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Filme da vez: O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos


Nota imdb: 8,8 (até o dia da postagem):  (http://www.imdb.com/title/tt2310332/)
Título original: Hobbit - Battle of the Five Armies
Ano de Lançamento: 2014
Diretor: Peter Jackson
Estrelas:  Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage
Sinopse: O dragão Smaug ataca com fúria a cidade dos homens que fica próxima a Erebor. Após muita destruição, Bard (Luke Evans) consegue derrotá-lo. Não demora muito para que a queda de Smaug se espalhe, atraindo os mais variados interessados nas riquezas que existem dentro de Erebor. Entretanto, Thorin (Richard Armitage) está disposto a tudo para impedir a entrada de elfos, anões e orcs, ainda mais por ser tomado por uma obsessão crescente pela riqueza à sua volta. Paralelamente a estes eventos, Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) e Gandalf (Ian McKellen) tentam impedir a guerra.


Confesso que a minha expectativa para o terceiro e último filme da trilogia do Hobbit era baixa. Afinal, como foi bem observado pelo co-editor do blog (Dissonant) enquanto estávamos a caminho do cinema, "como eles iriam fazer um filme de duas horas e meia a partir de apenas 20 páginas?". Mesmo que ainda paire o sentimento de que estenderam demais a história, a verdade é que o resultado final é muito bom e sem dúvidas irá agradar os fãs do gênero.

O desfecho da trilogia começa com Smaug atacando a cidade próxima a Erebor e sendo derrotado. Após isso, os anões precisarão lidar com os interessados em dominar a montanha, seja por sua riqueza ou por sua posição estratégica. O resultado é a batalha que dá nome ao filme.

Um dos pontos altos do filme é sem dúvida a batalha final contra Smaug, mas infelizmente isso foi pouco explorado e me deixou querendo mais. Isso não diminui a força de Smaug e nem o retira do topo da minha lista de melhor dragão do cinema. Mesmo com sua morte prematura, o filme se mantém interessante e movimentado, na minha opinião o mais agitado dos três, o que prende o espectador. Nesse sentido, o maior trunfo do filme são as cenas de luta. Ainda que o uso de efeito especiais seja predominante, é preciso destacar o excelente trabalho de figurino e as ótimas coreografias que em alguns momentos arrancaram aplausos no cinema. É claro que também existem os momentos de conexão com a trilogia do Senhor dos Anéis, mas eles soam meio forçados e poderiam ser deixados de lado.

Os momentos entre as lutas são bem a aproveitados pelo elenco. Destaque para Martin Freeman em sua interpretação consistente de Bilbo. Richard Armitage também continua forte como Thorin e convence em seus momentos de insanidade. O resto do elenco cumpre bem seu papel e o filme traz alguns momentos com elevada carga dramática.

Como disse anteriormente, os efeitos especiais tem papel de destaque na película. Isso já é algo esperado para filmes do gênero e se manteve consistente com o que foi visto na trilogia anterior. As evoluções tecnológicas permitiram que o realismo não fosse prejudicado e o diretor mostra competência ao misturar bem o uso de extras e elementos reais com as adições digitais. Os efeitos sonoros e a trilha do filme também merecem destaque, mas eu confesso que não aguentava mais ouvir o tema do condado ;).

Os fãs de filmes de fantasia medieval e do universo de Tolkien têm à sua disposição mais um filme obrigatório e que será garantia de diversão. Isso será acompanhado com uma ponta de tristeza ao saber que provavelmente não veremos outra obra explorando esse vasto universo criado pelo autor. Resta aguardar a versão estendida e se contentar a assistir novamente esses filmes sempre que der saudade. Eu torço para que possamos ter novos filmes do gênero feitos com a mesma qualidade.

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