Filma da vez: Ela
Nota imdb: 8,2 (até o dia da postagem): (IMDB)
Título original: Her
Ano de Lançamento: 2013
Ano de Lançamento: 2013
Diretor: Spike Jonze
Estrelas: Joaquin Phoenix, Amy Adams, Scarlett Johansson
Sinopse: Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador. Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa, dando início a uma relação amorosa entre ambos. Esta história de amor incomum explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia.
O cinema costuma trazer ao público diferentes vislumbres e visões do futuro da humanidade, com as evoluções tecnológicas e seu impacto no modo de vida. Apesar disto ser geralmente alvo de filmes de ficção científica, algumas vezes temos também exemplos de produções com maior carga dramática e menos foco nos efeitos especiais e que usam desta temática. É o caso deste filme, aclamado por crítica e público, que utiliza uma abordagem intimista para explorar um futuro onde uma pessoa pode se relacionar e até se apaixonar por uma inteligência artificial.
A trama, que se passa em um futuro não identificado, mostra a história do escritor Theodore (Joaquim Phoenix), um homem sensível e com dificuldades em relacionamentos amorosos, enquanto ele ainda tenta digerir seu divórcio e lidar com sua solidão. Ele então decide testar um novo sistema operacional inteligente que se adapta ao usuário e acaba estreitando este relacionamento ao ponto de se apaixonar pelo programa, precisando então lidar com todas as consequências disto.
Mostrando desde o início não estar preocupado em dar embasamento técnico ou científico ao que está sendo proposto, o filme se limita a criar sutilmente um ambiente futurista bem "clean" (pense como se no futuro só existissem coisas da Apple) e usar isso como pano de fundo para o que realmente será seu foco. Desta forma, não espere nada revolucionário em termos de efeitos especiais. Ao invés disso, o roteiro entra de cabeça em todas as variáveis de um relacionamento amoroso entre um homem e uma máquina, explorando todas as nuâncias e possíveis implicações deste conceito. O fato de não termos sequer um corpo físico para o alvo do amor do protagonista também é utilizado de maneira excelente para trazer novas discussões e questionamentos interessantes sobre o balanço entre a conexão física e a emocional para a saúde de um relacionamento amoroso.
Um outro grande mérito do filme é conseguir transcender o relacionamento dos dois protagonistas e trazer à tona uma discussão maior sobre como a cada dia que passa gastamos mais tempo nos relacionando com as máquinas. Mesmo quando queremos nos relacionar com outras pessoas, as máquinas são instrumentos que permitem essa conexão instantânea e sem fronteiras, mas isso nos traz novamente ao ponto central: se desenvolvermos uma inteligência artificial com sentimentos e consciência que consiga nos responder com se fosse um humano, nossa necessidade social seria satisfeita? A imagem de pessoas se esbarrando e conversando sozinhas com seus aparelhos é um retrato triste de um futuro em que o relacionamento humano, inerentemente imprevisível e mais trabalhoso, pode ser trocado por algo mais prático e controlado que se encaixe melhor ao egoísmo e ao egocentrismo que estão sendo atualmente pregados como segredo da felicidade.
Em termos de elenco, destaque evidente para Joaquin Phoenix e sua maneira tocante de trazer a intensidade necessária para o protagonista, seus conflitos e emoções. Apesar de não dar o ar da graça fisicamente (infelizmente), a voz de Scarlett Johansson tem o papel fundamental de dar vida ao interesse amoroso do protagonista e ela consegue isso magistralmente, demonstrando suas emoções com mudanças bem caracterizadas em seu tom de voz. Amy Adams faz apenas algumas pontas no filme mas não decepciona e cumpre seu papel com louvor.
Deixo então a recomendação deste filme que está dando o que falar e gerando algumas polêmicas e discussões interessantes. Mesmo respeitando a diversidade de opiniões, é preciso destacar o fato do filme ter explorado de forma tão competente e original este tema. Fazendo uma analogia ao mundo da informática, podemos dizer que este filme definitivamente não é uma cópia pirata do gênero.
O cinema costuma trazer ao público diferentes vislumbres e visões do futuro da humanidade, com as evoluções tecnológicas e seu impacto no modo de vida. Apesar disto ser geralmente alvo de filmes de ficção científica, algumas vezes temos também exemplos de produções com maior carga dramática e menos foco nos efeitos especiais e que usam desta temática. É o caso deste filme, aclamado por crítica e público, que utiliza uma abordagem intimista para explorar um futuro onde uma pessoa pode se relacionar e até se apaixonar por uma inteligência artificial.
A trama, que se passa em um futuro não identificado, mostra a história do escritor Theodore (Joaquim Phoenix), um homem sensível e com dificuldades em relacionamentos amorosos, enquanto ele ainda tenta digerir seu divórcio e lidar com sua solidão. Ele então decide testar um novo sistema operacional inteligente que se adapta ao usuário e acaba estreitando este relacionamento ao ponto de se apaixonar pelo programa, precisando então lidar com todas as consequências disto.
Mostrando desde o início não estar preocupado em dar embasamento técnico ou científico ao que está sendo proposto, o filme se limita a criar sutilmente um ambiente futurista bem "clean" (pense como se no futuro só existissem coisas da Apple) e usar isso como pano de fundo para o que realmente será seu foco. Desta forma, não espere nada revolucionário em termos de efeitos especiais. Ao invés disso, o roteiro entra de cabeça em todas as variáveis de um relacionamento amoroso entre um homem e uma máquina, explorando todas as nuâncias e possíveis implicações deste conceito. O fato de não termos sequer um corpo físico para o alvo do amor do protagonista também é utilizado de maneira excelente para trazer novas discussões e questionamentos interessantes sobre o balanço entre a conexão física e a emocional para a saúde de um relacionamento amoroso.
Um outro grande mérito do filme é conseguir transcender o relacionamento dos dois protagonistas e trazer à tona uma discussão maior sobre como a cada dia que passa gastamos mais tempo nos relacionando com as máquinas. Mesmo quando queremos nos relacionar com outras pessoas, as máquinas são instrumentos que permitem essa conexão instantânea e sem fronteiras, mas isso nos traz novamente ao ponto central: se desenvolvermos uma inteligência artificial com sentimentos e consciência que consiga nos responder com se fosse um humano, nossa necessidade social seria satisfeita? A imagem de pessoas se esbarrando e conversando sozinhas com seus aparelhos é um retrato triste de um futuro em que o relacionamento humano, inerentemente imprevisível e mais trabalhoso, pode ser trocado por algo mais prático e controlado que se encaixe melhor ao egoísmo e ao egocentrismo que estão sendo atualmente pregados como segredo da felicidade.
Em termos de elenco, destaque evidente para Joaquin Phoenix e sua maneira tocante de trazer a intensidade necessária para o protagonista, seus conflitos e emoções. Apesar de não dar o ar da graça fisicamente (infelizmente), a voz de Scarlett Johansson tem o papel fundamental de dar vida ao interesse amoroso do protagonista e ela consegue isso magistralmente, demonstrando suas emoções com mudanças bem caracterizadas em seu tom de voz. Amy Adams faz apenas algumas pontas no filme mas não decepciona e cumpre seu papel com louvor.
Deixo então a recomendação deste filme que está dando o que falar e gerando algumas polêmicas e discussões interessantes. Mesmo respeitando a diversidade de opiniões, é preciso destacar o fato do filme ter explorado de forma tão competente e original este tema. Fazendo uma analogia ao mundo da informática, podemos dizer que este filme definitivamente não é uma cópia pirata do gênero.
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