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No NetFlix: Paternidade (2021)

Uma mistura entre drama e comédia que só funciona nas partes engraçadas

                                                                                             

Nota IMDb: 6,7 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Fatherhood
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Paul Weitz
Estrelas:  Kevin Hart, Alfre Woodard, Lil Rel Howery
Sinopse: Neste filme inspirado em uma história real, um pai viúvo lida com dúvidas, medos, decepções e mamadeiras ao assumir a tarefa de criar sua filha sozinho.
Crítica: Michael

O ator Kevin Hart fez seu nome interpretando personagens em comédias com seus trejeitos e maneirismos exagerados. Mesmo que ele já tenha mostrado muito carisma e talento, fica difícil imaginar ele se sobressaindo em outro gênero. Este foi o grande motivo pelo qual estranhei sua escolha para estrelar este novo filme do NetFlix que tenta introduzir um pouco mais de drama na fórmula do "pai acidental". Ainda que ele se esforce bastante nas partes mais dramáticas, o resultado final deixa um pouco a desejar e não traz nada de novo ao gênero.

A trama mostra um pai que perde a esposa logo após o parto e precisa assumir a filha sozinho. Os clichês do gênero estão todos presentes: dificuldade para botar a criança para dormir; trapalhadas na troca de fraldas; problemas no trabalho por ter que levar o bebê; etc. E mesmo que o filme tente se diferenciar ao direcionar um foco maior ao drama da perda da esposa/mãe e no impacto disso no pai e na filha, o fato é que a falta de habilidade de Kevin Hart para conduzir estes momentos não permite que essa parte se sobressaia. Além disso, ainda que a história seja inspirada em fatos reais, ela falha ao demonstrar aspectos mais mundanos e palatáveis da tarefa de ser pai e o protagonista quase não passa tanta dificuldade para conseguir criar a filha sozinha: não engorda, não deixa a barba crescer, não fica com olheiras, etc. Isso pelo menos facilitaria a identificação do espectador que já precisou cuidar do seu filho sozinho e ajudaria o filme e ter um impacto maior na sua mensagem.

Como disse antes, Kevin Hart só está à vontade nas cenas cômicas e isso acaba subtraindo o impacto das outras partes. Ainda assim, ele consegue levar o resto com o seu carisma e merece reconhecimento pelo fato de ter se esforçado e aceitado um desafio que foge um pouco da sua zona de conforto. A excelente Alfre Woodard sobra no papel de sua sogra e mostra que teria potencial dramático para pegar papéis muito mais relevantes no cinema. Destaque também para a pequenina e promissora atriz Melody Hurd que esbanja charme no papel da filha.

Em resumo, temos um filme mediano que não convence muito no drama, mas que tem bons momentos cômicos impulsionados pelo talento de Hart para fazer rir. Talvez o resultado tivesse sido outro se a escolha para o papel de protagonista fosse diferente, mas pelas limitações do roteiro fica difícil afirmar que seria uma mudança para melhor. 


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