Livro Da Vez: O Arqueiro - Primeiro livro da série da Busca do Santo Graal de Bernard Cornwell
Muitas mortes de franceses, estratégia e uma fração da história de ódio entre a França e a Inglaterra
Havia
um googlebomb(é quando várias páginas diferentes afirmavam algo que
acabava levando a uma conclusão induzida do google. Um exemplo clássico é
a busca para a "Miserable failure" para George W. Bush) que era mais ou
menos assim: se a pessoa escrevesse "Vitórias Militares Francesas" na
caixa de busca em inglês e apertasse "Eu me sinto com sorte", era levado
a uma página que simulava a página de resultados da Google com o aviso
que não foi encontrado nenhum registro e sugeria "Você não quis dizer
Fracassos Militares Franceses?". Definitivamente essa impressão fica na
leitura do primeiro livro da série "Busca do Santo Graal" de Bernard
Cornwell.
O livro trata da saga de Thomas de Hookton, depois do assalto à sua pequena vila no litoral da Inglaterra por franceses ,
resultando na sua estreia como arqueiro e o começo de sua vingança
contra aquele que matou seu pai, o qual o fez jurar em encontrar o Santo
Graal.
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O arco longo francês, em mãos treinadas, podia fazer a flecha varar um escudo e até perfurar armaduras |
O contexto histórico é praticamente quase
no começo da chamada Guerra dos 100 anos entre Inglaterra e França(que
foram 116 anos, já que se iniciou em 1337 a 1453), a qual também envolveu outras nações, sendo que o livro
se encontra entre 1343 e 1346. Vemos ao longo da obra a importância
do temido e odiado arco de guerra inglês, o qual chegava a
medir entre dois metros ou mais e que , se empregado com estratégia, dizimava cavalarias e infantarias, como várias vezes foram relatadas no
livro. O seu rival utilizado pelos franceses e genoveses , a besta, que
disparava setas que matavam, mas não tinham tanto alcance quanto as
flechas inglesas, além de serem dispositivos caros, eram complicados e
demorados de armar, além de não muito precisos.
A noção tática do
arco longo inglês como arma de assalto era tão importante já naquele
tempo que ela sozinha permitiu que os ingleses viessem a devastar o
interior da França e Bretanha, praticamente limitados pelo número de
flechas e arqueiros.
Ótimos personagens, grandes batalhas, a
complexa tarefa de Thomas e a certeza de uma grande história faz desse
livro de 444 páginas um convite irresistível aos outros três volumes.
Quem vem da aclamada série do Rei Arthur do mesmo autor ou pretende ler o
livro 1356, que é a sequência da trilogia citada a cima, deve sem dúvida conferir essa excelente aventura. Naturalmente comentaremos em breve os outros três livros. Até lá!
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