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Filme da vez:Yesterday(2019)

Como seria o mundo sem os The Beatles? E o que esse legado fala ao mundo? Ou o mesmo já está realmente sendo esquecido? Essas e outras questões, sem spoilers(na medida do possível), na crítica abaixo

E tudo foi um sonho....Foi não! Brincadeirinha!!!


Nota IMDb: 7,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Yesterday
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Danny Boyle(diretor de grandes sucessos como A Praia, Cova Rasa, Steve Jobs, 127 Horas e o ótimo Sunshine - Alerta Solar, entre outras obras)
Estrelas: Himesh Patel(lá do Quem quer ser Milionário, agora é o azarado Jack Barth), Lily James(que é uma espécie de clone da Keira Knightley, aqui é a habitante da "Friendzone" Ellie Appleton), Ed Sheeran(como ele mesmo não muito carismático), Kate McKinnon(como a perigosa empresária Debra Hammer) , entre outras estrelas.
Sinopse: E se de repente toda a obra dos The Beatles tivesse ficado só na cabeça de uma pessoa? Como seria o encontro nesse mundo que vivemos?
Crítica: Dissonantbr

Como alguns leitores do blog já sabem, eu particularmente não gosto de musicais. A dancinha, a dublagem, o ranger dos meus dentes, a conta do dentista. Só que há exceções e curiosamente uma delas é justamente o excelente Across The Universe(lá de 2007) com Evan Rachel Wood bem antes de Westworld como Dolores e...Elon Musk...:))) Voltando ao Across, a grata surpresa é tentativa de ligar os grandes sucessos da banda com uma linha narrativa que refletiu uma era conturbada e revolucionária(ou revolucionando para manter tudo igual?;))  Contexto e obra vão abraçadas até onde o espectador deixa. Por isso tentar algo referente à algo considerado sagrado para tantos sempre é complicado...a não ser que se tenha uma boa ideia.

E foi essa a premissa inicial de reintroduzir para novas gerações o farto material desse patrimônio não só inglês, mas mundial. E com o argumento inicial de um apagão de 12 segundos no globo inteiro, todo mundo esqueceu o que era os The Beatles e algumas coisas que ironicamente foram muito ligadas à eles(momento que não é spoiler, mas pela lógica do filme, como a Coca-cola não decolou, a Pepsi não estaria tão desesperada e o fatídico comercial com o Michael Jackson não teria acontecido, e consequentemente, provavelmente seria menos doido e não teria morrido como morreu... Talvez quem sabe até se reconectaria com seu lado "negão"). E cabe ao atrapalhado Jack, com alguns benefícios, reapresentar ao mundo toda essa riqueza.

Como mérito do filme, as músicas não são karaokês nem dublagens, mas sim versões com uma interpretação de cada sucesso. Pode não agradar a todo mundo, porém não deixa de ser louvável por não ter ido para a preguiçosa dublagem.Também há um cuidado para a escolha de cada uma, tentando criar um contexto e até ordem. Tudo mérito do diretor Danny Boyle que tem uma forte ligação com a música(seu primeiro sucesso com Trainspotting e Por uma Vida Menos Ordinária tem como um dos motores definitivamente a trilha sonora) . E claro, piadas sobre algumas obras(e se parar para pensar, algumas não envelheceram tão bem a mudança de costumes, segundo alguns, como as da primeira fase da banda). Outra virtude são inúmeras sutis referencias ao Quarteto Fantástico e suas músicas. Houve o bom senso de nem sempre ficar apontando e subestimando o espectador a cada uma dessas. A história consegue sim ser filme good vibes... Nesses tempos, é um trunfo. E por fim, uma parte do show é realmente dentro o do Ed Sheeran... :O

Mas...ainda que conseguindo repetir parte da boa parceria com Himesh Patel, há algumas falhas ao longo da performance do elenco, principalmente de Lily James que parecia estar dentro de um comercial de banco do que no plot dessa película. Há algumas forçadas de barra e algumas coisas que simplesmente não se encaixam. E ironicamente nenhuma referência a fase psicodélica, o que é muito estranho dado o diretor. De repente uma pressão executiva foi mais forte.

Resumindo, é um bom filme, não totalmente musical, não tanto corajoso ou inventivo como o plot inicial sugere, mas longe de ser uma perda de tempo, faz bem a tentativa de apresentar algo que, como o filme sugere e que seria uma grande perda: um mundo sem os The Beatles.

PS:Há a ironia de que o cantor Ed Sheeran na vida real esteja respondendo à dois processos de plágio por músicas...:))) Vendo o filme isso parece até piada.

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