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Fica a dica: Street Fighter - Assassin's Fist

Só faltou o barulho da ficha caindo

Nota imdb: 7,7 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Street Fighter: Assassin's Fist
Ano de Lançamento: 2014
Diretor: Joey Ansah
Estrelas: Togo Igawa, Christian Howard, Mike Moh
Sinopse: Uma série que conta a história do crescimento e do treinamento de Ken e Ryu com seu mestre Goken. Além de ensiná-los as técnicas do "Ansatsuken", Goken precisá também lidar com os fantasmas do seu passado.

Não é nenhuma novidade que, em sua grande maioria, as adaptações de videogames para o cinema ou para a TV são decepcionantes e algumas vezes até ridículas (está ouvindo, Uwe Boll?!). Mas de vez em quando aparece algo que consegue respeitar o material original e ainda gerar um produto "live action" de qualidade. Recentemente tivemos o exemplo da "web serie" Mortal Kombat: Legacy. Seguindo o mesmo formato, Street Figher: Assassin's Fist tenta finalmente mostrar que o lendário jogo de luta pode gerar um bom entretenimento na telona/telinha e apagar o passado negro marcado por Van Danme e pela Lana que fingiu ser chinesa.

Apesar de ser uma série (por isso que não está em um "Filme da vez"), eu assisti à versão longa, que junta todos os episódios como se fossem um filme de duas horas e meia. A trama mostra parte da infância de Ken e Ryu e como eles se conheceram, focando mais no seu treinamento na arte do Ansatsuken. Seu mestre, Goken, é peça chave devido ao seu passado sombrio que o persegue e precisa lidar com isso durante do decorrer da história. Desde o começo ficam claros a admiração e o respeito que o criador tem pelo material original. É como se os personagens tivessem ganhado vida, mas sinceramente eu acho que ele foi fiel demais na sua adaptação. Além de algumas inconsistências na trama, o seriado é cheio de momentos piegas e até constrangedores. A inocência de Ken e Ryu, por exemplo, é algo que não convence e subtrai muito de suas personalidades. Até mesmo a famosa frase "Here comes a new chalenger" conseguiu entrar na mistura. Além disso, na verdade não temos ainda um torneio ou lutas que justifiquem o título, mas acredito que a ideia era focar na origem dois personagens principais.

Outro ponto que pode ser considerado fraco é a escolha de alguns dos atores, principalmente o do Ken. Apesar de fisicamente muito parecido, suas qualidades dramáticas são quase nulas. O ator de Ryu já consegue convencer melhor, mas quem segura a onda mesmo é o mestre Goken, representando o único personagem com uma profundidade satisfatória.

Mas também é preciso salientar os pontos fortes da série, que não são poucos. As lutas são muito bem coreografadas, os figurinos muito bem feitos e os efeitos especiais são extremamente convincentes, proporcionando enfim uma representação digna dos lendários hadoukens. E, apesar das minhas críticas ao roteiro, destaco a coragem do diretor que se mostra um verdadeiro fã do material original, ou seja, a pessoa adequada para este projeto,

Sendo assim, releve as falhas e vá de mente aberta para se divertir com a melhor adaptação já feita de Street Fighter. Além de um bom entretenimento e uma ótima maneira de reacender a nostalgia, este seriado me deixou bastante ansioso pelo que está por vir na próxima temporada. Eu só espero que o diretor corrija o erro do original e não represente nós brasileiros como monstros verdes que vivem com os índios na floresta dando choque nos adversários. 

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