou alguém que “arrega". Se o trabalho dele é proteger seus amigos, todo o resto é menos importante, inclusive a sua família. Mas isso vai até que ponto?

O filme tem seus momentos de ação. Como se sabe, em um conflito, snipers são os elementos mais odiados. Sim, temos exceções, como retratado no Circulo de Fogo(não com os robôs gigantes, mas sim o excelente de 2001, Enemy at the Gates) e o personagem do Resgate do Soldado Ryan. Mas Kyle mostra um peso do destino das tropas em seu rifle. Azar da insurgência. O ritmo e a tensão podem dar uma sensação de um filme maior do que ele realmente é(2:22h).

Um grupo de muçulmanos pediu para que houvesse uma moderação ou ressalva na mensagem, que segundo eles, seria de ódio. É uma propaganda americana? Sim, mas poderia ter sido um retrato de um triste período. O fato é que o destino foi caprichoso com Kyle e o julgamento do final do filme está ocorrendo agora em fevereiro, justo quando se teme o retorno ao Iraque por parte dos americanos. Isso sim é um final muito triste.

PS:Há um fato muito curioso - amigos de Kyle chegaram a ameaçar os produtores e os roteiristas se a história fosse ruim. E acho que SEALs não brincam.
PS/2:Ao contrário do que é mostrado no filme, Kyle não confronta Mustafa, um sniper que de fato aterrorizava as tropas americanas, postando suas ações no youtube. Outra coisa importante é que o famoso tiro de 1920 metros de distância ocorreu contra um insurgente que carregava um RPG e não um rifle.


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Um comentário:

  1. Eu acho que vale a pena assistir a este filme. Foi amplamente divulgado o trailer do “Filme American Sniper”, de Clint Eastwood e estrelado por Bradley Cooper. O longa é baseado no livro de Chris Kyle, homem que foi atirador de elite do exército americano. O objetivo do filme é mostrar como ele, apesar do aparente sucesso profissional, teve tantos problemas pessoais. Francamente, eu esperava muito mais de American Sniper. Não apenas porque ele é dirigido pelo veterano Clint Eastwood. Que esse sim entende de cinema. Mas porque acho que desde The Hurt Locker a guerra não deveria mais ser vista da forma tradicional. Aqui, infelizmente, ela é. E isso é frustrante. Para este filme de Clint, existe claramente um lado bom, um lado justo e que faz sentido, enquanto o outro lado não tem voz e nem argumento. Visão simplista, mais uma vez. Uma pena. Minha nota, se fosse outro diretor por trás de American Sniper, seria ainda menor. Mas respeito demais o Clint para dar-lhe menos que 7. De qualquer forma, para mim, este filme está longe de ser um dos melhores de 2014. Bem feito, verdade. Mas tantos outros filmes vazios são bem feitos… Dá para dispensá-lo sem culpa.

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